A Batalha de Harrenhal

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Harrenhal era o maior castelo que Harry havia visto. As cinco muralhas eram retorcidas, estando derretidas.

Harry estava na maior e mais alta delas, a torre da pira do rei. O nome original havia sido perdido após a morte do rei daquele catelo, Harren, o Negro. Eram os aposentos mais dignos de um rei. Além da torre ser vertiginosamente alta, o aposento de Harry era tão grande, que ele ficava até desconfortavel.

De fato, aquele castelo era tão grande que se estivesse em boas condições, seria perfeito para o senhor dos sete reinos.

Harry, entretanto, odiava aquele castelo. Além da aparência horrenda, a criação de Harren era medonha por si só. O vento passava pela construção quase liquefeita, criando correntes de ar medonhas.

Não ajudava nada que Harrenhal já tivesse uma péssima fama com ele: todos os que tomavam conta do castelo, tiveram a linhagem extinta; e isso desde o próprio criador, Harren, o Negro, que o fizera a custo da vida de centenas de pessoas, que derramaram até sangue na argamassa; só para ser morto pouco depois, junto de toda a sua linhagem. Desde então, todos aqueles que botaram os pés na enorme fortaleza derretida, tiveram sua linhagem morta.

Haren, Qoherys, Harroway, Towers, Strong, Lothson, Whent... Todas aquelas casas, muitas delas sendo antigas e poderosas, com séculos de história, botaram os pés na fortaleza, e todas foram extinta de forma brutal e cruel. Até aqueles que não tiveram a linhagem extinta, mas tomaram o sombrio castelo por um tempo, morreram; Tywin Lannister, Janos Slynt, Amory Lorch, Sor Gregor Clegane, Roose Bolton... Apenas Petyr Baelish permanecia vivo, e mesmo ele não botava os pés no lugar.

E agora eu estou aqui..., pensou Harry, sombriamente.

Apesar de tudo, pelo menos havia algo bom no castelo: fora o local de dois grandes conselhos, onde praticamente todas as grandes casas se reuniram e votaram naquele que seria o escolhido para governar os sete reinos.

Havia um bosque sagrado gigante em Harrenhal, muito maior do que o que tinha em Winterfell. Harrold, entretanto, nunca botou os pés nele. Quando estava no enorme castelo dos Stark, visitou o Bosque de lá, e sentiu como se a terra o repudiasse, que aquele não era o seu lugar. Só sua esposa e os irmãos dela se sentiam confortáveis naquele local, assim como os lordes de lá -Com exceção dos Royce, que seguiam a mesma fé dos velhos deuses do norte. Só o olhar do rosto choroso entalhado daquela árvore coração dava calafrios em Harry. Parecia que o rosto o olhava de forma crítica, incomodado com a sua presença e mostrando isso para ele.

Aquele nunca seria o meu lar, pensou. Somente os nortenhos poderiam conviver em paz naquela terra. Talvez esse também tenha sido o motivo de sua partida; precisava fugir daquele castelo, que mais lhe parecia uma outra terra viva e nociva para ele. Sabia que os lordes do Vale estavam felizes em sair de Winterfell e do Norte, tanto quanto ele.

Havia pelo menos cinquenta mil homens em Harrenhal, a maioria estava acampada fora do castelo, mas tiveram de entrar e dividir espaço com os outros, pois os batedores haviam encontrado o exército inimigo -bom, era o que eles deduziram que tivesse acontecido, pois eles simplesmente nunca voltaram.

O tio de Sansa, Lorde Edmure, insistiu que deixassem os plebeus entrarem no castelo.

-Eles estão assustados, precisamos protegê-los. -insistira Edmure, como se dissesse respeito aos lordes. -As hordas dothraki vão destruir as poucas casas que sobreviveram a guerra, estuprar as mulheres, as crianças que não forem mortas, serão escravizadas.

-É uma situação triste. -Respondera Harry. -Mas temos que pensar nos nossos agora.

Edmure o olhou incrédulo.

Margaery Tyrell: A Rosa de Highgarden.🌹Onde histórias criam vida. Descubra agora