Guia de Mundo - Todas as Criaturas da Terra

V. Shaanti

Shaanti está localizado no extremo sudoeste do Mar de Psiquê e faz divisa com Bellum e Nebesa. O idioma oficial do país é o vadii e o LISHAL (Língua Shanti de Sinais), e aqueles que são nascidos ou naturalizados dentro do território do país são chamados shantis. A capital do país é a cidade de Sabadá e a moeda corrente é chamada de sikka.

ORIGEM E HISTÓRIA

Shaanti é o país mais novo a se formar entre os países do Mar de Psiquê até esse momento, com sua criação oficial sendo posterior à criação de Nebesa por um motivo muito específico: antes da formação dos países que temos hoje, Shaanti era colônia de Nikaés, mas não era especialmente afetada pelo reinado demoníaco devido à sua posição mais afastada da capital e à falta de riquezas em seu território. Desse modo, a maior parte da pequena população de Shaanti vive no campo e é humana.

Por muito tempo, o território de Shaanti foi formado por vários povos diversos que conviviam em harmonia entre si, falando generalmente a mesma língua, com diferentes dialetos, e tendo uma cultura muito próxima uma da outra, mas sem se misturarem além de uma situação de escambo ocasional. No geral, os povos que habitavam o território de Shaanti eram completamente pacíficos em seu modo de viver autônomo e de hierarquia horizontal.

Com a Ascensão, mais e mais humanos foram se refugiando a oeste, em Shaanti, fugindo da tirania da coroa de Nikaés. Os povos os recepcionaram sem hesitar — paz e cooperação eram partes intrínseca de sua cultura. Não demorou muito, no entanto, para que as culturas começassem a se integrar uma à outra e, com isso, alguns conflitos menores começaram a ocorrer entre os povos, que ainda tentava resistir à dominação demoníaca.

A necessidade de um líder que conseguisse coordenar e proteger os povos de Shaanti se fez cada vez mais presente e, logo, a figura de Sundara Maibam surgiu. O rebelde organizou os povos de Shaanti em um só e os liderou de modo que buscassem refúgio e vantagem estratégica aos pés das Montanhas Alpésia, que os separam completamente de Bellum. E, em meio ao terreno alto e montanhoso, eles reformaram sua sociedade enquanto os demônios tentavam, em vão, alcançá-los e subjugá-los.

Não demorou muito para que os demônios recém-ascendidos percebessem que não havia qualquer vantagem em colonizar Shaanti e, com isso, Sundara Maibam conseguiu fazer um acordo de paz com os demônios: submissão à coroa de Nikaés em troca de que sua cultura e seus modos não fossem apagados. Concordando com isso, os demônios partiram quase completamente do país, deixando apenas um pequeno número de representantes governamentais em sua mais nova província. Na prática, no entanto, a família regalada a cuidar das terras de Shaanti deixou o serviço para os humanos, uma vez que não poderiam lucrar a partir da exploração da terra.

Shaanti nunca voltou à sua configuração normal depois, pois se submeterem às ordens da coroa de Nikaés mudou o modo de viver dos povos de Shaanti, de modo que eles começaram a ver a si mesmos como um só povo em seu tempo de resistência. Assim, formou-se no território uma vaga noção de lealdade, mas que ainda não era forte o suficiente para que houvesse uma união — depois da assinatura do tratado de paz com os demônios, os povos voltaram a se dividir e a produzirem separadamente, apenas com um relacionamento mais próximo com seus compatriotas.

Foi apenas quando Nebesa se separou de Nikaés, isolando Shaanti do reino de Nikaés, que os demônios finalmente se retiraram do país, abandonando-o num mundo completamente mudado e que exigia mais de uma nação do que quando eles foram colonizados. Com a necessidade de produtos essenciais logo se mostrando após o abandono de Nikaés, os povos de Shaanti se juntaram para discutir o futuro de sua nação aparentemente livre.

Os quatro povos — Uttar, Dashkin, Porov e Pashi — logo chegaram a um acordo que definia que cada povo competiria pela liderança de Shaanti depois da morte de cada rei. O meio de escolherem um novo líder seria por uma série de competições, mas os candidatos seriam selecionados por meio de um jogo de Khel, inventado e desenvolvido no território de Shaanti na época de .