Spin-off de No morro Filipe Ret
Essa é a história de amor que teve que superar muito mais do que barreiras, teve que superar a realidade que chama eles, a realidade que vai levar o Teto a lutar por uma pessoa que ele mal conhece, mas que faz ele rel...
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Anos Atras
Jacobina, Bahia
Se do interior nunca foi um problema, sempre gostei de estar aqui, mas de uns tempos para cá venho estando muito insatisfeito, além de tudo que vem acontecendo dentro de casa, meu pai vive batendo na minha mãe e ela tem medo de procurar as autoridades para denuncia-lo, para ser livrar desse homem, quando eu falo que vou ajudar ela, ela se transforma, defende ele com unhas e dentes.
Como ela consegue defender esse homem?
Entendo que meu pai é um dos politicos da cidade, ele tem tudo na mão, mas ele não tem esse direito de bater nela e depois querer pagar de familia perfeita
-- EU NÃO AGUENDO MAIS ISSO -- grito para ela.
-- filho, por favor -- ela chora.
-- ele vai acabar te matando -- foi as ultimas palavras que eu falei para ela.
Sai de casa sem olhar para tras, precisava respirar um pouco, precisava sair de perto dessa loucura. Quando voltei para casa estava tudo escuro, chamei pela minha mãe, mas não tive rerposta, indo ate seu quarto eu entendi o porque, minha mãe estava jogada no chão, tinha sangue por todos os lados, sua roupa toda rasgada, muitas marcas de facadas, a faca ainda estava em seu peito.
Meu mundo caiu
Ele a matou
-- MÃE-- gritei e fui ate ela --não me deixa, mãe.
Comecei a grita por socorro, Pablo, um amigo e vizinho apareceu no quarto.
-- porra -- ele passa as mãos no cabelo.
Pablo era mais velho que eu, ele trabalhava na prefeitura como advogado, se tinha uma pessoa que poderia me ajudar era ele.
Eu vou colocar esse filho da puta na cadeia
-- Teto sai dai-- ele diz.
-- o que? foi meu pai Pablo, temos que colocar ele atras das grades-- digo ainda segurando a cabeça de minha mãe.
-- Teto, seu pai é um politico grande aqui, ele não vai ficar preso, ele é capaz de colocar a culpa em você para sair dessa, você tem que fugir quando ainda tem tempo moleque -- ele vem ate mim me puxando pelo o braço -- os vizinhos já devem ter chamado a policia, daqui a pouco eles vão estar aqui, você precisa ir AGORA.
Ele estava certo, aquele homem que era para ser meu pai, o cara que casou jurando amar e proteger colocou a culpa da morte de minha mãe nas minhas mãos, falou que eu usei drogas e teria surtado, se pagou de vitima, aquele que perdeu a mulher que amava por causa do filho problemático. Pablo me ajudou a fugir para outro Estado, fui para Fortaleza, lá passei uns dias nas ruas, conheci um pessoa que me ajudou.
No inicio foi difícil negar, mas era a unica chance de sobreviver, não poderia trabalhar, afinal sou fugitivo, o único jeito que eu vi foi de roubar, ate fazia uns bicos aqui e lá, mas não tive para onde correr, conheci o WIU, ele me apresentou ao Matuê, comecei a vender drogas para ele, depois fique responsavel de vigiar a mina dele.
Ele tratava ela muito bem, demonstrava que a amava, mas quando descobriu que ela estava grávida as coisas foram piorando, Matuê sempre traiu ela, desde o começo, ela nunca soube, mas depois ele não se dava o trabalho de esconder mais, eu ate tentei falar com ele, mas ele sempre gritava e me batia, tentei alerta ela, mas ela estava muito apaixonada por ele.
Em um dia ela descobriu tudo, ele bateu nela pela primeira vez, então eu me peguei naquela situação mais uma vez, lá estava eu vivendo mais esse ciclo sem fim, ele também ia matar ela, mas eu não ia deixar. Naquela mesma noite ajudei ela a fugir, eu salvei ela, ou fiz o que eu podia para isso.
Eu não te protegi mãe, mas conseguir ajudar a Paty
Quando ele descobriu que ela fugiu surtou, ele matou dois seguranças de sua casa para descobrir quem ajudou ela, eu estava com medo, não vou mentir, mas tinha que mater a pose, não sabia e não vi nada. Porem um dia ele descobriu, ele não me matou, fez algo ainda pior, ele me denuciou, armou uma armadilha para mim, fui pego e ate então estou aqui trancado nessas grades, por um motivo que não tenho culpa, sou inocentece, mas quem acredita em um menino? Quem vai negar as acusações de um politico nesse país?
Mas isso vai mudar, eu acredito que vai
-- OH VOCÊ -- um guarda bate na minha cela -- visita.
Fui com ele ate onde uma pessoa me aguardava, não sabia quem era, afinal meu advogado já tinha passo aqui essa semana, na sala um homem estava a minha espera.
-- seu guarda, aqui sua parte -- ele entrega um envelope para o guarda -- Clériton Sávio, ou melhor, Teto, sou o Dr. Caio Silva, sou advogado do senhor Filipe Ret e estou aqui para soltar você.
-- Filipe, quem? -- estou confuso.
-- não importa, vamos te tirar daqui e suas duvidas seram tiradas com o proprio -- ele sorri para mim -- vamos lá
Depois dali eu me vi livre mais uma vez e sabendo noticia de uma velha amiga.
