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Assim que me arrumei, peguei minha mochila e fui direto para o meu destino.

Kirishima já havia saído com o carro, então coloquei minha moto na garagem e entrei em casa.

Assim que entrei vi Kaori deitada atrás do sofá coberta com travesseiros, me aproximei colocando minha mão em sua testa e ela pegava fogo de febre, a segurei no braço levando a mesma para o banheiro do próprio quarto.

Já tirei suas demais vestes a deixando apenas com um blusão preto, tirei o curativo da mão e entrei embaixo do chuveiro com a mesma.

A água gelada molhava diretamente a cabeça dela e meu peitoral, como ela não se mantinha-se em pé decidi que seria a melhor opção segura-la com o meu corpo. Após o banho, tirei o blusão molhado evitando olhar para o corpo da mesma e coloquei uma das minhas blusas limpas que estavam na mochila já que era o mais perto.

Aos poucos ela abriu os outros e olhou para mim sem dizer nenhuma palavra apenas encolheu um pouco o corpo e se encostou em mim novamente, coloquei diretamente na cama e a cobri com o lençol mais grosso que eu havia achado.

Desci as escadas, fui até a cozinha e fiz uma pequena sopa apimentada e com bastante carne para que ela pudesse melhorar logo, assim eu ia poder deitar e assistir televisão até que Kirishima chegasse.
Voltei ao quarto e ela está a dormindo tranquilamente, liguei o ar condicionado e sai deixando a porta aberta.

Que garotinha viu, se machuca com facilidade fica doente com facilidade, o Kirishima vai ter um trabalho com ela... Eu vou ajudá-lo!! Não por ela, mas por que ele é meu melhor amigo.
Me deitei no sofá, liguei a TV e em menos de 20 minutos eu dormi e acordei com cutucadas no rosto.

— Bakugo, acorda.

— O que é?— Falei sem abrir os olhos.

— Tem alguma coisa errada comigo.

Assim que eu abri os olhos vi a garota na minha frente com veias negras por todo o corpo.

— Ou você pegou alguma doença ou você é a doença.— Eu ri meio espantado.

— Tá tão engraçadinho hoje, tá com o Patati e o Patatá enfiado no cu?

— Pela resposta que me deu, você sabe se cuidar.— Virei de costas para ela e fechei os olhos novamente.

— Deixa de ser chato e me ajuda.... Por favooor.

Olhei para ela e pedi para que ela me dissesse o motivo de toda aquela merda tá acontecendo com ela.

— Para resumir, eu fiz merda no passado, fui julgada e hoje não posso usar mais de 2% do meu poder se não eu vou presa.

Eu a olhei desconfiado, se isso tudo era transborde de poder não era só mais fácil permitirem que ela use ele já que está matriculada na U.A agora...

— Você só precisa liberar isso tudo... Eu tenho um lugar específico para isso.— Sorri meio malicioso.

Levantei e a puxei para ir comigo até o local, subimos na moto e saímos da cidade indo para o meio da floresta que rodeava nossa cidade.
Parei próximo as ruínas de uma casa enorme e abandonada.

Ela desceu e eu desci, segurei sua mão e a puxei para o campo com uma piscina vazia atrás da casa, desci dentro da piscina e ficamos bem no meio dela.

— Cacete, isso aqui tá destruído.

— Venho aqui quando tô estressado.— Sorri vitorioso.

— Tá e o que caralhos eu tô fazendo aqui?

— Se solta garota, solta tua franga interior.— Eu gargalhei e sai da piscina me sentando na borda.

Ela me olhou e começou a soltar um pouco de poder no chão e me olhou novamente, eu fiz um sinal com as mãos para que ela continuasse e foi o que ela faz.

Em questão de minutos ela já havia aberto uma catrera no meio da piscina...Olhei para o final e ela estava lá embaixo cheia de terra e fazendo um sinal positivo para mim.

— OBRIGADA KATSUKIII!!!

— De nada, pirralha.

Ela saiu de lá e fomos caminhando até a minha moto, depois de um tempo eu percebi que ela estava com uma blusa minha e apenas de calcinha.

— Ei, vamos na praia?

— Tá anoitecendo, seu irmão já já chega em casa e...

— Deixa de ser tapado e vamos logo!! Vai ser divertido.— ela pois o capacete e subiu me esperando subir também.

Assim eu a imitei e segui arrancando com a moto em direção a praia mais próxima, o que deve ter demorado uns 50 minutos.

Ao chegar ela desceu correndo e sem se importar mergulhou no mar, de longe eu observava a cena e achava engraçado mas logo fiquei hipnotizado ao vê-la sair com a blusa colada no corpo, o sol já ia embora mas antes iluminou o cabelo ruivo dela com seus últimos feixes de luz.

Ela veio correndo na minha direção, tentou me abraçar mas eu me esquivei e então começamos uma cena de pega-pega na praia, ela estava feliz e aquela felicidade acabou por me contagiar.

Por mais que eu fosse sério em grande parte, eu sabia me divertir e ser legal às vezes.
Quando vi já estava dentro da água, tirei minha blusa e joguei na areia mergulhando de uma vez para refrescar o corpo que estava quente de tanto correr.

— Obrigada por ter me trazido...— Ela falou se aproximando de mim.— Fazia muito tempo que eu não vinha aqui e é tão refrescante.

— Bom, fazia muito tempo que eu não vinha aqui também, então estamos quites.— Eu ri um pouco.

— Posso fazer uma pergunta bem nada haver?

— Tipo qual?

— Você e a ochaco estão ficando?

— É tipo uma amizade colorida, a gente fica quando quer ou quando tem vontade, nada relacionado a sentimentos, ela pode ficar com outras pessoas e eu também e afins.

— Que diferente.— Começamos a sair da água.

— Como assim? "Diferente"?— Me sentei no calçadão e ela veio ficando no meio das minhas pernas.

Apoio os cotovelos das minhas coxas e me olho de um jeito... Era uma bela visão.

— Diferente, é sou completamente a favor da boa e velha monogamia.

— Sério?

— Sim. Eu gosto de ter alguém só para mim e ser só de alguém, sinceramente? Eu acho bem mais excitante.

— Pertencer a alguém?

— Isso... Pertencer a alguém.

A gente ficou se olhando como se esperasse algo acontecer e realmente aconteceu, só não do jeito que a gente esperava.

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Uiui, esses dois vão dar o que falar viu.
Espero que estejam gostando família.

The Sister - Katsuki BakugoOnde histórias criam vida. Descubra agora