𝐏𝐑𝐎́𝐋𝐎𝐆𝐎 𝐈𝐈.

125 9 0
                                    

Ela voa pelas ruas de Paris, a noite acobertando e destacando a luz branca de seu "uniforme de aranha", uma energia calorosa mas também confortante e talvez perigosa ou ameaçadora era a definição da escuridão da capital da França.

Toda a Europa tem inveja dos raios de luzes que é a Torre Eiffel, como ela brilha como um pisca-pisca na árvore de Natal, e também da Garota Aranha.

Parecia até que elas são iguais, dois símbolos que representam o país mais visitado do mundo, elas tem o mesmo valor, seja emocional ou também o que os empresários tem no bolso, mas também são como um patrimônio cultural.

Ela é como a própria Torre Eiffel, brilhante e importante. A mesma opinião de seus pais, sua família e de toda a Europa, é claro, se eles soubessem quem ela verdadeiramente é.

A Amélie, que carrega sobrenomes importantes, e a Menina Aranha, ou só Papillon, são totalmente diferentes.

A Papillon é livre, ela tem suas próprias escolhas, teorias, ideias, jeitos, falas totalmente diferentes da Amélie.

A Amélie é fechada com grades, quais também são chamadas de paredes, trancada no condomínio de uma grande casa com o valor mais alto ainda. As escolhas, teorias, ideias, jeitos, falas e quaisquer outros são formados por sua família, principalmente de seus pais, os mesmos que fingem estar bem.

Ambas são perseguidas por imprensas e tabloides, uma com a foto dela e de sua família em arranhas-céus e outdoors para ajudar na campanha eleitoral de seu pai, e a outra com sua identidade ainda secreta, o que dificulta a vida de vários jornalistas.























- Eu realmente não esperava isso... - O monarca da família Gerard suspira, parecendo mais frustrado ainda. - Como pôde, Amélie? 7?! - Ele adiciona.

- Estou decepcionado com você. - Falou o homem firmemente, enfatizando o decepcionado.

Ela queria gritar com ele, ela queria se afundar em lágrimas de raiva e em seus soluços, mas ela não conseguiu... Ela nunca conseguiu.

Ela só conseguia ficar com a cabeça baixa, as vezes olhando para o pai, para a mãe, para aos irmãos que assistiam a cena no canto da sala, mas só conseguia manter seu olhar para baixo ou ao redor, parecendo um cachorro abandonado.

- Desculpa, pai... - Ela disse, em um volume meio baixo, e olhou para cima de novo, viu o mais alto meio alterado e com uma cara de fúria. - Senhor. - A mesma se corrigiu, recebendo um olhar preocupado de sua mãe novamente, que ainda estava com aquele maldito vermelho na bochecha esquerda.

É claro que ele estava mais do que meio alterado.

- Já para seu quarto! Não quero mais problemas depois daquele britânico de merda! - Ele exclamou novamente, fumaça quase saindo de seus ouvidos como em algum desenho animado, apontando para um lado qualquer da sala luxuosa, se perdendo na quantidade de quartos na casa.

Ela só conseguiu acenar um sim com a cabeça e levantar e andar até a porta, quando chegou ao seu quarto, já se trancou lá dentro.

Parecia outro lugar, era um aroma de conforto, como se estivesse perto de uma lareira enquanto neve cai lá fora, repleto de posters e polaroids, momentos importantes e felizes da adolescente de 17 anos.

Mas seu olhar para em uma gaveta, lá no canto, quase abrindo um pequeno sorriso.

Se eu quero ser livre, eu vou ser.

𝐏𝐀𝐏𝐈𝐋𝐋𝐎𝐍, hobie brown (a reescrever)Onde histórias criam vida. Descubra agora