Capítulo III: Patrícia.

463 37 15
                                    


       Martin chegou com raiva na casa de Patrícia por volta de meio-dia e quarenta.

       Não haviam entregas esperando por ele como sua irmã havia dito que teriam, em vez disso, um tráfego horrível e uma fachada deserta.

      Foi quando a noção o atingiu e ele lembrou de que era domingo. Aquela antecipação da ligação da Conceitos de antes nem sentido fazia.

       Para o ter mandado ir tão longe, Martin achou que Patrícia, ao menos, teria noção de ter a informação certa com a mulher da loja. Só que não foi esse o caso.

      A dona da loja, Alyssa, nem ao menos sabia que ele iria na loja buscar alguma coisa e estava em casa, super tranquila e confortável ,assistindo dorama.

      Quem a recebeu primeiro na casa foi Abelly, que correu em sua direção alegremente e pediu colo, o que Martin respondeu com um apetitoso abraço de urso.

      Encontrou Patrícia na cozinha com o celular na mão, curvada sobre o balcão enquanto mandava um áudio para uma amiga.

      Martin passou os olhos ao redor, buscando sinal de Georgina no silêncio incomum da casa.

— Onde está a Georgina ? – inquiriu enquanto colocava Abelly no chão.
Patrícia claramente não sabia e deu-lhe um olhar feio de incômodo e se voltou para o celular novamente.

        Paciente, Martin recorreu Abelly, que fez um movimento breve com os ombros para indicar que não sabia.

        O loiro suprimiu uma respiração funda e foi procurar ele mesmo pela menina mais velha.

        Era uma pena que não conseguisse confiar na própria irmã quando o quesito era cuidar das meninas.

        Tentava seu melhor para não ser transparente, só que deixar Patrícia sozinha com Abelly e Georgina o enchia de preocupação.
Sabia que Patrícia amava as próprias filhas, porém não era uma das figuras maternas mais empenhadas que conhecia.

       Encontrou Georgina no andar de cima, cochilando no quarto dos pais, e a cena foi o suficiente para deixá-lo intrigado. Se aproximou dela com cuidado, com Abelly do lado, chamou seu nome docemente e tocou-lhe a perna com carinho.

       Algo não parecia certo.

      Arrumou-se melhor ,sentando na borda da cama, e checou a temperatura do corpo de Georgina.

      A pequena despertou ,fraca, com o seu toque. Ela estava queimando de febre.

— Meu Deus. – Martin encheu de preocupação.

       Tentou manter a calma. Estava com o sangue fervendo de raiva, só que aquele não era o momento de discutir, precisava tomar uma atitude rápida.

— A sua mãe, hein... – se limitou a resmungar, fazendo o melhor para manter-se seu exterior tranquilo. Com carinho, afastou os cabelos do rosto suado dela. — Vou pegar uma medicação para você. Abelly, meu amor, faz um favor para o tio? – a pequena confirmou. — Vai na cozinha e enche um copo de água, por favor? Aqueles copinhos de plástico que o tio deixa facinho para você pegar. Água do filtro, tá bom?

       Pelo resto do dia inteiro, Martin ficou afastado de casa.

       Deu as medicações para Georgina, conseguiu fazer com que ela comesse um pouco e a levou ela para o quarto dela.

      Lá, organizou tudo para que ela conseguisse ficar o mais confortável possível, deixou à disposição dela água e só saiu de lá quando ela e Abelly, que havia sido foi sua fiel assistente todo tempo, haviam pegado no sono.

Sempre seu, Martin. [BRAARG]Onde histórias criam vida. Descubra agora