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- Duda falou que ela tá esperando na porta. - Disse para Bruno que acabara de sair do carro, havíamos vindo ver a estreia da peça de Sofia, estava animada para ver a garota atuando.

- Ok, querida. - Bruno disse e fomos andando até o local.

- Me sinto idiota de ainda tá tentando. - Disse dando uma risada e Bruno me abraçou de lado.

- Acho que não, você tá conseguindo de pouco em pouco uma evolução. - Bruno disse e eu concordei.- Achei ela. - Bruno disse e me puxou pela mão, chegando até Duda. - Boa noite!

- Chegaram os queridos. - Duda disse nos cumprimentando e eu sorri para a garota, ficamos ali fora por mais alguns minutos enquanto conversávamos.- Acho que vai começar. - Duda disse e então fomos até o início, o conceito era meio diferente, Sofia havia me explicado, confesso que não entendi muito bem, apenas que não haveria um palco central. Íamos andando pelos cenários e a história ia se construindo, parecíamos moscas observando as pessoas. Bruno e Duda conversavam sobre algumas coisas que eu não entendia nada, eu apenas estava tentando absorver a história toda.

Sofia entrou em cena, eu senti meu coração acelerar e minha garganta secar. Merda, ela realmente mexe comigo mais do que eu gostaria de admitir. A garota atuava e era bom, muito bom. Quando seu olhar encontrou o meu, vi que houve um segundo de pausa, a garota continuou e nunca mais voltou a olhar pra mim, eu apenas parecia ter ido embora pra ela.

- Caralho, muito foda. - Bruno disse assim que acabou, eu, ele e Duda estávamos juntos esperando Sofia.

- Me senti uma fofoqueira, eu amei. - Duda disse me fazendo rir, eles continuaram pontuando os pontos altos e eu procurava a recifense. Pude ver ela saindo depois de longos minutos, ela saiu acompanhada de alguns colegas, estava radiante. - Sofia! - Duda gritou e abanou o braço, a garota se despediu dos colegas e veio em nossa direção, falando oi.

- Você foi ótima! - Bruno disse e arrancou um sorriso dela.

- Muito, eu amei o conceito.

- Você foi muito boa mesmo. - Disse e ela me encarou com um sorriso mais fraco. Meu olhar e o seu se conectaram, mantendo o contato, Duda e Bruno continuavam falando da peça e Sofia apenas concordava com a cabeça.

- Tá tarde, acho melhor se formos. - Sofia disse e assentimos. - Você vai comigo? - Ela disse pra Duda que concordou.

- Você tá de carro? - Disse e ela negou. - Eu deixo vocês, tô de carro. - Disse e elas assentiram, assim fomos, Bruno e eu na frente, Sofia e Duda atrás, Bruno não deixava a conversa morrer, mas eu não contribuía quase nada, sentia olhos sobre mim, quando olhava pelo espelho via eles serem desviados, chegava a ser engraçado. Deixei Duda, Bruno e Sofia era a mais próxima de casa, sendo a última. - Se quiser vir na frente, não vou fazer nada. - Disse depois que Bruno desceu e ela se sentou ao meu lado. - Pelo menos não parece que sou sua motorista particular. - Disse dando uma risadinha.

- E não é?

- Não, sou influencer. - Disse e ela riu.

O silêncio reinou, o rádio que compunha o ambiente foi abaixado por Sofia.

- Acho que te devo desculpas. - Sofia disse e eu mantive minha pose.

- Não temos nada, né?

- Mesmo assim, eu agi errado. - Ela percebeu, será um milagre? - Eu sinto falta de falar com você, de ficar contigo e da gente juntas, enfim, você faz falta. - Sofia disse e eu não sabia como responder. - Você me fez pensar aquele dia, eu verdadeiramente fui babaca e egoísta.

- Foi. - Disse soltando uma risada e foi apenas isso que consegui dizer, não queria que nenhuma lágrima caísse de meus olhos.

- Eu sei, desculpa, você não merecia nada disso, eu tinha medo de te meter nessa bagunça que sou.

- Você ter medo que fez as coisas se bagunçarem. - Disse com a mandíbula firma e com o olha fixo na rua.

- Você tem razão. Eu fodi com tudo. - Sofia disse respirando fundo e novamente o silêncio voltou.

- Sem bússola ou mapa tem que continuar navegar, Santino. - Disse atraindo o olhar da garota. - Não teria graça se soubéssemos onde iria dar.

- A incerteza não é tão ruim, né? - Neguei. - Eu aprendi isso agora.

- Fico feliz, Santino. - Disse e engoli seco.

- Você foi hoje pra quê? - Ela disse e eu respirei fundo, eu fui pra te ver, era essa a verdade.

- Bruno tava com vergonha de ir sozinho com a Duda, ele queria ver a peça. - Disse tentando manter essa versão, não iria facilitar tanto pra Santino.

- Entendi, achei que fosse vontade sua.

- Se eu não tivesse interesse em ver a peça eu não viria, mas eu vim por causa de Bruno, se não eu teria ficado na vontade mesmo.

- Por?

- Por causa de você, as últimas vezes que te vi ou falei com você não foram legais. - Disse sincera e ela entendeu. - Desculpa, mas é a verdade.

- Você tem razão, não precisa pedir desculpa. - Ela disse e eu sobre sua rua. - Obrigada pela carona e por ter ido hoje. - Ela disse e eu sorri pra garota.

- Manda um beijo pra Bella. - Disse e ela concordou.

- Toma cuidado pra ir pra casa. - Sofia disse e eu concordei. - Tchau. - Ela disse e eu acenei pra garota que foi para seu prédio, eu segui meu caminho e quando cheguei em casa vi na tela de meu celular uma notificação.

 - Ela disse e eu acenei pra garota  que foi para seu prédio, eu segui meu caminho e quando cheguei em casa vi na tela de meu celular uma notificação

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Olha Bela. - Sofia SantinoOnde histórias criam vida. Descubra agora