Na prisão que é minha existência, a liberdade prometida se transformou em uma cruel gaiola, restringindo-me por ser autêntico. Pondero o fardo de uma imobilidade que me impede de explorar saídas. Encarcerado, como se não fosse humano, sinto apenas um fugaz aroma, a essência da sombra da pessoa que anseio ser além das grades. Sem crime de nascença, nem bestialidade, por que então essa privação?
Onde está a liberdade neste mundo frio e inóspito? O silêncio é onipresente, lutando ou clamando tornou-se inútil, condenado a seguir a vontade alheia, moldando-me em algo que não sou. Respiro um ar distante, meu perfume doce revelaria quem seria se libertasse dessa gaiola, me conhecendo e vivendo em plena liberdade.
— Victória Melo,
idade desconhecida.
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𝗠𝗮𝗱𝗿𝘂𝗴𝗮𝗱𝗮𝘀 𝗡𝗮̃𝗼-𝗗𝗶𝘁𝗮𝘀
PoetryMadrugadas Não Ditas: Versos de uma Escritora com Insônia e Muito a Dizer. "Madrugadas Não Ditas" é uma envolvente jornada poética que revela a beleza e a melancolia das noites insones, lembrando-nos que há espaço para a arte mesmo na solidão. Este...