discipline • Drarry

desejo

Fazia muito tempo desde a última vez que tiveram um momento sozinhos, ambos ocupados demais com os exames da escola, então Harry estava sentindo como se fosse explodir a qualquer momento com a tensão transbordando de seu corpo.

Com vergonha do que estava prestes a pedir, ele observou em volta, percebendo que ninguém da sala estava realmente olhando para os dois. O garoto pressionou sua perna contra a de Draco, pensando que isso seria o suficiente para aliviar sua necessidade por toque, mas tudo que fez foi despertar o restinho do lado irracional e primitivo de Harry.

Harry olhou para ele, sentindo seu rosto pegar fogo, porque, céus, ele estava morrendo de vontade de tocá-lo fazia muito tempo. Ele precisava colocar suas mãos em Draco, sua boca, seus dedos. Agora.

Aquilo estava quase chegando no limite. Draco olhou-o de volta quando percebeu que estava sendo vigiado, toda sua atenção, todo seu foco agora em Harry. As vozes dos alunos tornaram-se embaçadas ao fundo e ele ignorou a poção que faziam — o que ele não faria em hipótese alguma se fosse qualquer outra pessoa ali.

Harry queria — precisava — de mais contato. Aquilo se tornou urgente porque a forma como Draco estava o olhando apenas o tirou de órbita e ele se sentia tonto.

"Eu posso... posso tocar em você?" Harry perguntou timidamente.

Draco conseguiu com muito custo não transparecer surpresa em suas feições. Ele permaneceu em silêncio esperando uma explicação, mas seus olhos haviam escurecido e esse reflexo de seus sentimentos era impossível esconder.

"Eu não queria pedir isso, apenas iria esperar acontecer, mas eu realmente... acho que vou enlouquecer aqui." Ele imaginou que Harry precisou de muita coragem para pedir aquilo, visto que ele geralmente evitava essas conversas. "Já fazem meses que estamos... uh," ele engoliu em seco com pudor. "Eu sequer... usei minha boca, ou... bem..."

Draco riu baixinho, o que aliviou a tensão que Harry sentia. Harry já havia tentado tocá-lo antes, mas quase sempre estava imobilizado, mal podendo retribuir o prazer. Quando criava coragem para tomar alguma atitude, Draco fazia o momento ser sobre Harry e focava unicamente na satisfação do garoto.

Ele estava muito obcecado em Harry para pensar em si mesmo nesses momentos e se preocupava muito pouco com os estímulos que recebia. Nada se comparava a ouvir Harry, vê-lo, sentí-lo e prová-lo.

"E quando você quer fazer isso?" Draco perguntou baixinho, inconscientemente chegando seu rosto mais perto.

"Draco... eu preciso agora."

O loiro o olhou com um desejo palpável. Ele estava começando a reagir fisicamente aos pedidos. Harry nunca havia agido assim antes.

Draco, aproveitando a ausência do professor, apenas levantou-se e saiu pela porta, esperando Harry momentos depois. Eles dividiam a mesa que ficava ao fundo da sala, que estava inversa a qualquer ideia de silêncio. Além disso, Snape não estava realmente em seus melhores dias para se preocupar com eles. Harry seguiu para fora logo em seguida.

Draco mal começou a pensar onde iriam se esconder antes de Harry o jogar para dentro de um armário de vassouras. Para o grifinório, aquilo era tão urgente que justificaria qualquer força aparentemente improvável de ele ter se manifestar.

Quando Draco notou, ele já estava contra a parede e Harry trancava a porta por onde entraram.

O garoto caiu de joelhos de um jeito que possivelmente machucou. Draco se assustou com aquilo, mas, de forma previsível, o excitou muito.

"Harry," Draco chamou antes que o menino pudesse abrir seu zíper, afastando-o com uma mão puxando seu cabelo. Ele ergueu aqueles lindos olhos em direção a Draco e esperou, suas mãos tremendo de antecipação, mas treinadamente paradas antes de qualquer ordem. O loiro percebeu como essa visão era satisfatória: Harry visto de baixo prestes a tê-lo em sua boca. Pela primeira vez. "Levante-se."