|CAPÍTULO 15|

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Bilhete n° 295

Eu quase estava esquecendo do quão deliciosa você é.

Under Pressure do Riley está em loop na minha Playlist desde a porra do seu beijo, amor.

Mas, droga, eu ainda te odeio.

LG

ANNA LIS | PRESENTE

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ANNA LIS | PRESENTE

A origem do sangue manchando meus dedos e se acumulando sob minhas unhas na tarde de quinta-feira, permanece uma incógnita. Por mais que eu pense e pense e pense, a resposta sempre retorna ao Graham e ao rosnado agonizante que inundou sua garganta no momento em que cravei minhas unhas entre suas omoplatas. Embora eu duvide que o gesto possa machucar daquele jeito, não há muitas opções sobrando. A não ser que ele tivesse se machucado antes e acabei reabrindo o ferimento.

O pensamento se pulveriza no ar com o som da janela do meu quarto sendo aberta. Seu corpo enorme aterrissa em meu tapete em um baque pesado e ruidoso e sua presença imponente toma o espaço, tornando-o negro e denso sobre a pele. Claramente a descrição não é seu foco essa noite, ele provavelmente sabe que estou sozinha em casa, e eu estaria mentindo se não estivesse torcendo internamente para que ele aparecesse.

Naquele dia, no vestuário, quando nos beijamos, fui movida inteiramente pela necessidade de mostrar a burrada que o idiota tinha feito ao aceitar participar da aposta de Vega e os outros; também queria provar que Alyssa nunca seria capaz de dar o que ele realmente desejava e, então, ver o arrependimento por ter me perdido brilhado em seus olhos quando eu finalmente o afastasse.

Mas a ânsia por vingança desapareceu rápido demais após eu conseguir o que queria. Não parecia certo, e o que antes era uma raiva descomunal se tornou uma curiosidade mórbida. Quem era o novo Graham? Onde estava o antigo? De onde veio o sangue? O que realmente aconteceu naquela noite na festa depois que Colin me escoltou para seu carro? E quanto a Alyssa... Ele estava ou não com ela? Eu esperava vê-los desfilando juntos pelo colégio, depois que peguei a vadia saindo do vestiário masculino com os cabelos molhados, mas os boatos que rondam os corredores é que o capitão dos Blacks tem aproveitado bem seu status de solteiro nas festas.

― Belo pijama, Golden Girl. ― diz lentamente, sua voz inundada com o sarcasmo usual de sempre.

Tento não pensar no meu short de elástico cheio de ursinhos e uma regata com a mesma estampa, mas o calor do seu olhar vasculhando cada centímetro do meu corpo me deixa estranhamente vulnerável. E odeio isso... o poder dele sobre mim, a forma fraca e errante como meu corpo responde a qualquer mísera coisa que ele faça.

― Que bom que gostou. Eu realmente estava preocupada que não fizesse. ― Ainda encarando as palavras sem sentido do meu livro, lanço de volta no mesmo tom e com isso quase posso vê-lo sorrir.

When We FallOnde histórias criam vida. Descubra agora