CAPÍTULO 10

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Christopher se via sem rumo, após os acontecimentos no restaurante, ele pagou a conta e saiu. Tentou correr atrás de Yu-rim mas a mesma não quis conversar com ele.

Ele decidiu que seria melhor dar um tempo para ela, ela queria e ele respeitaria sua vontade, por mais que doesse.

Ele sabia que deveria ter esperado, mas o medo, o desespero e os sentimentos de amor gritaram mais alto. Nesse momento, estava sentando no meio fio, enquanto leves gotas de uma possível chuva, caíam sobre ele.

Ele precisava se acalmar, o cigarro, que fumava, já não estava resolvendo. Nem mesmo a nicotina poderia acalmá-lo. Ele precisava de mais.

Pegou seu celular, ligou para Davis. Uma pessoa de sua confiança, porém não conhecida.

- Preciso daquele favor novamente, o mais rápido possível - Ele disse para o homem do outro lado da linha

- Agora? Não tenho ninguém disponível, senhor - A voz do homem saiu tremida, era nítido o medo

- Então arrume - Christopher berrou, dando mais uma tragada em seu cigarro - É urgente.

- Sim, senhor. Me dê 10 minutos.

- Você tem cinco, no máximo.

Por fim, ele encerrou a chamada. Prometeu que não faria novamente, mas não tinha escolha. Tudo tinha dado errado. Os planos de voltar com sua garota para casa, não aconteceu.

De poder beijá-la, abraçá-la e lhe dizer tudo o que ele sente por ela, de maneira detalhada, não iria acontecer.

Assim que a mensagem em seu celular chega, ele pega seu carro e se dirige para um galpão abandonado quase fora da cidade. Era sempre assim quando precisava se acalmar.

Na porta, o homem com quem tinha falado no telefone, Davis, o esperava.

- Senhor, este é um ladrão. Ele foi preso 3 vezes roubado pessoas idosas assim que saíam do banco. - Diz o homem mostrando uma ficha criminal

- Qual o nome dele? - Pergunta Christopher, olhando o papel

- Kang Shi-dae.

- Ok, vaza - Diz Christopher para o homem mais baixo, que o encarava com medo - Tenho que repetir?

O homem se curva e se retira imediatamente, não ficaria para ver o que aconteceria ali. E muito menos, para ser o próximo. Ele sempre soube o que o homem de cabelos curtos fazia quando precisava de acalmar e não era nem louco de interferir.

Christopher adentra no enorme galpão, no meio dele, no completo escuro, estava um homem, amarrado com os pulsos para cima, seus pés nem encostavam no chão.

O homem de cabelos curtos, acende a luz, olhando para o rosto do outro homem que estava amarrado, analisando sua feição. Devia ter uns 38 anos, tinha cabelos loiros e barba, não era gordo e nem magro, deveria ter 1,70 de altura.

- Quem é você, seu filho da puta? - Berra o homem loiro - Por quê eu estou aqui?

- Mantenha a calma. - Christopher o olha, e ele não parecia muito lúcido pois o homem loiro o encara com medo - Vamos nos divertir.

- Não acho que eu vá me divertir com você, seu louco! - Ele cospe no chão - Me solta, seu verme.

- Olha a boca! - Christopher o soca, e não para apenas com este soco. Ele continua, dá um, dois, três, quatro, cincos socos seguidos. Sua mão agora já estava ensaguentada, mas não mais que o rosto do pobre homem à sua frente - Você não é uma boa pessoa, você merece isso! Seu lixo desgraçado.

- E você é? - O homem o encara - Você me trás aqui, me bate. Por quê? Não acho que seja porque eu roubei uns velhinhos. Tá com raiva de algo ou alguém, e quer descontar em mim. Quem também não é uma boa pessoa aqui, seu desgraçado?

Christopher o olha com ódio, não porque falava, mas sim porque era verdade. Ele tentava pegar pessoas ruins para bater e se livrar delas, pensando que sua culpa seria menor. Mas isso não adiantava, isso ainda o fazia uma pessoa ruim.

Ele pega uma lâmina, em cima de uma mesa que possuía várias outras ferramentas, martelos, alicates, facas, ferros, dentre outras coisas que ele poderia utilizar para bater e matar pessoas.

- Quer brincar? - Christopher o coloca no chão, através das correntes ali perto - Porque eu quero.

Ele torturava o homem, arrancou todas as suas unhas com o alicate, uma por uma. O corpo do homem loiro havia diversos cortes abertos e fundos, que Christopher havia feito com uma lâmina. Sua orelha esquerda havia sido arrancada com uma faca de serra, sete de seus dez dedos da mão, quebrados, um à um. Havia diversos furos em seu abdômen e sua cara, completamente inchada, seus olhos mal paravam abertos e seu corpo estava dormente.

Christopher sorria com a cena em sua frente. Para ele, era mais que satisfatório aquilo tudo. Voltaria no tempo e começaria tudo de novo, apenas para aproveitar casa sensação. Por fim, com um cutelo bem afiado, cortou levemente seu pescoço, e o deixou sangrar até a morte.

Aquilo o acalmou, ver o sangue, ouvir os gritos de dor, causar cada machucado, era a melhor sensação para ele.

Assim que saiu do galpão, após a morte do homem, que sangrou até morrer. Mandou uma mensagem a Davis, ordenando que se livrasse do corpo o quanto antes.

Foi para sua casa, tomou um banho quente, vestiu uma calça moletom e deitou em sua cama. Era por volta das 03:02 da manhã, e Yu-Rim não havia respondido suas mensagens.

O mais velho não conseguiu dormir, as cenas com ela se passavam em sua mente, e a cena do que havia feito, também. Tinha prometido não fazer isto outra vez, mas não era a primeira vez que quebrava essa promessa. Tentava descontar em outras coisas, foder era uma delas, mas não queria fazer isso com ninguém que não fosse sua garota.

Por fim, o cansaço o venceu. Fazendo o mesmo dormir até que seu celular começasse a tocar. Era seu agente, Christopher estava atrasado, eram 09:20 da manhã, ele tinha cenas a gravar hoje. Nem tinha notado quando dormiu mas pelo menos havia descansado um pouco.

Tomou um banho rápido, vestiu uma roupa apresentável, tomou um café rápido e saiu, não sem antes conferir se Yu-rim tinha o respondido, e se sentiu desapontado ao ver que não tinha obtido nenhuma resposta.

Talvez precisasse se acalmar mais algumas vezes.

Amor Ou Posse?- Christopher Bangh Onde histórias criam vida. Descubra agora