𝙰𝚖𝚘𝚛 𝚍𝚎 𝙸𝚗𝚏𝚊𝚗𝚌𝚒𝚊 - 𝚂𝚘𝚞𝚢𝚊 𝙺𝚊𝚠𝚊𝚝𝚊 (𝙰𝚗𝚐𝚛𝚢)

Capítulo 64

Sabe aquela hora que sempre temos lembranças divertidas sobre uma situação?

Os gêmeos estão brigando, pra saber quem vai dormir do lado de quem, e isso me lembra muito de quando tínhamos 14 e 15 anos, quando sempre fazíamos nossa cama no chão da sala ou no quarto, e ver isso me fez perceber que não mudaram muito, e que isso era bom.

A cena me deixou nostálgica daquela época, ri baixo da situação e percebo os mesmos me olharem, me vendo com aquele "sorriso bobo" no rosto.

- tá rindo igual uma retardada Sn. - Nahoya fala

- falou o palhaço colorido, modelo da Sorriso.

- mas isso é um charme querida, não fico igual uma idiota igual você que olha pra cara duzoto e começo a rir. - diz debochando

- e agora é proibido olhar pra essa sua cara de mal amado e começar a rir? - devolvo a provocação

- se for olhar que pelo menos saiba apreciar a arte que está vendo diante dos seus olhos.

- atá! Se fosse tudo isso mesmo, estaria namorando e não sendo feito de trouxa por uma piranha qualquer. - vejo Nahoya diminuir o tamanho do sorriso

- porra Sn, não precisava tocar na ferida... Me magoou. - diz no típico teatro dramatical dele

- sabe que são apenas verdades, e sobre a cama eu vou dormir d-

- do meu lado. - Nahoya me interrompe - não quero ouvir boloiagem, que eu sei muito bem como ficam juntos, ou ver safadeza de vocês dois, Souya é tímido e não santo e eu conheço bem a amiga que tenho.

- eu?!! Que absurdo falar isso de mim!! - digo me sentindo super ofendida

- não minha vó, vem com essa não que eu fiquei sabendo de umas coisas a respeito da senhorita com meu irmão, de uma festinha aí atrás. - diz

- chega não Nahoya? Você é a última pessoa que pode falar sobre alguma coisa, acho que devo te lembrar da vez que foi pego transando no provador de roupas da loja. - Souya diz e eu começo a rir do que ele disse.

- no provador de roupas sério? - digo ainda rindo

Nahoya diminui mais um pouco o sorriso, ficando visivelmente constrangido com a situação... Constrangido não, Nahoya não é de se envergonhar, digamos irritado com a situação.

- chega, agora é sério, vocês chegaram em algum consenso?

- sim, que você vai dormir na casinha do cachorro. - Nahoya diz - vai cadela, vai.

Dou um tapa estalado em seu ombro e vejo ele reclamar

- seu burro, aqui nem casa de cachorro tem e olha como fala que cê tá na minha casa e eu posso te chutar pra fora na hora que eu quiser.

- sabe nem brincar... - passa a mão onde bati - é bom saber que não sou bem vindo aqui.

{Q.D.T}

São oito horas da manhã de sábado, eu decidi levantar mais cedo, já fiz minhas higienes, fui na padaria e agora estou preparando o café.
Os gêmeos estão dormindo ainda, ontem ficamos até tarde acordados, então não vi problema em deixá-los dormindo.

Acabo de coar o café e sinto duas mãos segurarem minha cintura e um beijo ser depositado na minha bochecha.

- bom dia... - sua voz sai sonolenta meio rouca

- bom dia, nuvenzinha. - respondo

- cê acordou cedo por que?