beijos desesperados, culpa e afogamentos

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Pedro

Eu tinha acabado de entrar em alto mar com um cara que eu conheço a 2 dias, sem mencionar o fato de que eu não sei nadar.

Passamos alguns minutos rindo do nada e olhando pra lua enquanto deixávamos o som das ondas cobrir a sonoridade  local, era agradável. A água batia no nosso quadril e a luz da lua iluminava nossos corpos.

João me olha com um olhar de malícia, me come só com o olhar enquanto morde os lábios olha pro meu corpo como se estivesse esperando aquilo pelo resto da vida

Nossos corpos a essa altura são como imãs, que esperam a vida toda pra serem atraídos.

Chego cada vez mais perto até ele me puxar pela camiseta e nos deixar a mililitros de distância. Eu consigo sentir a respiração do cacheado se acelerar.

Ele finalmente desce com a cabeça até meu pescoço e começa apenas o cheirando e logo depois o beijando.

Ele brinca com o meu pescoço até subir bem perto da orelha onde ele morde o lombo dela,não me controlo e solto um gemido baixo

- Me fode, Pedro

- Com prazer - digo, preste a unir nossos lábios

Quando ele finalmente se encostam parecem insaciáveis. É um beijo intenso e desesperado, como se estivéssemos esperando aquilo desde de nossa sublime existência.

O beijo dura uns 2 minutos até a falta de ar nos obrigar a parar. Nos olhamos por alguns segundos. Eu mordo o lábio enquanto analiso cada detalhe dele, e cada vez que eu olho ele fica mais gato. Puta merda.

- Caralho como eu queria isso - digo, quebrando o silêncio enquanto sorrio, agora com o ar recuperado.

No fundo da minha mente eu ainda me lembrava do  fato de não saber nadar, mas decidi ignorar por agora e aproveitar a lua refletindo na pele daquele garoto arrogantemente gato na minha frente.

Nossas peles se tocavam, mas ao mesmo tempo pareciam distantes, nossos corpos começavam a ficar mais submersos na água, mas meu cérebro embebedado não pensava direito que eu precisava voltar para terra firme.

Nossos lábios unidos, pareciam ter sido feitos com a forma perfeita, um pro outro, pelo destino. A água chegava cada vez mais alto em nossos corpos, e eu começava a sentir meus pés fazendo ponta para tocar o chão.

Mais alguns minutos e eu estava me afogando. Acho que não foi uma boa ideia não mencionar ao cacheado que eu não sabia nadar, afinal ele obviamente ficou desesperado ao me ver perder o fôlego - não por um bom motivo como seu beijo perfeito - e afundar na água.
Eu acordo deitado na areia e vejo um borrão olhando pra mim, provavelmente era o Jão esperando eu acordar. Confesso ter achado fofo ele ter ficado tão preocupado comigo.

- Ei Pe, consegue me ouvir???
- Con--sigo? - digo em tom confuso
- Vamos pro hospital, consegue levantar?
- Acho que si-m - digo tossindo e me apoiando em Jão pra levantar.

Me apoio no cacheado até chegarmos no carro. Ele me coloca no banco de trás enquanto dirige até o hospital.

Notas da autora: oioi gnt! Esse foi um capítulo bem intenso mas eu gostei bastante de escrever ele! O capítulo foi escrito por mim e pela flowers_and_books e revisado pela anninhadojao, como de costume desejo uma ótima leitura a todos vocês! Votem muito!❤️‍🩹

As Ondas Desse Seu Coração - Pejao Onde histórias criam vida. Descubra agora