Bônus

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PARAÍBA

Todos os estados estavam reunidos na praia (plus Argentina e Brasil e o Buenos Aires que estava acompanhando a Brasília), em mais uma de nossas confraternizações.

Eu estava sentada admirando a minha loirinha tomando sol e passando protetor solar nela quando o Rio chega para falar comigo:

- Coé esquentadinha, eu, o cabeçudo e o Buco, tava apostando quem pula daquela pedra alí. - Ele aponta para a pedra e eu vejo que não era tão grande quanto a última, mas ainda assim era alto. - Bora com a gente?

Vejo o Ceará que parecia que tinha acabado de dar um mergulho no mar e estava vindo na nossa direção:

- Cabeçudo é o meu pau seu abestalhado! Vamo Ibinha? Acabar com a fulerage desses Jaburu?

Não penso nem dois segundos antes de responder ao sentir o olhar de braveza da minha mulher em cima de mim:

- Tá doidoé? Da última vez que a gente fez uma dessas, a loirinha fez duas semanas de greve, num vou nem que me paguem.

Todos os estados e o Brasil se viram para nossa direção, a Catarina se apoia nos cotovelos e se vira para mim indignada me olhando desacreditada.

- Não sei se fico mais surpreso pelo fato de a Paraíba negar uma dessas ou pela greve da Catarina. - O Brasil comenta enquanto ri bebendo a cervejinha dele sentado na cadeira de plástico com o Argentina.

- Eita muléstia, duas semanas mulé? - O Ceará exclama assustado - Se o Pará fizesse isso comigo, eu infartava.

Nesse momento o Pará chega acompanhado da Amazonas, da Bahia e do Buco que estavam segurando alguns petiscos e os colocando sobre a mesa.

- Se eu fizesse o que gitito?

- A ibinha estava contando aqui que a Catarina deixou ela duas semanas na seca por causa da nossa última aposta, tu crê?

A Catarina fica ainda mais vermelha e se senta na canga, colocando o óculos escuro e o chapéu dela de praia, provavelmente querendo se afundar na areia.

- Égua, mas bem que tu merecia viu gitito, para parar de fazer essas presepadas.

- Que isso grandão, num faz isso comigo. - O cearense diz correndo e abraçando o namorado.

- Oxente, pois eu acho que a bichinha tá certissima! Eu só não fiz isso com o buco, porque eu tinha ficado batendo papo com as meninas. Mar quando eu mirei para cima e vi o Pernambuco dei um berro tão alto, falando para ele descer naquele instante, que o minino veio correndo. Quando eu ouvi o grupo e vi a Catarina esbravejando, chega bati palma.

- Eu nunca fiquei com tanto medo na minha vida - O Buco que estava jogando volêi com o Sergipe e com o Amapá fala.

- Isso é por que vocês não viram a Catarina! - Exclamo rindo, enquanto acaricio o pé dela que me olhava sob óculos, me dando a sensação de que a qualquer momento iriam sair raios dos olhos dela. - Quando eu cheguei em casa ela estava com a peixeira na mão! Tremi na hora!

Todo mundo começou a rir e ela sentou retinha na areia tirando o chapéu e o óculos e finalmente se pronunciou.

- Oras! Essa mulher me chega cada dia com um arranhão novo ou um osso quebrado! Daqui a pouco vai ter mais remendo que colcha de retalhos. Fiz e faria de novo!

- A Catarina com uma peixeira na mão é uma cena que eu queria ver. A Loirinha deve ter feito a Paraibana tremer que nem um pinscher - RJ fala rindo.

- Tu não me cutuca homi e não chama minha mulher de loirinha, ta achando o que o Carioca?! Deixe de ser tabacudo!- Digo encarando ele

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⏰ Última atualização: Jan 24 ⏰

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