6 - Uma tentação, não nego.

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Não é que era bonito vê-lo patinar?!

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Não é que era bonito vê-lo patinar?!

Tiro o gorro que usava, deixando no meu colo, me sentando de maneira despojada na cadeira enquanto observava o alfa patinar com os olhos atentos dos visitantes, contando até mesmo comigo, já que não tirava o foco dele.

Credo, falando assim pareço até um obcecado.

Teoricamente, você é quando quer. Mas neste momento não vou te julgar, é bonito vê-lo dançar.

Dá para parar de chamar ele de “meu alfa?” Isso é tenebroso de se pensar ou até mesmo cogitar essa ideia.

Não é cogitar. É a mais pura verdade, Pablo, e você sabe disso, sentiu a ligação, sabe que estamos ligados e que Alejandro é o nosso alfa. Por que negar?

Hera, eu não consigo ficar perto de alfas, sinto repulsa por eles, como vou ficar com a pessoa que você diz ser nossa? Isso não tem o menor cabimento. Eu só vou machucar ele e principalmente não corresponder. Ainda tem o fato que estou literalmente invadindo a privacidade dele e precisando contar seja lá o que ele esconde.

Você não pode deixar isso para lá? Contar a verdade para ele? Alejandro sabe que temos uma ligação, capaz de compreender e ainda querer te ajudar.

Não seja ingênua, Hera…isso seria literalmente impossível. — solto um suspiro pesado, ciente que nada adiantaria se contasse o motivo pelo qual estou fazendo isso. Os alfas são todos iguais.

Nosso alfa não é igual. Você entenderia o porque estou dizendo isso se te falasse. — diz aborrecida e me endireito, pronto para dizer que podia me contar, pois estava disposto a tentar entender o porquê ela defendia tão fielmente esse alfa que a gente nem mesmo conhece.

— Você parece cansado. — levo a mão ao peito, soltando um berro pelo susto e encaro o maior à minha frente, incrédulo por ele ter aparecido assim como se fosse uma assombração. Não fode. E se eu tivesse um infarto?

Que os deuses me tenham.

— Não fique aparecendo assim do nada e muito menos em silêncio. Quer que eu morra? — interrogo com um bico enorme no rosto e cruzando os braços, empinando a cabeça na sua direção, notando os lábios dele se tornar uma linha única e parecer que estava segurando o riso.

— Você é fofo até estando bravo, parece um pinscher raivoso. — ele me chamou de mini cachorro. Olha que excomungado! Isso é coisa a se falar para um ômega como eu? Justo eu? Um mini cachorro? Tudo bem que sou um lobo e isso é literalmente uma espécie de cachorro, mas isso não vem ao caso. Qual era o problema dele? Inacreditável. — Tá me esculachando na sua mente, né? Sua carinha não engana nada.

— É vidente agora, senhor Alejandro? — provoco com a sobrancelha arqueada. — Se eu quisesse te esculachar, pode ter certeza que faria isso em voz alta, mas ainda não me deu motivos para tal atitude. Sou educado e tenho classe demais para sair agindo assim.

Cefroxinvoti [ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora