O Casamento Mais Doce [PT-BR]

56. Balançando a cabeça

"Tosse, tosse..." Assim que o velho tomou um gole de chá, ele ouviu Zhuge Yu deixar escapar uma frase. O chá ainda nem tinha sido engolido quando escorregou para sua garganta, fazendo-o tossir incontrolavelmente.

Enquanto isso, o instigador agiu como se nada tivesse acontecido. Ele caminhou até o lado do velho, dando tapinhas em suas costas para ajudá-lo a recuperar o fôlego, e disse: "Velho, por que você está tão agitado? Você não disse que não aceitaria mais discípulos?"

O velho finalmente conseguiu recuperar o fôlego, mas seu rosto ficou ligeiramente vermelho por causa do que aconteceu agora. Ele olhou para Zhuge Yu e o repreendeu: "Zhuge Yu, você está brincando e atrasando o futuro desse jovem! Você é um pintor a óleo, o que sabe sobre a pintura tradicional chinesa? Aposto que você nem se compara a um único dedo daquele jovem. Como você pode ensinar alguém?"

Parecia que o velho estava genuinamente furioso com Zhuge Yu. Seu olhar tornou-se afiado e suas palavras tornaram-se duras.

Zhuge Yu não estava nem um pouco irritado e continuou a sorrir, dizendo: "Velho, eu não acabei de dizer que a primeira pintura chinesa do jovem está bem aqui? Ele costumava pintar a óleo antes, e seu talento em pintura a óleo não é mais fraco do que seu talento em pintura chinesa. Com um talento tão promissor, com certeza o colocarei sob minha proteção. Talvez ele supere Chen Yunlan algum dia". Zhuge Yu terminou de falar e olhou para o velho. Ele sabia que Chen Yunlan era como um espinho no coração do velho, e ele sempre quis remover esse espinho. A aparição de Chen Li era a oportunidade perfeita para o velho se livrar dele, e Zhuge Yu acreditava que o velho concordaria.

O velho ficou em silêncio. Justamente quando Zhuge Yu pensou que o velho havia adormecido, o velho finalmente falou: "Traga a pessoa para mim, deixe-me conhecê-lo". O significado era claro: o velho também estava interessado na pessoa que pintou esse quadro e, depois das palavras de Zhuge Yu, ele suavizou.

Com seu objetivo alcançado, Zhuge Yu naturalmente se sentiu feliz, mas não demonstrou isso em seu rosto. Em vez disso, ele disse: "O que você está olhando? Nada foi resolvido ainda. Eu nem sei onde esse jovem está agora. Vou trazê-lo para você quando o encontrar."

O velho engasgou novamente com o chá. Depois de tossir, ele olhou para Zhuge Yu e disse: "Zhuge Yu, vá embora o mais longe que puder". Seu comportamento digno desapareceu em um instante.

Zhuge Yu riu muito, bebeu outra xícara de chá, acenou para o velho e disse: "Velho, obrigado pelo chá. Vou me despedir agora para que você não precise me ver e ficar com raiva."

O velho acenou repetidamente, espantando Zhuge Yu como se estivesse espantando moscas. "Vai! Vai! Vai! Não me deixe ver você de novo!"

"Então, mesmo que eu encontre aquele jovem, você não vai olhar para ele?" Zhuge Yu disse.

O velho ficou mais uma vez irritado com esse comentário, olhando feio para Zhuge Yu até que sua risada e figura desaparecessem. Depois disso, o olhar do velho pousou na pintura a tinta sobre a mesa. Seus pensamentos se afastaram e ele ficou alheio quando sua xícara caiu no chão, rolando várias vezes, derramando o chá todo.

"Suspiro..." Quando o velho saiu do transe, no silêncio do mundo, houve apenas um longo suspiro.

Dentro do suspiro, havia nostalgia, desamparo e... raiva. Emoções confusas encheram o ar, cheias de complexidade.

. . .

Zhuge Yu deixou as montanhas profundas e encontrou um lugar com sinal. Ele ligou para o gerente da loja de arte em Xangai e perguntou se Chen Li esteve lá hoje. Decepcionado, recebeu a resposta de que Chen Li não tinha estado na loja.