𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐢𝐬 𝐒𝐭𝐮𝐩𝐢𝐝 - 𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 𝐈𝐳𝐮𝐤𝐮 𝐌𝐢𝐝𝐨𝐫𝐢𝐲𝐚

𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 𝟏

•𝑶𝒍𝒉𝒐𝒔 𝑬𝒔𝒎𝒆𝒓𝒂𝒍𝒅𝒂𝒔•

「𝐔𝐦 𝐛𝐨𝐦 𝐩𝐫𝐞𝐝𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐫𝐯𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐚 𝐝𝐞 𝐥𝐨𝐧𝐠𝐞 𝐞 𝐚𝐭𝐚𝐜𝐚 𝐬𝐢𝐥𝐞𝐧𝐜𝐢𝐨𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞」

Autora

Risadas, choros de alegria ou tristeza, conversas altas, reencontros de familiares e amigos, milhares de emoções variadas de pessoas diferentes. O aeroporto estava cheio, o que deixava você atordoada, já que sua individualidade estava sempre ativada, às vezes ter a capacidade de sentir as emoções de outras pessoas é exaustivo. 

Você caminhava junto de seu namorado para fora do aeroporto, felizmente Noah já tinha feito uma reserva em um hotel próximo do centro da cidade, não muito longe de onde pretendiam estudar. Apesar disso, para sua infelicidade, Noah assim como todos que estavam no aeroporto, estava com as emoções à flor da pele, além do táxi que vocês chamaram que estava demorando uma eternidade, e isso estava lhe causando dores de cabeça fortes. 

Quando finalmente chegaram no hotel, você correu para tomar um banho demorado, arrumava suas coisas depois, Noah após um tempo se juntou a você. Após o banho - e de algumas rodadas de sexo - vocês resolveram dormir, ou melhor, você tentou, o fato de que você ia fazer o exame para entrar na U.A. te deixava ansiosa, não sabia o que te esperava por isso começou a pensar em várias possibilidades de como poderia ser, e o que você poderia fazer. Sua mente trabalhou por mais algumas horas, se antecipando nos possíveis obstáculos que você teria dificuldades e já planejando como lidar com eles, até que você finalmente conseguiu pegar no sono. 

O sono foi bom e bem relaxante, mas a fome não permitia que vocês continuassem a dormir, então vocês saíram a procura de algum restaurante ou lanchonete, qualquer lugar onde tivesse comida. Vocês acabaram por comer em um restaurante meio caro, já que Noah veio de uma família "rica" - ele não era tão rico assim, mas teve condições de mudar de país com a namorada, então também tem para levá-la em um restaurante meio caro - não seria um problema para ele, após isso vocês resolveram dar uma volta pela cidade e conhecer um pouco, sem medo de se perderem, já estava de noite então vocês não pretendiam demorar muito. 

Após darem algumas voltas e quase se perderem, vocês voltaram pro hotel, resolveram começar a arrumar algumas coisas, quando mais cedo começarem mais cedo terminarão, com uma parte das coisas já organizada vocês resolveram dá uma pausa para continuar no dia seguinte, você ainda queria dormir mais, poderia acordar cedo para continuar isso - se você não entrasse em coma toda vez que dormia né. 

[...]

As ruas silenciosas, tudo o que se podia ouvir era som do tênis arrastando a cada passo dado, junto de uma voz suave e abafada por uma máscara que cobria todo o rosto do indivíduo, cantarolando uma música qualquer em inglês. O mesmo entra em um beco à procura deles, ao achar a entrada do bar, entra chamando a atenção de quem estava no local. 

ーOlha só... Quem é você?ー diz um homem de cabelos azulados bem claros, olhos vermelhos e lábios ressecados. 

ーPode me chamar de Devilー disse retirando a máscara e lançando um olhar intenso para o homem que aparentava estar na casa dos 20. 

ーDevil..?ー disse o homem arqueando uma sobrancelha encarando igualmente intenso  ーO que você quer pirralha? 

ーMe juntar a vocêsー simples e direta, fazendo o homem de olhos vermelhos sorrir assimétrico. 

ーOh...  E o que te faz pensar que eu deixaria? O que você tem de útil?ー perguntou calmamente, a garota falou sobre suas habilidades uma por uma, detalhadamente, surpreendendo o homem de olhos vermelhos carmesim ーHmm... Parece que você não é tão inútil quanto eu pensei. Estou começando a gostar de você, talvez eu te aceite... O que você pretende ao se juntar a nós?ー diz ainda sorrindo assimétrico. 

ーNada em específico, mas acho que essa sociedade está doente e não à redenção no mundo capaz de salvá-la, no entanto, eu sinto que você seria alguém capaz de criar um novo mundo, por isso estou aquiー diz convicta. 

ーCerto, bem-vinda à Liga dos Vilõesー dessa vez foi uma névoa roxa de olhos amarelos atrás do balcão que se pronunciou ーEu me chamo Kurogiri e esse é Tomura Shigaraki. 

ーE então pirralha, não vai dizer qual é seu nome?ー disse Tomura indo em direção a Devil. 

ーPor hora, será Devilー diz logo dando um sorriso afrontoso ao ver que Shigaraki não ficou contente com sua resposta ーA propósito, tenho algo mais a dizer... 

[...] 

Você dormia serenamente. Por sorte, a cortina estava fechada, Noah te observa fazendo um cafuné maravilhoso, o que fez com que você despertasse aos poucos do seu sono. 

ーBom dia meu amor!ー disse beijando sua testa, ouvindo você resmungar baixinho e se agarrar mais a ele. 

ーBom dia...ー disse baixo com a voz abafada, quase inaudível ーSão que horas? 

ーTá meio tarde, pouco mais de dez horasー disse ouvindo você resmungar. 

Você naturalmente não levantava esse horário, mas ainda tinha coisas pra fazer, muitas por sinal. Após suas higienes matinais e um belo banho, você e seu namorado foram terminar de arrumar o apartamento de vocês. Depois de, finalmente, organizarem tudo em seu devido lugar, vocês resolveram dar uma volta para conhecerem melhor a cidade. 

Agora você estava perto de uma praia cheia de lixo, seu namorado saiu atrás de alguma coisa para comer e você resolveu esperar por ali mesmo, o lixo visivelmente estraga a paisagem. O lugar estava quieto, você passou os olhos pelas montanhas de lixo e se depara com um garoto de cabelos verdes e encaracolados, você parou por alguns minutos observando o garoto até os olhos dele baterem em você também. Aqueles lindos olhos esmeraldas, a troca de olhares foi intensa, lhe causou uma confusão mental, emoções intensas na qual você pela primeira vez não conseguiu decifrar e é claro, que te encheu de dúvidas. 

ー Essas emoções... são... minhas..?ー você sussurrou para si mesma, saindo dos seus devaneios quando Noah tocou seu ombro lhe entregando a comida, você não teve dificuldades de disfarçar o que aconteceu e o que aquele olhar casou em você, antes de irem você olhou uma última vez para o garoto que já havia voltado ao que fazia anteriormente, algo bem lá no fundo, gritava e lhe dizia: vocês irão se reencontrar.