feel(me) ও l.s

🧸↳ 03. sorriso

Harry adorava ver Louis sorrir. Mas foi um sorriso específico que ele apreciou. Não era o fantasma presunçoso do sorriso que ele mostrava quando tinha certeza de que estava certo. Não era o sorriso maligno que enfeitava sua boca quando ele estava disposto a fazer travessuras.

Surpreendentemente, não foi o sorriso travesso que liquefez o cérebro de Harry.

Não, aquele sorriso era diferente.

O sorriso que ele adorava era elusivo, mas quando o viu, aqueceu-o profundamente. O sorriso foi o que Louis mostrou quando seu coração estava cheio. Iluminou seu rosto e brilhou através de seus olhos com um calor radiante. O sorriso era especial porque era só para ele e quando revelou sua intensidade fez com que ele soubesse que naquele eterno instante ele era a única pessoa existente no campo de visão de Louis.

Eles haviam acabado de resolver uma discussão, na qual ambos eram culpados, e Harry estava tentando arrancar um sorriso de seu namorado. Infelizmente, ao longo do dia e apesar dos seus esforços, o lindo sorriso não foi alcançado.

Harry dirigiu a caminhonete pela estrada. Louis estava no lado do passageiro, folheando uma revista de móveis.

Physical filtrado pelos alto-falantes. Ele aumentou o volume e começou a cantar. Não sabia a verdadeira letra da música, mas cantou mesmo assim, sem se preocupar em estar praticamente destruindo-a. Ele tocou o volante, parando em um semáforo.

A sensação de olhos queimando nele passou por seus sentidos e ele se virou para olhar para Louis. As palavras ficaram presas em sua garganta, porque Louis estava lhe dando aquele sorriso raro e amado.

Ondas de calor fluíram através de seu sistema em ondas agradáveis. Ele olhou para aqueles olhos sorridentes, sentindo-se cair nas profundezas do azul-celeste.

— A luz está verde.

Esgotando-se mentalmente, Harry pisou no acelerador.

Droga, ele amava aquele sorriso.