A banda iria ficar por mais um tempo no Brasil. A turnê tinha finalmente acabado, depois de terem feito pelo menos dois shows em cada um dos dezenove países da América Latina em um tempo de 6 meses, o grupo tinha terminado a sua última apresentação no vigésimo país. Finalmente teriam tempo para descansar. Mas não em seu país natal.
Ainda tinham que gravar o clipe para sua nova música, que já estava quase pronta, e para o cenário escolheram as paisagens do Brasil. E, para "economizar dinheiro" a agência resolveu bancar os membros quase que por dois meses inteiros no país tropical, fazendo eles treinarem e gravarem, tanto o clipe como o áudio, tudo por lá mesmo.
Roier pensava nisso deitado na cama do hotel, em que dormiria por mais um mês e três semanas. Não era desconfortável, de jeito nenhum, mas não tinha o mesmo aconchego que a cama de sua casa. Olhou para o relógio, já era uma da manhã e ele ainda estava com as roupas do show.
Precisava tirá-las, limpar a maquiagem e tomar um banho, mas estava tão cansado que quase desistiu da ideia. Quando estava quase dormindo com a roupa do show mesmo, seu celular tocou.
Ele levantou rápido, ficando tonto e quase caindo, e procurou o celular pelo quarto inteiro, achando ele embaixo do edredom da cama. Estava assim, todo afobado para atender o telefone, pois só tinha uma pessoa possível para ligar à essa hora.
- Apa! - Roier ouviu do outro lado da linha telefônica
- Hola ninõ!
- Como foi o show? Tudo bem? Você tá vivo? Algum fã maluco tentou subir no palco para tentar sequestrar você? - Bobby, o filho de Roier, perguntou, todo animado, esperando para ouvir mais uma história maluca do pai, porque, acredite, se ele perguntou, é por que tem história.
- Hahaha! Não, não hoje, foi tranquilo, não teve nada de diferente... - E, por mais que falasse isso, sua mente automaticamente pensava nos olhos azuis do homem na plateia.
- Não? Ah que pena - A voz do garoto indicava que estava desapontado - Hoje na escola teve prova de matemática sabia? Foi uma chatice!
E assim eles ficaram conversando por alguns minutos, com o garoto contando para o pai sobre a sua semana, como estavam indo as aulas de skate e até mesmo algumas fofocas da escola.
- Mentira! - Roier falou, fazendo um tom exagerado de propósito - A Juanaflippa arrumou briga no colégio de novo? Já é a terceira vez esse mês!
- É... eu avisei pra ela que se ela continuar brigando, o diretor vai por ela de suspensão. Ela precisava começar a ameaçar, falar pro outro esconder o olho roxo, forçar uma amizade só pra ter certeza que... ah! Oi ma! - Um barulho de porta foi escutado do outro lado da linha, e o garotinho começou a falar inglês com a pessoa que estava com ele na sala, já que ela não falava espanhol como o pai.
- Apa, mãe Jaiden quer falar com você, vou passar o celular pra ela tá? - E um segundo depois já era possível ouvir a voz da mulher ao invés da do garoto.
- Hi Roi! - Ela disse com um tom animado - E então, como foi o último show da turnê? Finalmente vai poder descansar?
- Descansar? Desconheço essa palavra. - E ambos riram.
- Tá, mas agora é sério, como foi? Ainda não vi ninguém reclamando no Twitter então eu acho que foi tudo bem, mas preciso da sua confirmação.
- Foi tudo bem, não se preocupe, acho que esse foi o único show que não aconteceu coisa maluca, como um fã tentar invadir o palco, ou alguém pedir para benzer o filho.
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·․·․· ♪ FOI NAQUELE SHOW - GUAPODUO AU ♪ ·․·․·
Fanfic" Não importa quantas luzes estivessem apontadas para ele, os olhos azuis do homem na plateia foi o que o iluminou" >Onde q!Roier faz parte de uma Boy Band, e fica encantado com um homem que vê na plateia de um dos seus shows. ↪One - shot ins...