Cerquita De Ti - Vondy

Capitulo 6

Paco: Você acha que sou palhaço Dulce? -entrou atrás dela no quarto e fechou a porta- Daqui a pouco estou andando por aí com a testa enfeitada. -seu tom estava alto-
Dulce: -ajeitou a menina na cama e encarou ele- Primeiro de tudo,você me respeita,e abaixa esse tom! -sua voz soou dominante- Você me conhece muito bem, a ponto de saber que eu não permito que nenhum homem escroto levante a voz pra mim!
Paco: "escroto" ? -repetiu-
Dul: Escroto! Irresponsável. -sua voz era baixa mas cheia de raiva- Acha que eu esqueci o episódio de hoje? Você deixou a minha filha correr perigo.
Paco: Ela não estava em perigo,estava com o imbecil do seu amiguinho! -deu os ombros-
Dul: Não chama ele assim! -repreendeu- E eu vou pedir porfavor que você pare de agir dessas maneiras com o Christopher,ele nunca te fez nada! -bufou- Eu tô cansada.
Paco: Ele não merece a minha simpatia,não vou tratá-lo bem só porque você quer! -deixou claro-
Dul: Até quando ele perder a paciência com a sua cara e te dar uma porrada. -falou mais pra si mesmo-
Paco: -gargalhou debochado-

Pens de Dulce:

Mais tarde,me vi ali deitada ao lado daquele homem e me senti estranha,mais do que o normal...sai dali e fui deitar na caminha onde estava Maria Paula, super apertada mas aconchegante.
A noite passou bem rápido,parece que nem dormi nada,estou exausta...Olhei em volta e Paco não estava ali ,mas já havia arrumado nossas malas,agradeci em pensamentos...
Já era fim de tarde quando chegamos ao Brasil,estava exausta mas mesmo assim tentei dar o máximo de atenção aos fãs,parecia que o mundo nos esperava ali! Com muita dificuldade os seguranças nos guiaram aos carros e muito rapidamente já estávamos no hotel. Um hotel com seguranças a cada passo,parecia uma prisão,cheguei a rir quando Christian soltou isso: "Lembre-se que estamos no Brasil,qualquer segurança ainda é inseguro",na minha cabeça nem é tudo isso,tem países piores mas...aqui já vivemos traumas com fãs né?!
Estava fazendo o Check-in do hotel enquanto Paco pagava nossas malas do carro,foi tudo tão tão rápido...Coloquei Mapi no chão por segundos para amarrar meus cabelos e ela saiu correndo,nem pensei ou verifiquei o porquê ela estaria correndo mas corri atrás dela,parei ao vê-la abraçar as pernas de alguém e em seguida estender os braços.

Ucker: Oi...-surpreso- Oi pequena! -a pegou- Fazendo a mamãe se exercitar? -olhou pra Dul e riu-
Dul: Crianças! -se aproximou- Vai ver como são quando tiver filhos. -falou essa frase sem vontade-
Ucker: Com esse tanto de sobrinho,Manu,Emi e Mapi, quem precisa de filhos? -beijou a testa da menina- Tá melhor preciosa? Ontem você me assustou! -falou como se falasse com adulto e ela riu-
Dul: -sorriu- "Preciosa" só eu a chamo assim! -falou baixo pra si mesma-
Ucker: Ela passou bem a noite? -perguntou enquanto a menina brincava com seu colar-
Dul: -assentiu- Provavelmente passou mal ontem porque comeu demais. -lembrou do momento-

Pens de Christopher:

Me fazia tão bem te-las por perto,mesmo que perto tão longe da realidade e sabendo que em breve não as veria mais, a não ser por rede social. Parece até loucura dizer isso mas é como se essa menina fizesse parte da minha vida a anos,sinto um carinho um afeto surreal,acho que por esse amor impossível que sinto pela mãe dela a minha cabeça age assim,quando estou com elas mesmo que por minutos; sinto como se fossem minhas e Deus sabe o quão eu trocaria tudo nesse mundo se fosse possível...Mas isso só faz parte de uma ilusão, uma enorme ilusão.
A coloquei no chão quando vi que Paco nos olhava de longe, com aquela cara de sempre,eu não quero confusão,não tenho direito de causar problemas pra Dulce.
...Espero que seja apenas coisa da minha cabeça mas,parece que vi fogo nos olhos do Paco quando adentrou o elevador com a família,havia segurado o braço de Dulce e a guiado com ignorância,espero que só seja coisa da minha cabeça.
Por azar estava no mesmo andar de quem eu não gostaria,e pior,no quarto ao lado! Me deitei vencido pelo cansaço e só podia ouvir o choro da Maria Paula,crianças choram e é normal mas era um choro que durou minutos,até por fim o silêncio que me ajudou a cair no sono.