Capítulo 5

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    Katherine

    Estava furiosa, precisava descontar a minha raiva em algo, então começo a quebrar tudo o que via pela frente. Se aquele homem acha que vai me deixar presa aqui, e ainda por cima, me fazer casar com ele, está muito enganado.
     Vejo a porta se abrir, um segurança joga Lorena para dentro, largo o objeto que estava segurando. Vou até ela e a abraço, ela estava assustada.

- Amiga, você está bem?- Pergunta baixinho.- Pensei que já estivesse ido de arrasta pra cima.

       Olho pra ela dando um leve sorriso.

- Não foi dessa vez ainda.- Digo sorrindo.- Escuta, temos que achar um jeito de sair daqui.

- Mas como? Tem um segurança aí na porta.- Cochicha.- E depois que escutei o bandido gato no telefone, enquanto ele me trazia pra cá, nós estamos literalmente, fodidas.

- Como assim, o que escutou?- Pergunto.

       Lorena se senta na cama, me sento ao seu lado.

- Ele estava falando com alguém, sobre uma carga de drogas que iam receber, só tinha que vir buscar o tal do Matteo.- Conta.- Amiga, eu acho que fomos raptadas por bandidos fora da lei.

    Paro e penso por alguns segundos, então era esse o compromisso que ele falou, e isso já estava me dando uma excelente ideia. Vou rapidamente até a janela, e espero pra ver quando algum carro sairia.

- O que está fazendo?- Pergunta Lô me observando.- Não vai me dizer que está observando a noite.

- Eu lá tenho cabeça pra observar a noite, Lorena.- Digo vendo o portão se abrir.

     Observo dois carros pretos sair, inclusive um era o mesmo que o desgraçado me trouxe pra cá. O outro carro para, e quatro seguranças que estavam no portão, entram.

- Tenho um plano Lô.- Sussurro.

- Ai minha Nossa Senhora das causas perdidas, não vai nos colocar em uma pior ainda, se é que tem como piorar.- Fala nervosa.

- Quieta e escuta.- Cochicho.- Estamos sozinhas aqui, com um segurança na porta.

- Ajudou muito na minha preocupação.- Diz roendo as unhas.

- Lá no portão não tem ninguém.- Continuo.- Você só precisa dar o melhor na sua atuação, pra chamar a atenção do segurança, que está aqui na porta.- Explico.- Ele vai abrir a porta e entrar, eu jogo o vaso na cabeça dele, e fugimos.

Ela pensa por alguns segundos, podia ver seu desespero.

- E pra onde vamos? Não conhecemos nada aqui na Itália, nem sabemos como chegar até a pensão.- Fala preocupada.- E se eles nos encontrarem? Vamos morrer!

- Se a gente não tentar, nunca vamos saber.- Digo.

- Certo, certo.- Se joga no chão.- Aí aí meu Deus, aí ai ai, tá doendo demais, eu não aguento mais, alguém me ajuda.

     Pego o vaso que tinha na mesinha, era pesado, logo a porta se abre e ele entra.

- Mas que porra...

     Vou por trás, e jogando o vaso com força em sua cabeça, fazendo ele cair no chão, desmaiado. Sorrio satisfeita, sério mesmo que eles colocaram um cara desse tamanho pra nos cuidar?!

- Vamos rápido.- Digo pra Lorena, que se levanta rapidamente.

       Corremos rapidamente até a saída, e realmente não tinha ninguém mais por ali. Corremos pelas ruas, sem saber direito para que rumo ir, estávamos em um lugar totalmente desconhecido.

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