Em suas mãos: Livro único

Capítulo 6

Acordei, fui para frente do espelho e ví uma panda de olhos verdes.

Pelo menos dava um contraste bonito

Era segunda, um ótimo dia para quem estuda no ensino médio e não consegue dormir a 3 dias.

Meu fim de semana foi tedioso por conta do castigo, e aqui estava eu tendo mais uma conversa agradável com Morgana.

— parece abatida - comenta ela analisando meu rosto - isso sem falar nessas olheiras horriveis. Qual o problema? Marco ouviu meus conselhos e cancelou seu cartão? - pergunta forçando uma voz manhosa

Contenho o riso.

Ela acha que ele liga para a opinião dela.

Talves sim, mas não a ponto de obedecê-la feito um cachorro.

— para sua tristesa meus cartões continuam intactos, então se precisar de algum dinheirinho emprestado eu farei a boa ação de ajudá-la. Deve ser difícil viver as custas do irmão mais velho, e nem ao menos conseguir um emprego na empresa dele não é? - decido devolver um pouco de seu amargor e me surpreendo com o quanto fui boa nisso, pois sua cara não ficou das melhores.

— pelo o que me parece está com a língua afiada hoje - ela meche em sua xicara de café e ajeita a postura na cadeira.

— talves, mas não o suficiente para superar a sua

Termino meu café normalmente e desejo um bom dia a Morgana.

Ela não gostou nehum pouco de minhas falas mas eu realmente não dava a mínima.

Falar ou ficar em silêncio não faria diferença alguma

Sigo minha manhã como sempre, tomei meu café, ví Mariana e segui para a escola.

Hoje o dia estava agradável então decidi ir andando. Eu gostava disso, as vezes era bom fugir de toda aquela mordomia por alguns instantes.

Eu era a típica menina riquinha e popular, a qual todos tentavam chamar a atenção a qualquer custo. E na escola era onde isso mais acontecia.

Enquanto eu passava pelos enormes corredores, fui capaz de sentir os olhares de quase todos sobre mim.

Era sempre assim.

— amiga você está bem? - agora era Liz minha observadora.

Estávamos pegando algumas coisas em nossos armários antes do início das aulas e eu ainda não havia dito uma palavra

— talves um pouco cansada, irritada e deprimida. Mas sim, estou bem - comento irônica e a idiota rí.

— Sabe que estou aqui caso queira conversar, mesmo eu não tendo os melhores conselhos - ela tenta parecer séria

— você prestando apoio emocional? - debocho tentando cortar aquele clima quase que melancólico

— as vezes acontece - diz me olhando por cima do ombro com uma cara meio Morgana, e claramente se segurando para nao rir — vamos passar um corretivo nesse rosto pelo amor de Deus - finalmente começa a rir e segura em minha mão, praticamente me arrastando pelo corredor.

Ela era maluca, mas uma maluca necessária.

(...)

Estávamos no período de educação, que era concertesa o mais aguardado por todos os meninos da sala.

Por gostarem de praticar esportes?

Não

Mas sim pela bela visão  e pensamentos inpuros que tinham ao ver as meninas usando calças leggin.