seria um crime desperdiçar essa chance

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Já faziam algumas horas desde que Luiza chegara na casa de seus pais, no Rio de Janeiro

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Já faziam algumas horas desde que Luiza chegara na casa de seus pais, no Rio de Janeiro. E naquele momento, ela estava jogada na cama, com Zézinho, o golden retrivier que a acompanhara por toda sua infância e adolescência. A ruiva observava cada centímetro do antigo quarto, abrindo um sorriso surpreso ao notar que seus pais não haviam nem tocado na decoração, estava absolutamente tudo alí, da maneira que ela havia deixado. Desde juras de amizade eterna com suas amigas do colégio, até posters de filmes e artistas quais ela gostava. Uma nuvem de nostalgia a inebriou, e era como se estivesse sendo transportada para sua adolescência novamente.

— Eu tava morrendo de saudade de você, Zézin! — Disse sorridente, enchendo o animal de beijinhos, enquanto o abraçava. — Passei o voo inteiro pensando em você sabia? meu amor. — Usava aquele timbre fino que só o Zézinho e a Panqueca, sua gatinha, tinha o prazer de escutar.

Amava o Rio. Amava seus amigos do Rio, e acima de tudo, sua família. Sentia saudade dalí quase que a todo o momento de seus dias, mas ela sabia que no fundo, não trocaria a vida que estava construindo em São Paulo por nada. Seu apartamento, sua faculdade, seu estágio... tudo parecia tão certo e tão perfeito para si, como se tudo estivesse entrando nos eixos.

Viu o reflexo da luz da lua bater contra o espelho do quarto, e piscou algumas vezes, voltando ao presente. Beijou o topo da cabeça do cachorro antes de soltar um suspiro e levantar lentamente, já sentia o sono lhe atingir visto que não dormira desde às 7 da manhã.

Luiza havia se esquecido de como o Rio de Janeiro era quente, principalmente naquela época do ano. Seu cabelo estava preso de maneira bagunçada num coque, e ela usava roupas largas e velhas. Chamou Zézinho e deixou o quarto, indo em direção às escadas de mármore branco, descendo e já podendo ouvir seus pais conversando na cozinha.

Conforme se aproximava do cômodo, sentia o aroma do jantar daquela noite: strogonoff, seu prato favorito. Sorriu satisfeita, quando chegou na cozinha, encontrou Humberto e Marta rindo de algo que seu pai havia falado. A loira gargalhava como nunca. Luiza não pôde conter o sorriso ao ver o casal tão feliz. A ruiva tinha certeza que eles eram tão apaixonados e felizes quanto pareciam.

— Estou atrapalhando o casal? — Brincou, chamando a atenção do casal, que olhou para a filha negando com a cabeça.

— Claro que não meu amor, ainda bem que chegou, já ia te chamar pra jantar. — Marta disse sorrindo, enquanto temperava o molho do strogonoff.

Era incrível como a Azevedo sempre estava tão arrumada. Não importava a ocasião, se era dia ou noite, casual ou formal, Marta sempre gostava de estar bela e elegante. Seu pijama em questão surrava o da filha, visto que era um conjunto de cetim num dourado, e um robe da mesma cor.

Humberto usava apenas o short que usava para dormir, visto que sentia muito calor para ao menos pensar em usar uma camiseta.

— Já arrumou suas coisas filha? — O homem perguntou, enquanto fazia algo que sua esposa havia mandado.

MENINA VENENOOnde histórias criam vida. Descubra agora