Vida De Casal. - Eruri

Briguento.

Onde Erwin e Levi estão no ensino médio.

Romance americano.

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Numa mesa comem; Erwin, Mike, Nanaba, Marie, Nile e alguns membros do conselho estudantil.

Eles comiam juntos porque todos eram alunos perfeitos. Mas o presidente do Grêmio, Erwin, e seu melhor amigo, diretor de esportes Mike, não compactuavam tanto assim, nem a namorada de Mike, Nanaba.

Nesse momento, Erwin estava olhando para uma mesa específica, a mesa dos renegados.

Levi, Isabel, Farlan, Hanji e Molbit estavam, como sempre, rindo alto — Não Levi, Levi estava calado — enquanto faziam piadas com os outros, principalmente professores e piadas tóxicas.

Sempre que Levi olhava para Erwin, ele encontrava aquele olhar intenso, diferente do seu inseguro que logo desviava. Quando mais ele olhava e desviava, mais o olhar de Erwin se tornava divertido e sexy, mas só eles podiam notar, bem, e Mike.

– Hm, vocês estão cheirando mais a viadagem do que o normal... — Sussurrou no ouvido de Erwin, a fim de respeitar o crush secreto dos dois.

– Você diz isso mas... — Erwin segura a mão do melhor amigo colocando com força e sua coxa por debaixo da mesa. — É você o homem viril  sussurrando em meu ouvido.

Mike riu alto, tirando sua mão da coxa do amigo que costumeiramente fazia essas piadas assim como ele.

– Seu boyfriend vai me bater. — Disse baixo, apontando com a cabeça para Levi que os olhava com julgamento.

Eles amavam essa sensação, era o intervalo barulhento de sempre, ninguém poderia ouvir essas conversas mas ao mesmo tempo, todos poderiam estar ouvindo.

Bem, eles já foram pegos uma vez, mas foi assim que Mike conheceu Nanaba que agora faz parte do grupo que compactua com essas pequenas intenções homoafetivas escondidas mas escancaradas entre os três maiores gostosos da escola. Ela ri tanto disso quanto os outros, mesmo o terceiro sendo seu namorado.

Nile também já percebeu, mas não diria nada para o amigo, afinal, eles não estavam fazendo nada errado.

Então, enquanto estão rindo, um garoto ruivo de pouco mais de 1,70 coloca furtivamente um bilhete nas costas de Erwin, e, apesar de ninguém ter notado o bilhete em si, todos vem Levi voando em cima do ruivo.

Ele dá socos tão fortes no outro que há sangue e dentes no chão do refeitório. Além de vômito quando Levi o levanta e o dá uma joelhada. Nesse ponto, Erwin e Mike já estão discutindo.

– Me ajude logo! Não podemos deixá-los brigar assim! — Erwin diz, seria no mínimo feio ver o presidente do Grêmio se envolver naquilo, mas ele estava disposto, a questão é que ele é um só.

– Nah, isso não é uma briga, tudo o que vejo é um babaca apanhando. — Mike tira o bilhete "Bixinha" das costas do amigo loiro.

Aquilo foi com certeza um baque para o grupo, mas ao mesmo tempo, não, já que Erwin sofreu esse mesmo bullying em todo o fundamental, mesmo que ainda não tivesse esse tipo de relação com Levi.

Era só mais um babaca no intervalo e a paz da bagunça estava em pé, pelo menos eles esperavam.

Depois de verem vômito e sangue sair da boca do rapaz, eles intervém, temendo uma acusação de tentativa de homicídio contra Levi.

– Está achando graça agora, han?! — Levi gritava sendo levantado por Mike, um braço em casa axila. — Bixinha é o que você vai ser quando eu foder tanto esse seu cu que vai ficar esfolado...! — Lutava para sair dos braços de Mike, visando continuar sua luta.

– Levi, já chega!! Ele vai desmaiar! — Mike gritou. — Ele já está humilhado, calma!!

Levi não se acalmou até ser tirado dali a força, indo para a espera da diretoria enquanto garantiam que o outro garoto não tinha ossos quebrados — além dos dentes — ou órgãos danificados de fato.

Foi uma longa conversa, Levi acabou com uma advertência e suspensão de dois dias mas não foi suspenso por mais tempo por estar "lutando contra preconceitos" isso pareceu mais uma chacota do que um mérito em si.

O garoto também teve uma advertência mas só isso.

Levi ficou aguardando Erwin na praça próxima a esquina de sua casa, balançando bem levemente no balanço de madeira.

– Por... Que... — Erwin estava completamente sem fôlego de correr pelo bairro procurando por Levi. — Por que fez isso de novo???! — Conseguiu dizer finalmente, parecendo chocado e um pouco bravo.

– Por quê?! Sério?!! — Levi gritou. — Esse cara 'tava zoando com você cara! E se você andasse por mais tempo com aquilo?! Até eu te zoaria!! Eu não vou deixar acontecer mais, você sabe disso.

Levi viu Erwin sofrer bullying durante o fundamental e estava disposto a não permitir isso novamente. Por isso estava arranjando brigas dia pós dia, com quem zoava, com quem ria, já chegou a quebrar o celular de uma garota que tirou uma foto de Erwin e se desculpar e recompensa-la com um novo ao descobrir que ela só estava mostrando para a amiga um cara bonito.

Erwin estava grato, mas Levi era meio brutal.

– Mas eu não quero que você acabe se prejudicando!! Você não entende?! Nunca mais faça isso. — Falou sério com o menor, que olhou para o lado e corou, parecendo machucado.

Ele simplesmente se virou e foi embora, completamente bravo e triste com o maior que chamou seu nome sem resposta.

No dia seguinte, indo para a escola, encontrou flores na sua porta, acreditando ser para Isabel, leu o bilhete afim de achar quem era o imbecil que achou que poderia enviar cartas a sua irmã querida.

Pois bem, no bilhete estava escrito de Erwin para Levi e o menor corou e correu para dentro para ler o que estava escrito.

Ele viu uma caixa de chocolates, todos 80 por cento cacau, como ele gostava.

Quando leu o bilhete, correu para a escola, levando os chocolates que mais tarde dividiria com Erwin.

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“ Nesse intervalo nós podemos ser um pouco mais óbvios, mas num lugar mais escuro, como você sempre diz. Sinto sua falta, me desculpa por ter sido incompreensível, vamos por as cartas a limpo, ok? Eu te amo.

– Com amor, Erwin”