Conversa noturna.

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Em uma entrevista, Aisayama revelou que Levi e Erwin costumam ter conversas noturnas...

Flerte sutil.
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- Estou exausto... - Levi sentiu o choque de seu corpo contra a cadeira, como se relaxasse cada músculo de seu corpo antes mesmo de chegar a superfície de madeira. - Tsc, nunca pensei que seria babá de adolescente, você já me deu ordens melhores.

- É verdade que os novos cadetes possuem energia... - Folheou um dos documentos que deveria revisar ainda aquela semana. - Mas é bom vê-los tão empenhados, mesmo que isso custe um cuidado há mais de nossa parte.

- É claro que você acha isso, fui eu quem teve que desembolar o Kirstein e Eren quando eles se grudaram brigando por mulher no meio do treinamento! - Erwin riu levemente. - Tá rindo de quê, porra? - Usou seu tom mais sombrio.

- "E o Eren?" - Repetiu parte da frase, fazendo Levi corar de forma quase imperceptível.

- É-é ué, O Eren, o Yeager, é a mesma coisa...

Levi passava a chamar pelo primeiro nome apenas os cadetes a quem já estava apegado e Erwin já havia comentado sobre.

- Você se lembra de quando me chamou assim da primeira vez?

– Não porra, não sou um elefante. — Olhou para o lado corado. Qual é a desse cara?

– Eu também não sou e lembro. — Levantou uma das sobrancelhas.

– Bom saber que você tem cérebro suficiente para guardar esse tipo de inutilidade.

Erwin riu de novo, mais alto dessa vez, incomodou um pouco Levi, que ainda estava sutilmente envergonhado.

– Bom, infelizmente para você, seus afazeres essa semana continuam sendo ser babá de adolescente, só que prestando atenção a esses pontos. — Entregou duas folhas para o menor, que estava sentado na lateral da mesa, inclusive com o cotovelo apoiado nela, ele conseguia ver o rosto de Erwin daquele ângulo.

– Argh!! — Gemeu em insatisfação. — O que eu tenho que fazer para que você pare de me dar ordens de merda? Eu vou começar a desobedecer, estou avisando... — Olhou as duas folhas escritas do início ao fim.

– Não faça promessas que não pode cumprir. — Continuou olhando para o papel.

– Eu não fiz isso. Na verdade, me sinto bastante inclinado a cumpri-la.

– Entendo... O que posso fazer para esse capitão desobediente voltar a ser meu? — Disse em um tom sensual, fazendo Levi se engasgar no seu próprio lugar.

Não é a primeira vez que Erwin faz isso ou fala assim com ele, mas ele vai, com certeza, se desconcertar em todas elas.

– Como assim ser seu idiota...?! — Se levantou, dando das costas para Erwin enquanto tenta se recuperar dos sentimentos que o outro lhe causará.

– Ok, me desculpa, Livai. Eu não vou falar assim de novo... — Disse isso mas agora estava em pé, em pé atrás de Levi, segurando seus ombros e dizendo isso próximo ao seu ouvido.

Levi poderia desmontar com aquilo, hipoteticamente, porque na vida real era seu superior e melhor amigo lhe dizendo aquilo e a última coisa que ele queria — ou deixaria — seria ser seduzido por ele.

– Tá... Vamos dormir... — Engoliu seco antes de responder frouxo mas com cada parte do seu corpo rígida. Ele estava lutando muito contra a parte de si que lhe dizia para virar e ficar cara a cara com o comandante, porque ele sabe que se fizer isso, se ele se ver tão perto aos olhos, à boca que deseja tanto, o próximo passo é algo que eles não poderiam reverter ou esquecer.

– Como você quiser... — Se afastou, indo até o banheiro escovar os dentes, rindo consigo mesmo sobre o quão óbvio Levi deixa a forma com que o deseja.

Vida De Casal. - Eruri Onde histórias criam vida. Descubra agora