2 - Sério isso? Não brinca!

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— CHEGA! Pelos lobos, minha cabeça vai explodir dessa forma

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— CHEGA! Pelos lobos, minha cabeça vai explodir dessa forma. — Afundo a cabeça no travesseiro, sentindo minha cabeça toda latejar e não suportando a voz ecoar em minha mente. Esta que parecia uma tagarela, sendo até mesmo pior que eu.

Reviro os olhos, curvando a cabeça para o lado, observando um porta-retrato em cima da estante que ficava ao lado da cama. Franzo a boca, quando vejo minha foto adolescente, beirando os dezesseis anos. Um moleque com o cabelo cheio de progressiva, uma química do caralho que dava um monte de caspas no couro cabeludo. Achando que estava arrasando, e não posso esquecer as múltiplas espinhas e cravos. Misericórdia, os deuses foram bondosos comigo. Eu era estragado, viu.

— Preciso organizar minha mente. — Resmungo, erguendo meu corpo na cama e ficando com a bundinha empinada para cima, me levantando de uma vez só e me sentando. Pegando o notebook, indo na barra de pesquisa do Google, procuro por Alejandro Martinez, arrancando algumas pelinhas dos meus lábios, mas parando no instante que sinto o gosto de sangue, fazendo eu pegar um paninho na gaveta da cômoda e limpar.  — Eu sou bonito demais para ficar sofrendo desse jeito. O roteirista odeia minha vida. Só pode! – choramingo, sentindo meu lábio arder quando notei que parou de sangrar. Me levanto, indo até o banheiro e jogando no lixo, após enrolar no papel higiênico e colocando na parte que não deve ser tocada.

Volto novamente para a cama, pegando o aparelho e fazendo a seguinte pesquisa: Alejandro Martinez.

Alejandro é visto com uma criança.
Alejandro e suas apresentações.
Alejandro é casado? – ele era casado? — Penso, não gostando da sensação de ler essa barra de pesquisa. Mas, lendo a próxima.
Alejandro mora onde?

Certo, a única que me interessa nesse momento é a da criança. Clico no mesmo, lendo algumas coisas que nem mesmo eram aprofundadas e somente especulações como eu tinha dito. Porém, assim que penso em fechar e ir atrás de uma comida quando ouço o estômago roncar, vejo uma foto borrada de um homem de costas ao lado de uma criança de mãos dadas.

E se?

— Pablo! Cadê você? — Porra! Arregalo os olhos assustado, já que tinha parado para pensar, e suspiro forte quando escuto a voz da Haejin me chamando.

— Sim? — pergunto, após aparecer na sala de casa e ter largado tudo no meu quarto, para saber o que a minha doce mãe queria. — Estava trabalhando e a senhora já chega gritando. Espero que tenha acontecido algo muito sério para esse escândalo todo.

— Tenha mais educação comigo. E você? Faça essa criança parar de chorar. — diz apontando para minha irmã que estava com roupa de trabalho de faxineira, trazendo o carrinho do Ravi com ela, me fazendo andar até a mesma e pegar ele no colo. Verifiquei se precisava trocar de fraldas, mas estava tudo ok. Então provavelmente era só fome ou colo mesmo. — Voltando ao meu assunto contigo. Cadê as compras desta casa? Você recebeu. Era para repor os mantimentos. Você sabe que essa é a sua tarefa. Assim como da Hyemi que é pagar as contas.

Cefroxinvoti [ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora