#6 Unexpected Ties

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VEGAS  POV

Eu observei enquanto Pete abria a caixa, revelando seu conteúdo intrigante. Seus olhos se arregalaram ao ver a quantia cuidadosamente empilhada dentro. Era um movimento clássico - uma distração para o que estava por baixo. Ao descobrir o pequeno caderno preto, eu não pude deixar de sorrir, antecipando sua reação às revelações contidas ali.

"Bem, bem, Pete. Tropeçou em um pequeno tesouro, não é mesmo?" eu comentei, meu tom pingando com um toque de sarcasmo. Pete me lançou um olhar, uma mistura de confusão e irritação. Ele estava prestes a descobrir uma realidade muito distante daquela que conhecia.

Enquanto ele folheava os nomes no caderno - Vegas, Macau, Venice - eu podia quase ver as engrenagens girando em sua mente. A realização o atingiu, mas ficou claro que ele tinha mais perguntas do que respostas.

"Surpresa, surpresa," continuei cruzando os braços. "Seu querido ex não estava apenas administrando uma boate; ele estava trabalhando como assassino. Uma mudança de carreira e tanto, não acha?"

A expressão de Pete passou de choque para incredulidade. O mundo que ele pensava conhecer estava se desenrolando diante dele, e eu estava lá para testemunhar tudo.

"Zach tinha uma missão, Pete," expliquei, meu sarcasmo dando lugar a um tom mais sério. "O trabalho dele era eliminar eu, meu irmão Macau e até o pequeno Venice. É um jogo perigoso que jogamos, e seu ex acabou sendo uma peça nele."

Eu podia ver a luta nos olhos de Pete - tentando conciliar a pessoa que ele pensava que conhecia com a realidade mortal da vida secreta de Zack

"Você era o alvo, Vegas?" Pete perguntou, sua voz uma mistura de incredulidade e preocupação.

Eu assenti, um sorriso irônico brincando nos meus lábios. "Bingo. E não apenas eu. As vidas daqueles conectados a mim estavam em jogo, incluindo uma criança inocente. O dinheiro? Apenas uma parte do pagamento pelas nossas vidas."

O olhar de Pete se afiou, e ele começou a entender as complexidades do mundo oculto no qual inadvertidamente havia entrado.

"Agora você faz parte disso, Pete," eu disse, meu tom mais sincero. "Sua segurança está ligada à nossa. Eu não posso revelar todos os segredos agora, mas quando estiver pronto, vamos navegar por isso juntos. Bem-vindo ao mundo além da fachada brilhante da boate."

Com essas palavras, deixei Pete lidar com as revelações, sabendo que o sarcasmo só poderia fornecer um véu fino sobre as verdades perigosas que ele agora tinha que enfrentar.

Nos dias que se seguiram, Pete estava como um peixe fora d'água, lutando para se adaptar à nova realidade em que havia tropeçado. O quarto tornou-se seu refúgio, e ele parecia encontrar consolo em suas paredes, como se o mundo lá fora guardasse muitas incertezas. Eu não o culpava; as revelações eram avassaladoras, e se ajustar a essa vida clandestina não era algo que acontecesse da noite para o dia.

Eu o observei de perto, desde a maneira como ele meticulosamente passava pelo conteúdo do caderno preto até os momentos de introspecção em que ele olhava para o horizonte, perdido em pensamentos. Era evidente que ele estava lidando com a enormidade da situação, e eu não pude deixar de sentir uma pontada de simpatia.

Uma noite, incapaz de resistir ao chamado do quarto por mais tempo, Pete emergiu. O corredor fracamente iluminado servia como um contraste acentuado com as sombras do quarto, mas a determinação de Pete parecia sobrepujar suas apreensões. Ele lançou um olhar fugaz ao redor, como se buscasse tranquilidade, antes de se aventurar para fora.

"Decidiu nos presentear com sua presença, Pete?" eu provoquei, o sarcasmo retornando à minha voz. Pete me lançou um olhar meio zangado, reconhecendo a tentativa de humor.

BAD LIAR ( VEGASPETE)Onde histórias criam vida. Descubra agora