Cap 37

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Pov Jéssica

Era bem cedo quando eu saí junto da minha mulher rumo  ao hospital para ver meus pais e o meu tio, na verdade eu queria apenas ver meu tio e minha mãe mas Patrícia não iria deixar que isso acontecesse.

Estávamos na sala de espera do hospital ainda discutindo algo que começou no carro.

Eu não iria baixar a cabeça pra ela e ir ver meu pai só porque ela queria e mais nada.

Estávamos tentando conversar o mais baixo possível, principalmente eu pois não me controlava muito quando estava com raiva fazendo com que eu explodisse a qualquer momento.

Patrícia:—você tem que ver seu pai meu amor.

Jéssica:—você sabe o que ele fez pra mim, até me expulsou de casa, não tenho obrigação alguma de vê-lo.

Patrícia:—nada se resume em uma obrigação meu amor, ele é seu pai-

Jéssica:—precisa me lembrar disso?—interrompi.—Olha amor, eu acho que você não deveria me obrigar a ver meu pai assim como eu não me intrometi quando você disse que nunca iria ver sua mãe de novo.

Vi Patrícia fechar seu semblante no mesmo instante, talvez engolindo palavras dolorosas que ela iria me dizer.

Patrícia:—são situações diferentes Jéssica, seu pai está no hospital.

Jéssica:—e se a sua mãe estivesse? Você iria vê-la também?

Patrícia:—não vou discutir com você.

Vi Patrícia sair rumo ao banheiro passando as mãos pelos seus cabelos andando num passo apressado me deixando ali sozinha, quando pensei em seguila o doutor responsável pelos meus pais me chamou para ver minha mãe.

Fui junto do doutor até o quarto da minha mãe onde nós paramos para conversar antes de entrar.

Dr:—sua mãe se recuperou bem rápido da pancada, ela está bem sensível então não a esforce.

Jéssica:—claro doutor pode deixar.

Assim que o doutor saiu eu entrei no quarto da minha mãe, a mesma dormia relaxada.

Ela estava cheia de roxos pelo corpo principalmente no rosto onde também tinha um corte costurado me deixando assustada, não sabia que havia acontecido ali mas já tinha noção de quem era o autor daquilo tudo.

Toquei sua mão fazendo um carinho logo em seguida, minha mãe daquele jeito me deixava mal, senti meus olhos queimarem inundando de lágrimas logo depois, não consegui segurar meu choro que molhou minhas bochechas completamente.

Natalía:—filha?

Ergui meu olhar dando de encontro com a minha fotocópia mais velha ali diante de mim com os olhos abertos e um sorriso fraco no rosto.

Jéssica:—mãe... O que ouve? Como a senhora está?

Natalía:—agora estou bem melhor filha.

Jéssica:—que bom mamãe... Mas o que aconteceu?

Vi minha mãe olhar para um canto qualquer suspirando,  eu já sabia do que se tratava mas queria ouvir dela, precisava ouvir para ajudá-la realmente.

A Professora Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora