Capítulo 2

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Estávamos no aeroporto esperando nosso vôo, Lorena estava inquieta, não parava de falar um minuto se quer. Por um lado entendia, era o sonho dela sendo realizado, ela tinha sonhado muito com esse dia.

- Eu ainda não consigo acreditar, que seu pai, foi capaz de acreditar naquela baranga seca, com o amante ali na frente das fuças dele.- Diz sentando.

- Pois é, no final, como eu sempre imaginei, nunca fui importante para ninguém.- Digo.

- Ei, você é importante para mim.- Me abraça.- E a partir de agora teremos uma nova vida, tudo vai dar certo.

- É o que espero.- Tento acreditar nisso.

    Não sabia o que estava por vir, mas pela primeira vez, me sentia livre. Eu sabia que poderia dar certo, assim como poderia não dar, mas precisávamos tentar. No fundo deveria ter um plano B, pra se caso tudo não der certo, mas depois pensava nisso, por agora só queria me sentir bem.

   O vôo foi tranquilo até Veneza, quando descemos no aeroporto, Lorena olhava tudo, muito encantada, e realmente era lindo, grande.

- Amiga olha isso, nem acredito, estamos na Itália.- Comemora.- Olha ali, uma escada rolante, meu Deus,  sempre quis ver uma de perto.

- Pois é, mas não podemos perder tempo agora.- Falo acabando com sua diversão.- Você tem o endereço da tal pensão?

- Sim está aqui.- Fala olhando no celular.- Da uns três quilômetros daqui.

- Certo, então vamos indo, pois a caminhada vai ser boa.- Digo colocando minha mochila nas costas.

    Fomos caminhando, e olhando tudo a nossa volta, realmente era uma cidade linda, não era atoa que era uma das cidades mais lindas da Itália.

     Chegamos na pensão, era bem simples, porém, bem aconchegante. Logo uma senhorinha, de cabelos brancos, muito simpática, vem nos atender com um sorriso enorme.

- Ciao, belle ragazze.- Diz.

      Lerena me olha, sem entender nada.

- Amiga, o que ela falou?- Pergunta baixinho.- Será que podemos se comunicar com mímica?

      A senhora começa a rir, ficamos paradas com cara de bobas.

- Me desculpa, pensei que sabiam falar italiano.- Se Desculpa.- Bem- vindas a minha pensão.- Continua.- Vocês são as espanholas, certo?

- Sim, somos nós.- Digo.

- Vou acompanhar vocês, até o quarto.- Diz subindo as escadas.

     Acompanhamos ela, até um longo corredor com várias portas, parando em frente a última porta a direita. O quarto tinha duas camas, um roupeiro e uma mesinha de canto, para nós duas estava ótimo.

     Agradecemos e ela se foi. Coloco minha mochila sobre a cama, me sentando, estava realmente cansada.

- Bom, então vamos começar a preencher os currículos, para amanhã cedo irmos a busca de emprego.- Digo vendo Lô, tirar os tênis.

- Estou tão feliz.- Abre a mala.- Algo me diz, que logo conseguiremos um emprego.

- Tomara.- Falo pegando uma caneta.

    E que assim seja, e que tudo dê certo para a gente.




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