CAPÍTULO SETE

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" Você me amou de volta á vida, á vida
Do coma, somos amantes novamente
Essa noite
Mão forte, pele grossa e um coração aberto
Você viu através da dor, viu através da máscara
Você nunca desistiu de mim
Você me amou de volta á vida, á vida"
- Sia( Loved Me Back To Life)

Oii meus amores! Bem vindos à metade da fic! Muito obrigada por lerem! Avisos rápidos: temos cenas fortes e delicadas nesse capítulo, portanto, se não se sentirem bem lendo, não leiam!
Outra questão importante é que a conduta dos personagens não condiz com tudo o que eu, a autora faria na vida e principalmente, não estou me colocando no papel se faria ou não tal coisa que é apresentada neste capítulo, muito menos que concordo com as atitudes de certos personagens- vulgo Njal- que terá comportamentos que vemos no nosso dia a dia, com pessoas que conhecemos e sabemos que ocorrem nas relações abusivas ao longo da vida.
No mais, aproveitem! <3
Beijos,
Juju.

Azriel observava Lucien preparar o café da manhã em silêncio. Como uma sombra. Com uma roupa confortável, que o deixava ainda mais sexy. Mordeu o lábio inferior focando na bunda alheia. Pela Mãe... Tinha que se controlar! Suspirou e tentou tirar os pensamentos impróprios de sua cabeça. Observava o outro dançar cantarolando na cozinha e seu coração se encheu. Decidiu se aproximar abraçando o ruivo por trás e sussurrou contra o lóbulo alheio:
- Você está uma delícia, sabia?
- Eu sei... Mas, não é para o seu bico...- O ruivo riu enquanto terminava de bater a massa das panquecas à mão.
- Jura?- Azriel virou o corpo alheio e puxou o outro contra o seu corpo.
- Não se atreva...- Lucien disse rindo e afastando-se do mais alto.- Quero que me veja com admiração devoção... Não tesão morceguinho.
- Compreendo...- Azriel sorriu.- Mas não é crime sentir tesão em você desde os meus dezessete anos, não é?
- De jeito nenhum...- Lucien mordeu o lábio inferior e riu.- Você também me desperta sensações libidinosas desde essa idade, se bobear até antes... Quando tínhamos quinze...
- Não me diga que você gostava de mim naquela época?- Azriel sorriu.- Era a personificação do nerd, recluso e sem músculos...
- Sempre enxerguei você além da sua beleza Azriel...- Lucien se afastou e abriu a porta do quarto.
- E eu sempre te enxerguei como o homem mais lindo que já vi na vida... Quando tive meu glow up, achava uma graça você com as meninas nos campeonatos de vôlei...- Azriel sorriu.
- Tive uma trajetória esportiva bem duvidosa, é verdade...- O ruivo riu. - Pelo menos os shorts valorizavam meu corpo...
- E como valorizavam...- Azriel mordeu os lábios lembrando-se da adolescência de ambos e o quanto ficava embasbacado com a beleza do ruivo na época.
- Az...- Lucien corou fortemente.
- Porque foge tanto do meu desejo raposinha?- Azriel pegou o rosto alheio entre as mãos.
- Porque vai me machucar cada beijo que me der... E vai ser difícil superar isso. - Lucien olhou diretamente para os lábios alheios.
- Você pensa demais raposinha... Puta merda...- Azriel pegou a tigela de panquecas e a colocou sobre a pia e avançou sobre o corpo alheio, beijando os lábios cheios de Lucien com fome. Lucien travava uma batalha interna se deveria ou não continuar aquele beijo.
Mas, nem teve tempo de questionar quando foi colocado, sentado sobre a pia. O de cabelos pretos se colocou entre suas pernas e apertou suas nádegas para que ele se aproximasse.
Após mais alguns amassos, Azriel se distanciou e beijou a testa alheia com carinho. Sussurrou:
- Bom dia...
- Bom dia...- o ruivo soltou uma risada que iluminou todo o cômodo.
Foram surpreendidos pelos cães que adentraram na cozinha seguidos pelos outros humanos da casa. Feyre sorriu ao ver os amigos tão próximos. Começaram a conversar trivialidades e a tomar o café da manhã.
Feyre tinha combinado de ir à cidade com os homens para resolver alguns detalhes da reforma de seu quarto de pintura na parte da noite. A Archeron se virou para o cunhado e disse:
- Az, você vai conosco? Depois sei que precisam retornar ao quartel da aeronáutica...- a loira sorriu minimamente.
- Vou sim... Só preciso de uns minutos para me arrumar...- o de olhos cor de âmbar disse se levantando.
- Lu...- Nestha chamou a atenção do amigo.- Hoje podemos conversar sobre aquela sua pendência?
- Claro Ness...- Lucien sorriu enquanto tomava seu chá. - Você tem algo marcado para depois?
- Antes de conversarmos, preciso ir no fórum...- a Archeron mais velha suspirou cansada.- Tenho umas petições e pedidos para finalizar do escritório de advocacia... Mas, nosso compromisso está mantido!
Após todos terminarem o café, os Falcões tinham uma reunião administrativa na base aérea de Prythyan. Azriel antes de sair abraçou o corpo do Vanserra e sussurrou:
- Volto antes do entardecer para irmos à praia...
- Não se preocupe Az... Temos muito tempo para isso...
-...- Azriel não hesitou e puxou o outro pela cintura e lhe deu um beijo lascivo na frente de todos ali presentes.
Os homens se distanciaram perante a chuva de palmas e assobios. Lucien se despediu de Ness e foi para dentro de casa acompanhado do quarteto canino.
Feyre e Elain estavam na sala de pintura e pegaram os cães para participarem de uma aula de pintura. O ruivo, apesar de ter muitos afazeres, decidiu acompanhá-las.
Só não contava que teria uma visita desagradável naquela tarde.
Atrás da casa de praia...
Giancarlo observou o ruivo entrando para dentro e tirou o celular de dentro da calça jeans já surrada. Ligou para um número desconhecido, que prontamente o atendeu. Disse:
- Seu namorado está sozinho... Se fosse você vinha o mais rápido possível antes que meu enteado retorne...
- Estou a caminho...- Njal sorriu maléfico do outro lado da linha.
- Quando vai me pagar? Já cumpri nossa parte no trato...
- Tenha paciência. Assim que eu colocar as mãos no Lucien...- O economista sorriu e pegou um cigarro no próprio bolso e o acendeu. Inspirou, tragou e soltou a fumaça.
O economista desceu de sua Lamborghini Aventador S Roadster, preta com cuidado, estacionou o veículo na cidade, para não chamar tanta atenção.
Ao caminhar em direção a casa de praia, notou que o ruivo estava sozinho e olhava o pôr do sol enquanto segurava uma xícara de chá e a assoprava.
Lucien não perdia por esperar…
Avistou o homem de meia idade no entorno da casa e caminhou em direção a Giancarlo. O homem lhe deu um sorriso de canto e perguntou:
Fiz o que me mandou… Onde está o meu pagamento?
…- o economista abriu o paletó e de lá tirou um envelope pardo. Entregou nas mãos do homem de meia idade, que o agradeceu com um meneio de cabeça. O homem lhe cobrou seis mil reais por seus serviços, o que para Njal era uma quantia irrisória, mas, para aquele homem, seria um valor exorbitante para quem queria lucrar em cima de terceiros.
Njal aproveitou que o ruivo estava distraído olhando as plantas que estavam dispostas pela varanda e subiu devagar os degraus sem ser notado.
Ao parar a uma distância considerável do Vanserra, Njal disse sorrindo de forma maléfica:
-Achou mesmo que iria fugir de mim, docinho?
Lucien sentiu um frio lhe subir pela espinha. Olhou para trás e deu de cara com seu pior pesadelo: seu ex- namorado, parado na varanda. Colocou a xícara de chá sobre o criado.
O ruivo disse:
- O que veio fazer aqui Njal?
-Você está mesmo saindo com aquele capitão da aeronáutica de Phythian?
- Fique longe dele!- O ruivo disse sentindo sua raiva lhe subir pelo corpo.
- Me espanta muito você me trocar por ele…- Njal se aproximou e encurralou o outro contra a parede.
Lucien o empurrou, mas, não foi o suficiente para impedir que o economista agarrasse seu cabelo e o puxasse com força, o obrigando a ficar de joelhos perante aos olhos pretos vazios do homem que um dia achou que teria um lar.
Njal já tinha perdido a paciência. Lucien o olhava com ódio e com repulsa. O economista continuou:
- Você é uma putinha… Se vendeu para impedir que seu irmão fosse desligado das forças armadas de Phythian e se deitou comigo por dinheiro…- Njal puxou ainda mais os fios cor de fogo.
- Cala a boca!- Lucien gritou.
-Você se vendeu por tão pouco… E acha mesmo que ele se importa com você? Essas pessoas a quem acha que são sua família, só estão lhe usando…
…- Lucien se levantou e com fúria se desvencilhou do outro e lhe deu um tapa no rosto.
-Isso não foi nada inteligente da sua parte docinho…- Njal massageou a área do tapa.
Partiu novamente para cima do psicólogo e apertou-lhe o pescoço. Lucien se debatia e tentava chutá-lo entre as pernas, sem sucesso.
-Você realmente se acha merecedor de algo? Seus pais adotivos devem se arrepender até hoje, abaixo de sete palmos por terem adotado você…
-Filho da puta!- Lucien disse com dificuldade.
-Você jura que seria alguém sem mim? Eu que te fiz ser o que é hoje e o que tem é tudo graças a mim!- Njal puxou o outro pelo pescoço.
-...- Lucien sentia seus olhos lacrimejarem e os pensamentos intrusivos aparecendo.
A falta de ar já era presente. Njal continuou:
  - Você acha que ele te ama?- o economista riu em escárnio.- Ah docinho… Quão burro você consegue ser? Eu mesmo nunca te amei, quem dirá te desejei um dia… Você apenas me satisfazia…
- Para transar com você, só de luzes apagadas por conta das suas cicatrizes horrorosas… Você acha mesmo que ele iria te amar? O máximo que todos querem, é te comer Lucien… E nem pra isso você serve! O tanto de esforço que tive de fazer para fingir que você era atraente não está escrito… Sentia e sinto muito nojo só de lembrar do seu corpo… Não ache que as pessoas um dia te desejaram porque é mentira!
Lucien sentia sua visão nublada e sua respiração rarefeita.
-E você ainda teve a audácia de me trocar por aquele piloto que parece o Matthew Daddario… - Njal ria em escárnio. - Sem mim você não seria nada! Se você não ficar comigo não ficará com mais ninguém! Me ouviu?! Você é meu brinquedo! E faço o que quiser com você! - o moreno enforcava o ruivo.
Feyre e Elain estavam na cozinha. Ao ouvirem a voz alterada de Njal, Feyre olhou para irmã pelo canto dos olhos. Disse:
-Temos uma companhia indesejada…
-Ele está com o Lu lá fora…- Elain viu pela janela escondida da cozinha.
-Vá com os cachorros para a varanda… -Irei lidar com o Njal…- Feyre disse segurando a faca de cortar carne com força.- Ao meu comando você vai soltar os cachorros em cima dele…
A Archeron abriu a porta de supetão, deixando Njal intrigado.
- LARGUE ELE AGORA! FILHO DA PUTA!
-Se continuar apontando essa faca para mim… Seu amigo será meu escudo…
-...- Feyre estava tensa. Abriu um pouco mais a porta e fez um sinal para que Elain soltasse o quarteto de cães em cima de Njal.
E assim foi feito. Os quatro cães latiam e foram atrás de Njal, que soltou o ruivo com tudo no chão, enquanto esse tremia e tinha a visão nublada pelas lágrimas e não conseguia escutar as amigas que o abraçaram por estar em estado de estresse.
Njal correu o mais rápido que podia e despistou os quatro cães. Entrou em sua lamborghini e foi em direção a um bar na cidade.

AMOR PELOS ARES Azriel X LucienOnde histórias criam vida. Descubra agora