Capítulo 30

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Angry me conta tudo desde o início, o que aconteceu... Eu vou ficar de bico calado em relação a minha opinião vai ser melhor.

Smile off

Sn on

Eu tava na casa dos gêmeos que vieram pra pegar suas coisas.
A tia Mina não estava em casa, devia tá trabalhando... Os meninos já estavam um bom tempo no quarto, e já estava ficando escuro eu resolvo ir falar com eles.

- licença, eu posso entrar? - falo já em frente a porta

- pode Sn. - ouço a voz de Smile. - vem cá por que cê ainda pede licença pra entrar aqui? Já falei que pode entrar sem pedir.

- é melhor assim, principalmente quando a porta tiver encostada ou fechada. Vai saber... - entro no quarto - já viram que tá de noite né? Eu tenho que voltar pra arrumar aquela bagunça.

- é mesmo... Pera só um pouquinho, que agente vai.

- tá mas tem que ser rápido.

Smile e Angry terminam de pegar suas coisas e vamos pra minha casa de novo. Tava de noite já, e naquele bairro onde morava ficava mais "estranho" nesse período. Tenho certeza que se não tivesse acompanhada, um dos homens que olharam pra mim de jeito diferente já teria feito algo. Eu sou bem teimosa, por mais que me assustaram do jeito que me olharam ou tentaram me intimidar, sempre mantenho a minha postura pra passar confiança e certeza no que eu estou fazendo.

Seguimos o caminho até a minha casa, e bem na frente da minha porta (essas merda só acontece comigo incrível) tinha uns caras que eu nunca tinha visto eles por aqui. E eu já rodei essa área aqui toda, conheço todo mundo.
Por um momento pensei que tinham errado o caminho e pararam ali ou tivessem perdidos, mas mesmo assim quando me viram com os meninos indo em direção de lá, se fingiram de sonsos.
Por mais que já não tava muito com aquela paciência de Jó, tentei ser educada.

- com licença, mas teria como saírem da porta de minha casa? - "vou tentar ser mais simpática o possível, não sei quem são eles e nem do que são capazes"
Os meninos chegaram atrás de mim

- ah desculpa mocinha. - fala em tom de provocação. - já estamos de saída. Mora aqui sozinha? "Segura a língua Sn."

- Não, não moro não. - que tipo de pergunta é essa pra uma pessoa que não conhece?

- tá... Vamos indo, desculpa o incomodo aí mocinha.

- tá tranquilo... - não, não tem nada tranquilo o que queriam exatamente aqui na porta da minha casa?
Entrei em casa e fui direto pra cozinha lavar as vasilhas e guardar. Eu nem cheguei a ver se os meninos tavam lá na sala ou se subiram pro quarto.

- quer ajuda Sn? - Angry pergunta, eu vou precisar de um relaxante se não vou acabar fazendo ou falando merda pros meninos e a noite vai ficar pesada e eu não quero que aconteça isso.

- quero sim nuvensinha... - tento fazer um sorriso pequeno no rosto - pode ir secando a louça e guardando por favor?

- eu guardo Sn. - Smile aparece na cozinha

- obrigada.

- tá tudo bem Sn? - Angry pergunta, acho que tá visível que eu esteja um pouco cansada e estressada.

- tá sim nuvensinha. Eu só estou um pouco cansada.

- então tá... Se não se sentir bem fala tá bom?

- tá bom, obrigada. Smile, vê se tem uma caixinha de remédio aí no armário por favor.

- tem só essa. - ele mostra a caixinha, era o remédio que teria que tomar pra aliviar a tensão... Mas eu optei por apenas fazer um chá camomila mesmo, talvez se dormisse amanhã acordaria melhor.

- ok... - solto um suspiro.

- vai tomar o remédio? - ele pergunta.

- acho que não precisa.

- vou guardar então. - não sei se era impressão minha mas o sorriso de Smile tinha diminuído.

- eu acabei aqui, se quiserem deixar aí e subir pra arrumar suas coisas ou tomar banho, podem ir.

- não, pode ir lá. Agente termina aqui.

- não vão lá-

- já disse que pode ir, tem pouca coisa.

- tá bom...

Eu subo pro quarto pego meu pijama, peças íntimas e a toalha e vou pro banheiro.
Eu entro no box e ligo o chuveiro, sinto a água morna me acalmar um pouco e me aliviar.
Termino o meu banho me visto e desço pra avisar os meninos.

- se quiserem, já podem subir pra tomar banho. Eu vou arrumar a cama aqui na sala.

- tá bom... Eu vou ir primeiro então. - Angry se pronuncia.

Angry sobe e deixa eu e Smile na sala.

- eu vou te ajudar com os colchões Snzinha. - ele fala.

- obrigada algodãozinho doce.

- faz um bom tempo que você não me chamava assim. - o sorriso dele aumenta.

- é que a maioria das vezes que agente costuma ter um diálogo acontece uma implicânciasinha.

- é verdade.

- pode ir subindo que eu já vou.

- tá bom.

Me direciono a cozinha e colo uma água pra ferver pra fazer chá.

- prontinho, o que cê tá fazendo Smile?

- então... Acontece que eu não achei os outros colchão. - o sujeito conseguiu revirar quase o meu quarto inteiro de cabeça pra baixo.

- tá bom... Vem eu vou te ajudar. - pego os outros colchão que tava entre um vão do guarda roupa. - leva esse daqui que eu pego o da minha cama.

- eu nunca ia adivinhar que tava aí, por que vc não falou vagabunda?

- por que você não perguntou seu inútil? Tá agora leva ele lá pra sala que eu levo esse daqui.

- beleza.

- ah, e não se esqueça que você vai me ajudar a arrumar essa bagunça aqui.

- tem algum jeito de escapar?

- não. E tu tá reclamando de que? Eu poderia simplesmente deixar você arrumando isso daqui sozinho.

- não arrumo nem meu quarto direito quem dirá o dos outros.

- mas vai me ajudar. Agora vai lá.

Smile desce pra sala e eu tiro as coisas de cima do colchão da minha cama e o pego e levo pra sala.

- acho que só os dois da pra gente.

- é. Eu vou procurar um lençol pra juntar os dois. - digo e subo pro quarto da minha mãe.

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𝙰𝚖𝚘𝚛 𝚍𝚎 𝙸𝚗𝚏𝚊𝚗𝚌𝚒𝚊 - 𝚂𝚘𝚞𝚢𝚊 𝙺𝚊𝚠𝚊𝚝𝚊 (𝙰𝚗𝚐𝚛𝚢)Onde histórias criam vida. Descubra agora