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   PEGO MINHA TAÇA DE MARTÍNI DO BALCÃO E VOLTO A olhar para o homem ao meu lado, a qual estava tentando puxar assunto.

━━ Então Ji-hye, você faz alguma coisa além de ser dona do Hospital Universitário Kwon? - Shi-oh pergunta bebericando seu vinho tinto suave.

━━ Faço faculdade de medicina, último ano, atuo na área de neurologia e trabalho na emergência da clínica do hospital. Também sou graduanda em psiquiatra e pretendo fazer bacharelado em neurologia assim que pegar meu diploma. - Digo com um sorriso orgulhoso, e percebo seus lábios se entre abrir levemente.

━━ Pelo visto é bem inteligente senhorita Kwon. Você parece ser nova, tem quantos anos? - Tomo um gole da minha bebida, logo respondendo.

━━ Tenho 28 anos. Você também não parece ter uma idade muito diferente, mas já é CEO de uma empresa consideravelmente grande, foi uma herança? - Ele me dá um sorrisinho.

━━ Não. Eu fundei a empresa, cheguei à Coréia a pouco tempo, e eu não sou tão mais velho, tenho 32 anos. - Meus olhos se arregalam minimamente. Esse homem tem menos de 40 anos e é milionário por conta própria, é surpreendente.

━━ E pelo visto é bem sortudo senhor Ryu. - Solto uma risada anasalada. ━━ Também inteligente, tem que ser muito astuto e ambicioso para conseguir a fortuna que você tem do zero tão novo.

━━ Realmente, podemos dizer que uma parcela é sorte. - Com um sorriso sacana no rosto, ele me manda uma piscadela. Desvio o olhar envergonhada e olho o horário em meu celular.

━━ Nossa, preciso ir! Meu motorista já deve estar me esperando, perdão. - Dou meu último gole no martíni e me levando arrumando meu vestido.

━━ Te levo até a saída. - Ele estendeu seu braço para que eu entrelaçasse o meu, como um ato de cavalheirismo. Logo faço o esperado. ━━ E se me permitir, gostaria de ter seu contato Ji-hye, a senhorita é uma pessoa muito interessante. - Concordo um pouco envergonhada e com a mão livre pego meu celular, percebendo que ele tira o seu do bolso, deixo o QR Code na frente de sua câmera que logo escaneia.

━━ Bom, obrigada pela conversa e drinks Ryu Shi-oh, nos vemos por ai! - Aceno saindo pela porta em que entrei, vendo meu motorista parado na frente. A porta do carro sendo aberta pelo porteiro do local, lhe lanço um sorriso de agradecimento entrando no carro e cumprimentando Do-won.

Com meu corpo relaxado no banco de couro, deito minha cabeça no encosto e fecho meu olhos sentindo o álcool ferver em meu corpo, mas não ao ponto de me deixar bêbada. O ar gelado e o carro em movimento me deixa com sono e me permito tirar um cochilo durante o caminho para casa, sendo 40 minutos de viagem.

Na esquina do condomínio meu corpo começa a despertar e me ajeito para saltar do carro a poucos metros. Parando em frente a entrada saio do carro e dou boa noite para meu motorista, que me espera entrar no hall de entrada para partir. Aceno para o porteiro e peço o elevador que logo chega, abrindo as portas metálicas com poltronas dentro, aperto o número da minha cobertura e me sento no acolchoado, esperando chegar do trigésimo andar.

Quando o elevador se abre, caminho até minha porta logo colocando a senha. Adentro o apartamento vendo tudo escuro, todos os funcionários já foram embora, troco minha bota por chinelos e ando em direção à suíte principal.

Tiro o vestido e tudo que estava no meu corpo, prendo meu cabelo e entro no chuveiro morno enxaguando meu corpo. Saio enrolada e vou pro closet pegar uma roupa de dormir qualquer, a combinação do álcool e sono estavam me deixando lenta e pouco racional.

Quando me deito para dormir ouço meu celular apitar, informando mensagens chegando. Procuro minha bolsa no pé da cama e abro, pego o eletrônico e vejo sua luz acender e vibrar constantemente, alguém me ligando quase uma da manhã.

━━ Olá, boa noite. Quem é?

━━ Senhorita Kwon? Aqui é da Casa de Repouso Gangnam. Sua mãe teve uma parada cardíaca a poucos minutos e foi levada para o hospital, pelo que soubemos ela está estável.

Quando a mulher não identificada citou minha mãe, todo o sono e álcool do meu corpo havia se decepado. Estava andando pelo quarto calçando um crocs e um sobretudo por cima do pijama.

━━ Ah... Ah sim, hã, poderia me informar para qual hospital á levaram? - Vou pegando meus pertences necessários e jogando dentro da bolsa preta simples que peguei.

━━ Só um momento - A mulher parece se comunicar com outra pessoa ao seu lado. ━━ O hospital de sua família, Hospital Universitário Kwon.


━━ Ok, muito obrigada! - Desligo o celular e pego a chave da minha BMW que estava perto da porta.

Quando o elevador que chamei chega, aperto o botão para o subsolo. Entrando em meu carro jogo o que estava carregando no banco do passageiro, percebendo que minhas mãos trêmulas de nervosismo.

A rota durou apenas vinte minutos, e logo quando entrei pela porta haviam enfermeiras me amparando e me dizendo em que quarto ela estava.

━━ Oi mamãe, como você está? - Entro no quarto com os olhos lacrimejando ━━ Me falaram que a senhora já estava estável, mas eu precisava ver com meus próprios olhos.

Não obtive resposta, como o esperado.

━━ Até quando o universo tenta me ajudar você atrapalha. Nós duas sabemos que era pra você ter morrido naquela acidente com papai, agora só me dá prejuízo e vergonha. Nem em um sono profundo me dá sossego. - Me aproximo de sua maca e sinto uma lágrima escorrer pela minha bochecha ━━ Pode ser um sinal, mamãe. Um sinal alertando que você deveria morrer pelas minhas mãos, assim como seu maridinho.

Passeio pelo quarto, procurando epinefrina, e encontrando na bandeja perto do desfibrilador cardíaco, já estavam preparados caso Soo-ra tivesse outra parada. Vejo duas ampolas da adrenalina e uma seringa lacrada, era disso mesmo que eu precisava.

Pego uma das ampolas com pouco menos de duas miligramas, decido usar uma inteira e deixar a outra para que nao parecesse suspeito. Retiro a tampa da agulha e insiro no líquido que em alguns segundos causará uma fibrilação ventricular fatal na minha genitora. Quando o pote de vidro ja está vazio do seu conteúdo, coloca no bolso do sobretudo e me viro para a maca.

━━ Sabe mamãe, já fazem quase dez anos que não experimenta uma adrenalina, sua última vez foi no acidente... Ops, no homicídio doloso de Cheong-son, mas não se preocupe! Irá ter uma última vez hoje. - Digo de uma forma teatral me aproximando da mulher de cabelos longos escuros e um rosto sereno. ━━ Eu poderia pensar melhor, poderia ter sido uma filha melhor, mas acho que vocês não pensaram duas vezes antes de fazer o que fizeram. É como dizem, filha de peixe, peixinha é.

Injeto a epinefrina de uma vez só em seu acesso dividido com o soro, me certificando de deixar a agulha sem nenhum resquício e colocando em seu lugar de origem com a tampa. Ouço o fequencimetro apitar indicando a parada de seu coração, vou até ele abaixando seu volume e indo em direção a minha mãe. Lhe dou um beijo na testa e me viro em direção a porta.

Sabendo que pela manhã receberei a notícia de seu falecimento e terei que planejar seu funeral. Mas tudo que eu imploro agora é por um banho para tirar o cheiro de hospital e minha cama.



🇳 🇴 🇹 🇦 🇸 
✔︎ No prólogo acho q ficou claro o rancor q a jihye tem pelos pais, mas por essa vcs nn esperavam!!! kkkkkkkkkkkkk tem q ser desequilibrada p combinar com o shioh
✔︎ é só uma fanfic!
✔︎ não quero sexualizar os atores, são apenas personagens
✔︎ votem e comentem, ajuda mttt
✔︎ desculpem pela demora, to com preguica de terminar strong girl dps do spoiler do final do shioh
✔︎ lembrando que a minha fanfic não seguirá cegamente o roteiro do dorama, alguma coisas vao mudar
✔︎ até a próxima att 😺😺😺

𝐔𝐋𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐎𝐋𝐄𝐍𝐂𝐄, Ryu Shi-oh Onde histórias criam vida. Descubra agora