Tengen narrando
Eu não posso aceitar.
Todos os dias, na escola e fora dela, vê-los juntos é uma tortura.
E pensar que ela me trocou por alguém tão ridículo, tão insignificante.
Não fazem nem três meses que ela me deixou. Não consigo parar de pensar nela, desde a hora que eu acordo, até quando vou dormir.
Está errado, completamente errado.
Ela deveria está comigo! Ela é minha!
Quem esse miserável pensa que é? Achando que vai tomar o que é meu e iria ficar por isso? De jeito nenhum.
Ela está apenas me provocando eu tenho certeza. Ela não escolheria ele.
Os gritos dele chegam a ser engraçados. E o sangue sujo e nojento escorrendo pelos cortes que fiz em sua pele, ele não vai durar muito.
"Isso é culpa sua, era isso que você queria?" - falo olhando para a garota encolhida no canto da sala. Amarrada e amordaçada. O rosto molhado de tantas lágrimas. Eu fiz questão de deixá-la ver tudo.
"Você não queria me ver irritado?" Pisei com força no joelho do ser inútil abaixo de mim, o som de osso quebrado foi ouvido por todos os três ali presente. Ele gritou muito. Eu adorei.
"Coitadinha de você, está com medo? Não deveria estar, sabe que eu nunca machucaria você." - me aproximei, chegando bem perto do seu rosto vermelho de tanto chorar. - " mas deveria estar arrependida, olhe para ele." - segurei seu rosto a forçando a olhar para o bastardo já meio morto no chão da sala. - " se você tivesse apenas aceitado tudo o que eu queria de você, e mantido distância dele, ele ainda poderia viver muito."
Os grunhidos de dor pararam de ecoar pela sala. Ele estava morto.
"Gostou?"
"É isso que eu vou fazer com qualquer um que se aproximar de você"
Puxei com força o pano que cobria sua boca, ela estava em choque e nem conseguia gritar.
"Agora chega de brincadeiras, você já se divertiu o bastante. Eu vou perdoa a dor de cabeça que você me deu."
Segurei seu rosto com força e a beijei violentamente.
"V.. você é.. um monstro!" Ela falou quase sussurrando.
"Sou, eu viro um quando se trata de você."
Levantei e fui até a mochila que eu tinha arrumado para a garota. Apenas coisas essenciais que ela iria precisar durante a viagem que fariamos.
"Levante e pegue isso. Escute bem, você vai entrar naquele carro, sem gritar, se você fizer qualquer coisa que chame a atenção dos vizinhos, eu vou atrás do seu irmão e vou fazer com ele o mesmo que fiz com esse parasita." - apontei para o corpo sem vida do garoto.
"Entendi... por favor uzui, não envolva mais ninguém nisso..."
"Isso depende de você, é bom se comportar."
Saímos da casa, trancando tudo e andando até o carro. Ela olhou ao redor talvez procurando alguém que pudesse ajudá-la. A puxei para que andasse mais rápido e a coloquei no banco do carona, dando a volta e sentando no lado do motorista.
"Sua vida agora é minha s/n. Eu vou controlar tudo e você nunca mais vai ter contato com ninguém além de mim."
Ela me olhou com lágrimas nos olhos.
"Aceite e não tente fugir, você já viu o que posso fazer por você."