Inconsequência +18

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 Catarina

Duas semanas, fiquei duas semanas sem chegar perto da Paraibana naquele sentido, eu ia garantir pelo bem e pelo mal que essa tansa da minha mulher parasse de arrumar problema para a cabeça.

Mas que eu já estava louca, eu estava, poxa uma mulher tem desejos, principalmente quando você namora a minha mulher. E ela fazia questão de me provocar só para ver se eu iria ceder.

Era uma puxada mais forte na cintura, um aperto na bunda, nas palavras dela "aquele cheiro no cangote", era aquela "maledita" usando todas as roupas que ela sabe que eu gosto de ver nela, odeio gente que sabe que é bonita, dá um trabalho...
E ela estava com aquela maldita mania de me prensar na parede, me puxar pela minha trança e me dar um beijo e eu estava como? Pensando que eu não era muito melhor que um homem e quase me trancando com ela no quarto, mas eu resisti, resisti e pior, também provoquei, por que quem tinha que sofrer as consequências era ela e não eu!

A verdade é que depois de duas semanas, as duas já estavam subindo pelas paredes.

Porém, durante o tempo todo, eu colocava na minha cabeça que ela realmente não podia fazer esforços e que eu não queria piorar a situação dela, mesmo que eu também estivesse agindo daquela maneira só para deixar claro que eu não ia mais passar pano para as atitudes dela.
Mas que meu coração rodopiava só de ver o biquinho de cão abandonado dela. Conseguem imaginar ela com cara de cachorro que caiu da mudança? CONSEGUEM IMAGINAR A PARAÍBA SENDO FOFINHA?! Privilégios da namorada dela que aqui vos fala, que no momento não estava soando como privilégios. 

Mas sabia que ela estava mais desesperada do que eu e era isso que me dava motivação. Eu ia sofrer, mas ela ia entender que se ela mexesse comigo de novo que eu não ia ser legal. Pode ser considerado uma chantagem emocional? Até pode, mas pelo amor, eu só queria minha mulher viva e de preferência sem mais um osso quebrado.

Os dias passavam no puro desespero e falando assim parece que somos ninfomaníacas, talvez, levemente, mas é como eu disse anteriomente vocês não conhecem minha mulher. Eu sei que o pessoal acredita que eu sou tímida, mas na vida íntima, a Paraíba consegue extrair de mim as piores e melhores partes, essa sendo uma delas. Eu brinquei falando que aquela mulher era o meu Goiás, mas sabe aquela música do Barão Vermelho? Por Você? Então, as vezes eu acredito que não foi o Frejat que escreveu, mas sim eu para ela. Porém como eu disse não era eu que estava na pior, pois eu tinha um ponto para provar, um foco e segui firme até o fim.

E chegamos ao décimo quinto dia, um belo domingo, perfeito para descansar, queria eu na verdade, pois no caso sou acordada por uma Paraibana imitando o coringa aparentemente, me olhava com um rosto levemente psicopata, olho no celular ao lado da cama e noto que são 7 da manhã.

- Bom dia meu dengo! - ela fala toda animada e eu ainda grogue de sono respondo um bom dia baixinho olhando para a  filha perdida do Joaquim Phoenix que estava do meu lado.

- Ibinha, o que você quer? São 7 da manhã. - Eu sei o que ela quer, eu também quero, mas não agora, não as 7 da manhã, tudo tem limite e bem ela podia sofrer mais um pouco.

Por isso apenas me viro, ajeito meu belo travesseiro e meu cobertor e volto a dormir. Mas ela não para, ela tem uma energia infindável e a mulher é determinada. Logo, sinto o suspiro dela no meu ouvido e o corpo dela se aconchegando ao meu, se encaixando, uma de suas mãos passa por debaixo da coberta, em direção a minha cintura onde ela começa com um aperto leve, com a outra mão ela junta os meus cabelos que estavam soltos, os levantando para começar uma sequência de beijos molhados que iniciavam na nuca, passavam pelo pescoço e acabavam com uma leve mordida no ombro, o aperto na minha cintura ganha força e não consigo controlar o gemido baixo que saí da minha boca. Eu juro que eu estou tentando resistir.

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