Lua De Sangue ( Livro 1 )

Capítulo XI - Gayan e Kurai

۝ Mitsuo ۝

Bato na porta.

- Entre! - Escuto lá dentro.

Ao abrir a porta, dou um sorriso.

- Hey, Gayan! Há quanto tempo!

Gayan olhou para mim com frieza.

- Não faz tantos anos... - Ele murmura.

- O que você quer? - Perguntei.

O meu amigo foi direto ao assunto:

- Creio que Rafaela está correndo algum perigo. As pessoas estão começando a soltar fofocas sobre a sua saída com ela...

- Sim, eu sei, não pude evitar.

- Creio, Mitsuo, que não poderemos ter escolha, os papéis estão prontos e preciso que você assine.

Encarei meu amigo, espantado.

- Que papéis? Você está louco?

O outro deu de ombros.

- É um contrato, pouco usual, mas é sobre a nossa lei. Leia.

E me entregou o papel. Consigo ler:

Lei 234 : Possíveis ameaças futuras.

Artigo 5 : Se alguém, sob custódia, ser ameaçado mas não apresentou provas concretas sobre as ameaças, a pessoa poderá, em causa específica e constrangedora, ter seu direito de custódia tirado e não poderá negar tal ato.

- Que lei é essa?! - Indaguei, furioso.

- Uma lei que Collette pediu.

- Oh, Oas! - Resmunguei.

- Não fale isso. Você ainda não viu a pior parte - Eu fiquei chocado. Ele me entrega outro pedaço de papel.

Querido Mitsuo:

Será que você gostaria de vir aqui, conversar com sua antiga amiga? Caso contrário, acho que vou te mandar segredos pelo correio....

Assinado: Collette.

- Idiota! - Resmungo.

- Não se apresse, Mitsuo.

- Gayan, eu... Estou completamente na miséria! O que faço?

- Em primeiro lugar, pare de bater na minha mesa, ela custou muito no mercado, em segundo, acho que posso dar um jeito de fazer-lhe ter segurança. Quer dizer, pelo menos, Rafaela terá.

Um pouco de esperança tomou-me.

- E o que seria preciso?

- Acho que posso lhe mostrar.

Ele pega um pequeno mapa.

- Ah, se não me engano, abaixo de sua casa, perto do alçapão, existe um buraco que lhe levará para outra casa, comprada por seus pais. Creio que ela poderá morar lá.