Capítulo 4

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Ethan

Um descuido

Apenas um descuido e a garota praticamente caiu em meus braços.

Foram 3 dias estudando seus passos, suas idas e vindas até esse momemto.

E enfim estou a frente da jóia rara dos Mantovanni.

Gotas de chuva caiam sobre seu rosto delicado. Ela estava assustada e parecia inerte em pensamentos.

— quer virar encomenda da funerária garota? - pergunto com a voz um pouco alterada na intenção de esconder meu sarcasmo.

Ela observava cada traço de meu rosto com atenção, e confesso que naquele momento desejei saber o que se passava em sua mente.

— não é da sua conta - diz arrogante se afastando de meu toque.

— é da minha conta a partir do momentos em que eu a impedi de se matar sendo esmagada por um carro. De onde eu venho as pessoas costumam agradecer por isso - minha última frase foi dita em um tom mais leve. Eu precisava mantê-la calma

Seguro em seu braço novamente e caminho até uma tenda qualquer na intenção de ficar longe da chuva.

— e de onde eu venho ninguém da a mínima para o que estranhos como você pensam. - continua em seu tom ríspido

Ela estava agindo exatamente como imaginei

— Da onde a princesinha vem? narnia?

— não me conhece? - endaga surpresa

— se eu a conhece certamente lembraria.

Ignoro totalmente o fato de já saber sobre metade de sua vida. Aquilo estáva ficando bom demais

— isso não vem ao caso, mas muito obrigada. E perdão pela forma como tratei você, meu dia não está dos melhores e meu temperamento também não. - ela estava arrependida por ter agido sem pensar, e era nessa hora que eu devia demonstrar consolo

— as pessoas nem sempre estão felizes, ou tendo um dia bom, então não posso culpa-la.

— obrigada pela ajuda

— disponha. Não quer beber uma água ou um café? Estamos quase do lado de uma cafeteria

— não sei se é uma boa ideia ...

— você que sabe - eu não podia pressiona-la, não agora.

— acho melhor voltar para casa, aliás, eu nem deveria ter saído de lá. - sua mão passa por seu rosto e ela ajeita os cabelos para debaixo da touca de seu moletom

O som de um trovão estridente chama sua atenção. Ela observa a chuva se intensificar e seus dedos brincam uns com os outros demonstrando nervosismo.

— o convite ainda esta de pé... - reforço a proposta e me divirto internamente com sua expressão confusa.

Ela pensa por alguns poucos segundos até finalmente seder.

— vamos logo - responde impaciente e eu me esforço para conter o riso de satisfação que surge em meu rosto de imediato

— primeiro as damas - lhe sedo passagem

Adentramos o lugar e já vou logo tirando minha jaqueta, a deixando pendurada na entrada.

Chiara permanece com seu moletom.

— se eu fosse você evitaria pegar um resfriado, mas cada um com seus problemas.

Ela olha para o chão e começa a tirar o casaco, revelando uma blusa térmica preta colada que marcava perfeitamente sua cintura fina.

Seria uma pena ter que mandar aquele belo corpo para sete palmos do chão.

Em suas mãos: Livro único Onde histórias criam vida. Descubra agora