O Dono Do Morro

Capítulo 15

Dean ajudou Klaus a entrar em casa, a mansão Mikaelson ficava longe do morro e próxima ao ponto turístico de French Quarter, um lugar que os irmãos se reunião para poder pensar em algum plano de ataque ou defesa, ou simplesmente descansar de qualquer outra coisa que estivesse acontecendo em suas vidas pessoais. Klaus quase se derreteu com a atenção calorosa de seu ômega, ele nunca em sua vida pensou que teria alguém assim ao seu lado, Dean era doce, amoroso, gentil, carinhoso e extremamente cuidadoso, ele era perfeito em todo sentido da palavra e Klaus ainda se surpreendia ao tê-lo para si, um ser tão puro pertencendo a um ser de alma escura e podre como ele, Dean seria um anjo que se apaixonou por um demônio como ele.

— Você está pensando muito ultimamente, o que é? — perguntou Dean como se lê-se seus pensamentos, Klaus olhou para os grandes e verdes olhos de seu ômega, que parecia bastante preocupado com ele e sua facilidade em se perder em pensamentos.

— Desculpa, não é nada, quando eu estiver melhor estarei de volta ao meu normal, acho que ficar em coma me deixou com muito espaço para pensar. — respondeu Klaus com suavidade, vendo o olhar decaído de seu ômega, ah como ele queria ressuscitar aquele alfa maldito para matá-lo de novo por causa do que ele fez, seu ômega estava com esse semblante triste e arrasado, Klaus não gostava dessa expressão no rosto de Dean, preferia seu rosto sorridente e olhares brilhantes.

— Já disse que não é culpa sua, não quero que se culpe por algo assim. — Klaus insistiu para que Dean se acalmasse, mas o olhar triste permaneceu.

— Eu sei, mas ainda assim... — Dean deixou a sentença inacabada, não falando mais nada, Klaus já sabia o que ele quis dizer, ele sabia que não conseguiria dissuadir seu ômega a não se culpar por algo que estava fora de seu controle, com um suspiro suave, Klaus exalou um cheiro calmante, que relaxou Dean.

Os dois subiram a escada para passar por um corredor e Dean abriu a porta do quarto de Klaus, ajudando o alfa a colocar uma roupa mais confortável e a se deitar na cama, Dean deu um beijo suave nos lábios do alfa, que riu levemente com as bochechas vermelhas do ômega, o calor dos lábios de Dean era um calor muito bem vindo, o alfa fechou os olhos estando muito cansado.

— Durma e descanse Klaus, vou estar aqui quando você acordar. — Dean sussurrou docemente, enquanto acariciava os cabelos loiros curtos de seu alfa, que parecia um filhote grande ao ronronar com a atenção e mimo de seu ômega.

Dean velou pelo sono de Klaus por alguns minutos, até ter a certeza de que ele estava em um sono profundo, então ele se levantou e saiu do quarto e começou a andar pelo corredor, vendo os quadros de família dos Mikaelson, ele desceu as escadas até chegar no térreo andando mais um pouco, vendo uma sala de estar já ocupada por alguém, era Rebekah Mikaelson sua cunhada por duas vezes, já que ele era namorado de seu irmão mais velho e ela era namorada de Sam. Rebekah olhou para trás ao sentir olhos nela, pegando o olhar de Dean, que ficou meio envergonhado e sem saber o que fazer.

— Entre e sente-se. — Rebekah pediu vendo a indecisão do ômega de se ele entraria ou iria embora, então ela tomou a decisão por ele.

— Como ele está? — perguntou Rebekah depois de um tempo de silêncio, Dean olhou para ela com um olhar tranquilo, mas um pouco pertubado por tudo que aconteceu, mesmo depois de ter se passado uma semana e meia, ela sabia que era difícil superar um trauma de um sequestro e a experiência de quase morte e quase perder a pessoa que ama.

— Ele está bem, bastante cansado, mas bem. — Dean respondeu suavemente, ficando em silêncio logo em seguida, ele parecia bastante pensativo, Rebekah tinha a sensação de que ele iria falar com ela o que estava em sua mente, então ela esperou pacientemente ele terminar de pensar.

— Você poderia... Poderia me ensinar a atirar e a lutar? — perguntou Dean a deixando surpresa, ela esperava tudo menos isso.

— Por que isso agora? — perguntou Rebekah com curiosidade, Dean apertou as mãos em punhos, sua calça ficando amassada pelo aperto firme, que deixava seus nós dos dedos brancos.