VIII. Zahri

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Zahri está localizada no extremo norte do Mar de Psiquê e faz divisa com Khair e Ohia. O idioma oficial do país é o zahar e a LIZAS (Língua Zahar de Sinais), e quem nasce ou é naturalizado dentro do território é chamado de zahari. A capital do país é chamada Nasaji e a moeda nacional é o dajat.

ORIGEM E HISTÓRIA

Zahri se originou a partir de cinco povos, cada um deles governado por um rei — os povos já compartilhavam sua língua e grande parte de sua cultura quando as cinco famílias reais decidiram se juntar, duzentos anos antes da Queda ocorrer, quando o país estava lutando para sair de uma crise. Causada pela invasão helênica — o povo humano que residia no território de Agraés —, essa crise econômica, cultural e social fez com que os cinco povos se juntassem a fim de preservar sua cultura e seu modo de vida.

As Guerras Zahri-Helênicas são os primeiros conflitos bélicos de que se tem notícia dentro da região do Mar de Psiquê — embora essa autora tenha que salientar mais uma vez que não se tem muitos registros ou estudos sobre as comunidades humanas antes da Ascensão e da Queda —, tendo durado esporadicamente em torno de oitenta anos e resultado na expulsão dos helenos do território de Zahri. Com a passagem significativa do tempo, no entanto, os cinco povos originais zahari já tinham integrado uns aos outros de modo que as cinco famílias reais decidiram que seria uma boa ideia se juntarem em um só governo — essa aliança ficou conhecida primeiramente como Dasia.

As cinco famílias e regiões, nas quais o país é dividido até hoje, são a província de Khafya, a província de Namri, a província de Hisan, a província de Alalam e a província de Alasar, onde é localizada a capital do país desde a junção das famílias reais, e onde as famílias reais residem.

Quando os anjos finalmente caíram na Terra e começaram a dominar Bellum e a região norte, Zahri estava em meio a um período extensivo de paz — e aliança com Nikaés, que já estava sendo criada e cujos demônios imigravam para a região com alguma frequência. Por causa da dominação repentina da região de Khair, também foi pego de surpresa pelo ataque dos anjos de Bellum, apenas uma década depois da Queda. Como seus países vizinhos, Zahri ficou refém da colonização de Bellum e suas famílias reais só sobreviveram porque a capital — Nasaji, localizada na província de Alasar —, com suas muralhas que sobreviveram por milênios sem serem penetradas por exércitos inimigos de nenhum tipo, abrigaram-nos.

Presos e abrigados na capital ao mesmo tempo, as cinco famílias reais se viram impossibilitadas de governar seu país, o que acabou por solidificar a dominação bellin, ainda que Nasaji nunca tenha sido dominada pelos anjos em seu quase um milênio de colonização do território. Desse modo, o povo zahari foi obrigado a criar as próprias bases de defesa contra a opressão angelical, muito embora haja registros de que a maior parte delas era comandada por nobres leais às famílias reais e, portanto, seus representantes.

Séculos de luta contra a opressão angelical tiveram muito pouco resultado, embora Nasaji tivesse uma coleção impressionante de conhecimento cultural registrado dentro de suas paredes e o povo fizesse o possível para continuar suas práticas culturais em segredo. Não foi até 890 Pós-Queda, na mesma época que Dash Maral surgia em Khair, que as resistências contra a dominação angelical começaram a ganhar mais força e adesão popular, um reflexo direto do enfraquecimento do exército angelical na região por causa dos esforços da resistência de Khair, que barrava a comunicação de Bellum para com suas outras colônias.

Os duzentos anos de luta seguintes, no entanto, ainda não foram suficientes para fazer com que fosse viável realizar uma revolta geral contra os anjos — foi apenas por causa dos eventos que antecederam a Guerra de Dewa, entre anjos e demônios, que Zahri finalmente conseguiu um pouco de sua autonomia de volta:

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