RESOLVENDO

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Notas iniciais:  Oiiiii gente, espero que gostem, o próximo capítulo sai algum dia da próxima semana ksksksksksksksksksksksksksksksksksks
TW: NÃO LEIA SE TIVER GATILHO COM AMEAÇAS.

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Kelvin suspira, deitando-se esparramado então sobre a cama de seu cacheado, afundando seu rosto na coberta furada e velha, no cheiro de Ramiro, enquanto espera Rodrigo o atender.

Ele respira profundamente nervoso com a conversa que está prestes a ter e reprimindo suas lágrimas enquanto tenta se conter.

Ele deveria ter feito isso a muito tempo atrás.

Se ele soubesse que isso iria acontecer, ele teria feito essa conversa a muito tempo atrás. . .

— Oi Kelvin, tudo bem? Aconteceu alguma coisa? – O advogado questiona, gentil e atencioso como sempre.

Kelvin engole em seco ao ouvir as perguntas, seus olhos escorrendo um pouco automaticamente. Porém ele suprime o choro, focando no que realmente importa.

Ramiro.

—Oii Rodrigo, eu queria saber se você conhece algum advogado especializado em causas trabalhistas? – Rodrigo franze a testa do outro lado da ligação, confuso enquanto o ex cantor o espera responder pacientemente.

— Na verdade, não. Não conheço nenhum que seja especializado especificamente nisso, – Kelvin sente suas esperanças amargurarem-se mais a cada segundo que o mais velho demora para continuar a falar. – Porém, eu sou especialista em causas gerais então se você estiver precisando de alguém para uma causa assim, eu ficaria feliz e com certeza seria apto para ajudar.  – Se oferece.

Kelvin franze as sobrancelhas ao ouvir, pensativo enquanto cogita a opção.

—Mesmo se nesse caso você tivesse que defender o rams- o Ramiro? – Questiona sabendo da inimizade entre Aline e Ramiro e se perguntando se Rodrigo também pegou alguma antipatia por seu namorado.

— Kelvin. . . Eu, é... eu não quero ofender mas eu acho que no caso do Ramiro seria mais necessário um advogado criminal. – Explica com o máximo de delicadeza que pode e Kelvin respira fundo ao ouvir, seus olhos cerrando-se enquanto toma cuidado para não descontar  seu estresse na pessoa errada. Rodrigo não está falando por mal. (E ele não está errado em dizer que Ramiro provavelmente precisará de um advogado criminal.)

—Tem certeza? – Pergunta de volta.

— Como assim? O que você quer dizer? – Murmura percebendo com facilidade que há algo que o ruivo não está o contando.

— Uma carga de trabalho de mais de 12 horas diárias, sem direito a férias, décimo terceiro, dias de folga ou pagamento de hora extra, sem direito a carteira assinada e seguro desemprego, com um salário menor que mil reais e – Rodrigo o interrompe, paralisado do outro lado da linha, seus olhos arregalados e sua boca entreaberta.

— Kelvin, isso é uma jornada de trabalho análoga a escravidão!

Kelvin não falou nem metade do que sabe.

— Quer dizer que isso é o suficiente pra um processo?

— Meu deus Kelvin, se provado é suficiente para um mandado de prisão! – Afirma e o baixinho sente um sorriso de orelha a orelha crescer em seu rosto.

— Bom... muito bom. Então eu posso contar com você Rodrigo? – Pergunta ansioso para ouvir a resposta e poder resolver as outras coisas que precisa.

—Eu... Só me deixa anotar tudo antes. – Pede baixinho e Kelvin assente satisfeito antes de pedir um último favor. (Ele irá pagar bem)

Rodrigo rapidamente aceita e o ruivo se levanta, desligando então a ligação e em seguida pegando a arma na segunda gaveta do cômodo de Ramiro. Seus olhos lacrimejam ao ver uma cartinha e um lencinho ali (o que ele deixou para Ramiro antes de viajar, a quase um ano atrás.), junto com algumas outras coisinhas, mas ele engole o choro.

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