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Russo:
Falar pra vocês, se eu soubesse que esse comédia tinha algo a ver com as paradas que aconteceu com minha mulher no passado, ele nem tinha entrado na minha comunidade. Agora tô aqui no postinho junto do Tales, esperando a doutora trazer notícias da minha mulher.
Tales: Vai fazer oq com o comédia lá._ pergunta se referindo a o engomadinho.
Ruan: vou esperar pra saber oq aconteceu no passado deles.
Me limitei em falar, não tô afim de falar com ninguém, vou esperar a Luiza da a versão dela sobre o esquema, se bater as duas versão o cara sai dessa e de quebra leva a lu...
Que pensamento de bosta, o Tales nunca abriria a mão dela. Depois de alguns minutos a doutora veio com notícias dela, entramos na sala, fala pra tu, mó ruim olha pra ela, bagulho forte que tá apertando meu peito.
Luiza: oi_ fala com a voz de monga_ oq ele tava fazendo lá.
Tales: chegou do nada aqui no morro._ fala pá tu, esse cara gosta de tomar chifre mermo.
Luiza: oq ele falou pra vocês._ pergunta com a voz trêmula._ ele falou sobre mim.
Russo: falou._ respondi pra ela com a voz rouca._ tô só esperando tu abrir a boca e falar tudo.
Vi que ela abriu maior olhão, aí tinha coisa, mas boa garanto pra que não e.
Luiza: O Sebastian... O Sebastian e meu tio, ele que me criou desde pequena, ele foi a figura paterna pra mim, já que meu pai sumiu no mapa quando descobriu que tinha feito um CPF._ fala soltando uma risada baixa._ pra mim ele era perfeito até eu fazer onze anos, depois que eu virei mocinha, entrei em puberdade, eu sempre tive um corpo bem feito.
Cara fala pá tu, tá dando um bagulho aqui.
Luiza: teve um dia que minha mãe saiu de casa junto da Brenda, me deixando sozinha em casa com ele, tava tudo bem._ ela para de falar respirando fundo, voltando a falar._ tava tudo bem até eu sair do banho, eu tava me arrumando por que iria fazer um trabalho de escola numa biblioteca, quando eu tava vestindo minhas roupas, eu vi a porta do quarto ser aberta, ele entrou no quarto, ele me agarrou, eu tentei grita, eu juro eu tentei, mas ele tinha uma arma na mão, ele apontou aquela arma na minha cara e disse que se eu gritasse ele me mataria e depois mataria minha mãe.
Th: não precisa continuar se não quiser meu amor._ fala chegando perto dela.
Luiza: Não, eu quero continuar_ ela respira fundo novamente voltando a falar._ os abusos era constante, até eu fazer dezeseis anos, quem percebeu oq tava acontecendo foi a Brenda, como minha mãe acreditava mas nela, foi fácil convencer ela, mas eu percebia sabe, no olha da minha mãe, pra ela o irmão dela nunca seria capaz de fazer isso com a própria sobrinha, até que eu resolver filmar tudo, aquilo foi doloroso, mas oq mais me doeu foi ver o olhar da minha mãe, aquele olhar de quem falhou em algo, minha mãe pegou esse vídeo levou no fórum, ela sabia que se levasse na delegacia não ia dar em nada, até pq o irmão dela fazia parte deles, mas com o juiz não, ele foi condenado a dezoito anos._ ela parou de falar olhando pa cima, como se rive buscando força de alguém._ vê ele depois de anos, foi um baque pra mim.
Ouvir a porta renger como se alguém tivesse nela toda esse tempo, olhei pra trás vendo dona Carla com o rosto banhado em lágrimas.
D.carla: a mãe te ama tanto filha._ caralho que cena.
Em pensar que eu desconfiei dela, eu percebi no olhar dela que ela sabia que eu tava desconfiando, por isso ela falou tudo. Eu só faço merda mano.
Drª Mirela: com licença família, mas eu preciso da uma notícia pra vocês._ fala com um sorriso estranho no rosto.
Russo: solta a voz mirela._ conhecia essa monga, das antigas.
Drª Mirela: parabéns Luiza, você tá grávida.
Só vi a morena fica branca o Tales não tava diferente, eu bom, eu procurei logo um lugar pra eu sentar.
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2/4 maratona
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