O Dono Do Morro

Capítulo 4

Andrea andou pelas ruas e vielas mal iluminadas de sua comunidade até a casa de Brian, ela bateu na porta depois que chegou lá, esperando alguns momentos e a porta se abriu revelando um alfa alto de cabelos pretos encaracolados, olhos azuis claros e pele pálida, ele usava calça de moletom e estava sem camisa mostrando seu corpo tonificado com tatuagens em vários lugares, ele estava com um cigarro na boca, olhando para Andrea com uma sobrancelha arqueada e questionadora.

— Meu irmão me expulsou de casa. — Andrea falou em voz baixa e envergonhada, Brian se encostou no batente da porta como se não se importasse.

— Idai? Foi você que começou tudo isso e nem pensou nas consequências, mas o que você quer? — Brian perguntou não se afastando da porta, ele deu uma tragada no cigarro e soltou a fumaça para cima, Andrea o olhou com se fosse óbvio.

— Posso ficar aqui com você? — perguntou Andrea, vendo os olhos azuis claros de Brian olharem para o lado e suspirar.

— Tá, mas só por enquanto. — Brian respondeu friamente, ele se afastou da porta e deixou ela passar, fechando a porta com um suspiro inaudível.

††††

Era sete da manhã, Dean estava em frente a porta vendo o chaveiro trocar a fechadura da porta, quando o beta terminou ele entrou três chaves para ele, Dean agradeceu ao homem e o pagou, quando ia fechar a porta uma mão o impediu de concluir o ato, Dean se assustou por um momento, mas depois de uma olhada mais atenta, ele percebeu que era a mão de Sam, o ômega viu seu irmão mais novo entrar na casa ao não encontrar resistência.

— O que devo a visita repentina? — Dean perguntou depois de fechar a porta, e se sentar no pequeno sofá da pequena sala, Sam o seguiu se sentando na poltrona a frente dele e o olhou atentamente.

— Andrea me ligou dizendo que você a expulsou de casa, mas não falou o porquê. — Sam falou olhando para seu irmão mais velho, observado suas reações, que eram indiferentes ao citar o nome de sua irmã mais nova.

— Ah, ela te contou foi? Ela também te disse que o motivo disso tudo foi por causa dela tentar me matar. — Dean comentou com um ar indiferente, Sam ficou horrorizado com o que ouviu e checou o corpo de Dean para ver se tinha algum hematoma ou arranhões.

— O que ela fez? — Sam perguntou incrédulo, ele nunca pensou que Andrea tentaria fazer isso, afinal Dean nunca brincaria com algo assim e muito menos ao falar de Andrea.

— Ela tentou me matar através dos originais, Sammy, ela falou a eles que eu a estuprei e você sabe como eles são com pessoas assim, eles até mataram por menos que isso... Ela planejou isso, Sammy, ela planejou minha morte para ficar livre de mim e pegar tudo que tenho, compartilhar com seus amigos e namorado, enquanto eu apodrecia em algum lugar por algo que nunca, jamais fiz na minha vida. — Dean explicou para Sam o que sua irmã fez, o jovem ômega não sabia o que fazer, ele estava em choque pelo que ouviu, ele não conseguia acreditar nisso.

— Os originais? Como você conseguiu sair vivo de lá? Ninguém sai vivo de um encontro com eles, sem ser a família, fornecedores e aliados deles. — Sam questionou tentando entender como Dean estava vivo depois desse encontro, o ômega mais velho cruzou os braços olhando para seu irmão.

— Eu tive que me jogar aos pés de Niklaus, implorar para ele me ouvir e por fim revelar minha casta. — Dean respondeu suavemente, lembrando dos olhos azuis esverdeados o olhando com uma intensidade quase faminta.

— Uau, e agora? O que aconteceu depois? — Sam continuou com os questionamentos, Dean suspirou levemente.

— Elijah me levou para cá, Andrea e seus amigos estavam comemorando minha “morte”, expulsei todos com a ajuda de Elijah e por último expulsei Andrea, não quero vê-la nunca mais na minha vida... Não começa Samuel Winchester, Andrea tentou me matar e ainda estava insatisfeita por não conseguir, não quero ela na minha vida, pode ser minha irmã, mas é como se ela tivesse matado uma parte de mim que a amou incondicionalmente, não quero nada com ela, para mim ela não existe mais. — Dean respondeu a última pergunta de Sam, que ficou quieto contemplando as palavras de seu irmão e entendeu o que ele quis dizer, um ato irreversível praticado pela pessoa que ele mais confiou, ainda bem que ela nunca soube antes que ele era um ômega, caso contrário ele teria sido vendido ou até um destino pior que a morte.