Calliope se observa no espelho oval, tingido de dourado, com pequenas borboletas do mesmo tom, que reluze no sol matutino que entra em seu quarto, a Lancelotti tinha de admitir que seu estilo havia mudado de um ano para cá. Sua confiança e autoestima mudaram sua vida, mas ainda por dentro sentia-se vazia, como se algo faltasse para ela. Talvez fosse devido ao fato de que sua magia era defeituosa, que só lhe permitia fluir quando estava com o colar de sua ancestral.
Não, deve ser outra coisa. ━━ Pensou ela uma vez.
Ou talvez o fato de que sua mente dizia que ninguém nunca gostaria dela, talvez não verdadeiramente. Não importava se ninguém mais pegava no pé dela ou ninguém se importava com seu peso. Ainda havia aquela sensação de vazio, talvez ódio por si mesma, possivelmente relacionado a alguns de seus problemas com sua própria mente que a fazia se sentir a menininha insegura e chorona que lamentava pela morte da mamãe e do papai. De certa forma Calliope era confusa e complicada, esperando alguém para gostar de todas as suas complicações e imperfeições. A ruiva acredita que ━━ Somos apenas pessoas imperfeitas procurando alguém para amar nossas imperfeições.
Suspirando ela se observa novamente, seu jeans preto um tanto desgastado no meio das pernas, seus coturnos com linhas devido a sua ansiedade que lhe faz bater os pés repetidamente no chão, uma blusa de cetim, verde, com alcinhas finas que são cobertas pela jaqueta de couro.
Mordendo o lábio inferior nervosa, contendo um pequeno sorriso, gostava do que via, mesmo que não fosse o que desejava, tentava gostar. Talvez a melhor parte de sua manhã era se olhar no espelho e ver que estava aceitável para si, ao menos sentia-se melhor com isso, como se a sensação de se sentir inferior diminuísse.
Arrumando seu cabelo o deixando repartido, com as duas mechas sobre os ombros, Callie se afastou do espelho pegando sua mochila perto da janela. Assim que saiu do quarto viu sua amiga, Elena Gilbert, sair de seu quarto com a expressão abatida, que nem se quer notou a presença da ruiva. A bruxa compreendia que o recente falecimento de seus "tios", já que seus pais eram praticamente irmãos dos pais da morena, Lio ficou assim quando soube da morte de seus pais e teve todo o apoio da família Gilbert. O que diminuiu o dano em sua vida, mas não diminuiria a dor por perde-los.
Não percebeu o tempo que ficou encarando o lugar onde Elena estava, do verbo estar, já que ela não se encontra mais ali. Balançando a cabeça a Lancelotti suspira começando a descer as escadas da casa onde viu Jenna apressada, a loira que põe um casaco de meia-estação e a olha sorrindo dizendo um tanto alto e alegre. ━━ Calliope! Que bom que desceu, olha eu tenho uma reunião com o orientador da minha tese, então... ━━ Ela pegou sua bolsa abrindo e revisando enquanto pergunta. ━━ Precisa de dinheiro?
Terminando de descer a menina nega gentilmente, escorada no corrimão da escada, com um pequeno sorriso cordial. ━━Não, obrigada, tia Jenna. É muita gentileza sua. ━━ Sorrindo, ofegante, a Sommers sai de casa apressada, à adolescente suspira tristemente, caminhando para a cozinha onde viu Jeremy passar irritado por ela quase a derrubando.
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𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐋𝐈𝐅𝐄. 'ᵈᵃᵐᵒⁿ ˢᵃˡᵛᵃᵗᵒʳᵉ
Fanfiction𝘿𝙪𝙖𝙨 𝙫𝙞𝙙𝙖𝙨, 𝙪𝙢𝙖 𝙖𝙡𝙢𝙖... 𝘊𝘩𝘢𝘳𝘭𝘰𝘵𝘵𝘦 𝘓𝘢𝘯𝘤𝘦𝘭𝘰𝘵𝘵𝘪, nascida no século 19 em Mystic Falls. A menina de fios vermelhos com o auge de seus 15, apaixonada por o homem que arranca suspiros de todas as damas da cidade, Damon S...