I thought l'd never ever need you

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[ Para entender melhor a história ]

Ambos são famosos. Felix é um modelo que entrou na carreira e ator recentemente. Bangchan é cantor e produtor.

Eles se conheceram em uma festa de estreia de um filme que o Chan fez a trilha sonora do filme e o Lix foi ator do mesmo.

Ele me faz querer largar tudo, sair de casa no meio da noite, atravessar as ruas desertas só para voltar para o apartamento dele, apenas para poder sentir o calor de seu corpo enquanto adormeço ao seu lado

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Ele me faz querer largar tudo, sair de casa no meio da noite, atravessar as ruas desertas só para voltar para o apartamento dele, apenas para poder sentir o calor de seu corpo enquanto adormeço ao seu lado. Eu realmente não entendo o que está acontecendo comigo. Mesmo depois de deixar claro para nós dois que era apenas sexo, algo em mim está mudando. Cada vez mais, meu orgulho trava uma batalha silenciosa contra o desejo. A cada encontro, a cada toque, fica mais difícil não implorar para que ele fique. Só mais um pouco. Só mais uma noite. O cheiro dele impregnado nas minhas roupas parece ser a única coisa que me acalma quando ele se vai.

Eu nunca imaginei que precisaria dele de outra forma além da física. Mas agora, parece que tudo o que eu sou, tudo o que eu quero, gira em torno dele.

Ninguém nunca me fez sentir dessa maneira. Nunca.

Eu deveria ter colocado um freio nisso desde o início. Deveria ter sido mais cauteloso, mais frio, mas como? Ele é simplesmente viciante. A sensação do corpo dele sob o meu, o jeito que suas pernas se entrelaçam em torno da minha cintura, é como um ímã que me prende. O gosto dos lábios dele, com aquele toque suave de morango... Agora, enquanto mordo um da caixa que comprei, percebo que nenhum deles se compara ao sabor da boca dele. E a voz dele? Quando me chama, me arrebata de uma forma que nenhuma música que eu já compus foi capaz de fazer. É enlouquecedor. Meu nome na boca dele soa melhor do que qualquer melodia que já produzi. E isso me deixa insano, porque tudo o que eu quero é ouvi-lo implorar por mim, repetidamente.

A presença dele é uma droga que corre nas minhas veias. Eu sei que deveria ter dado um basta, antes que ele se machucasse. Eu dizia a mim mesmo que era a coisa certa a fazer. Mas agora entendo que é ele quem precisa me soltar, porque eu... eu não sei se sou forte o bastante para resistir a esse sentimento. O que ele nem imagina é que já me tem por inteiro, e talvez nunca venha a saber, porque meu maldito orgulho não vai deixar que ele perceba o quanto estou preso a ele. Preciso terminar com isso antes que isso termine comigo.

Esta será a última vez. Esta será a nossa despedida.

Pego o celular, deslizo pela tela e, de repente, uma foto dele surge na minha timeline do Twitter. Ele está com outro cara. Desconhecido. E meu coração aperta como se fosse esmagado. Eu perdi ele? Talvez, talvez isso seja o melhor.

São 2h11 da manhã. Apenas três minutos se passaram desde que olhei o relógio pela última vez, mas parecem horas. E o único pensamento que martela na minha mente é que ele está com outra pessoa. Alguém que está deitado agora ao lado dele. Alguém que não o leva a um motel qualquer, mas que o trata com carinho. Alguém que o apresenta aos amigos, que o assume sem hesitar. Alguém que não tem medo de se render ao que sente.

Que raiva! Esse alguém deveria ser eu. Deveria ser eu! Eu que deveria estar enchendo ele de beijos até nossos lábios adormecerem. Eu que deveria abraçar ele durante a noite, sentindo o cheiro que me enlouquece. Eu que deveria acordar com ele ao meu lado, com o rosto dele sendo a primeira coisa que meus olhos encontrariam ao amanhecer.

Deveria ser eu. Se eu não fosse tão orgulhoso, tão covarde. Se eu não tivesse tanto medo de me machucar de novo.

Levanto da cama, vou até a geladeira e pego uma lata de cerveja. Sento no sofá e ligo a TV, mas deixo qualquer porcaria passando. Não importa. Não vou conseguir prestar atenção em nada de qualquer jeito. A única coisa que ocupa minha mente é ele. Abro o Twitter de novo e vejo a maldita foto. Meu coração dispara, os pensamentos ficam caóticos. Será que, pelo menos uma vez, eu deveria ouvir o que meu coração está gritando? Que se dane. Vou ligar pra ele. Vou tirá-lo daquela cama, vou afastá-lo de perto daquele cara. Eu preciso dele aqui comigo.

Dou um gole longo na cerveja, respiro fundo e pego o telefone, procurando o contato dele. Meu dedo hesita por um segundo antes de apertar "Ligar".

O celular chama pela primeira vez e meu coração começa a bater mais rápido, como se estivesse em sintonia com o som. Na segunda chamada, uma dúvida surge: será que realmente vale a pena? Ou seria melhor desistir de tudo isso agora? Na terceira, ele atende.

"Oi?" — A voz dele sai rouca, carregada de sono, e naquele momento eu sei. Sim, vale a pena.

— Oi, Felix. É o Bangchan... — Minhas mãos estão suando. Estou nervoso como nunca.

"Ah, oi, Chris, desculpa, acabei de acordar, nem vi quem era. Tá tudo bem?" — Ele usou meu apelido. O apelido que só ele usa. Aquilo ecoa na minha cabeça, como um refrão que não consigo parar de repetir.

— Lix... eu preciso de você... — As palavras escapam antes que eu possa contê-las, sem pensar nas consequências. Eu preciso dele. Preciso.

"Chris, você me ligou no meio da noite pra me chamar pra transar e depois me mandar de volta pra casa? Sério, hoje não vai rolar." — Minha respiração falha. Eu sei o que preciso dizer agora, e isso... isso vai mudar tudo. Eu sinto. Vai mudar algo entre nós, e rezo pra que mude algo dentro dele também.

— Eu não quero que você volte pra casa — Minha voz sai baixa, quase um sussurro. Talvez ele nem tenha escutado, porque o silêncio que segue é ensurdecedor.

"Você não dorme quando é só sexo." — A respiração dele se acelera do outro lado da linha. Será que ele está sentindo o mesmo que eu?

— Você deixou de ser apenas uma transa, Lix. E eu nem falei que a gente ia transar. Eu só... eu só preciso de você aqui. Nem que seja só pra dormir, pra sentir o seu cheiro, pra te abraçar e ficar mexendo no seu cabelo até a gente pegar no sono. Eu só... eu preciso de você comigo. Então, por favor, deixa esse cara e me dá uma chance. Por favor — As palavras saem rápidas, quase atropeladas, como se eu estivesse correndo contra o tempo. Talvez eu tenha sido precipitado. Talvez ele não sinta o mesmo. Mas finalmente, depois de tanto tempo, tirei esse nó da garganta.

"Eu vou me arrumar e pedir um Uber" — ele disse com uma voz séria.

— Não! Eu vou te buscar. Vou me trocar e vou te buscar. Eu te disse, você se tornou mais que uma transa — Falo isso já me levantando, apressado, para pegar uma roupa.

"Ok, me liga quando chegar que eu desço."

— Ok — Respondo. Felix desliga a ligação, e eu me visto rapidamente para ir buscá-lo.

Continua...

Middle of the night • Chanlix Onde histórias criam vida. Descubra agora