Desconhecer-te

Pedro e Inês

A tua alma ainda vagueia por estas ruas
Ainda ouço a tua voz
E todas as palavras eternamente tuas
Hoje ecoam em mim como uma balada atroz
O desespero do que te fizeram não me deixa
Não há nada em mim que não doa
Sem ti até a mais bela flor se fecha
Nunca conheci amor tão grande
Nem tamanha dor
Como é que te pude perder assim
Deixas-te-me tão só minha Inês, meu amor

Ainda correm as tuas lágrimas por aqui
Formaram um rio em memória de mim
Uma fonte de dor, pesar e lembrança
Falam de um amor eterno
Essas pedras manchadas
Da cor do inferno
que é viver sem ti
À beira de Coimbra
Desde o dia em que te perdi

Levaram-te de mim Inês
Mas não apagam o que sinto por ti
Está gravado tão profundamente na minha alma
Ainda te sinto em cada gota de chuva, em cada rosa que ao passar continua murcha.
Até elas sentem a tua falta
A ti Inês de Castro hoje coroo da forma mais alta
Rainha eterna
Amor sem fim
Tiraram-te a vida minha Inês
Mas não te tiram de mim