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Izabele

Estava tudo tão agradável na praia. O dia no Rio de Janeiro estava maravilhoso, a praia que estávamos não estava tão cheia. As ondas estavam agitadas e o sol forte, agradeci por isso pois queria pegar uma marquinha.

Enquanto eu e Manuela estávamos deitadas, cabelinho e Grego jogavam futebol correndo pela praia igual duas crianças.

-Felipe você está tampando todo o sol! Tem como os dois irem jogar pra lá._ - Manuela fala repreendendo ambos.

-Não sei pra que vocês querem ficar mostrando a bunda deitadas aí. Porque não foram pegar sol em casa,em? _- Cabelinho fala em um tom de voz enciumado.

-Se manca Felipe. Você está todo errado atrapalhando minha marquinha._- Respondo.

-Vocês são duas abusadas!

Ele fala chutando a bola em direção ao Grego.

Não respondi nada, apenas olho para Manuela que estava encarando o mesmo correndo com a bola.

-Daqui a pouco você tá babando.

-Babando pelo o que? Não quero mais seu irmão, já estou em outro agora.

-Que role é esse que eu perdi? Até uns dias atrás vocês estavam se comendo com os olhos. 

-Seu irmão é um cafajeste,Izabele. É gostoso, porém não presta.

Ri de sua fala.

-Vocês combinam então. E eu não dou duas semanas para vocês já estarem ficando de novo. _- Respondo sorrindo.

Fiquei alguns minutos ainda deitada,porém estava muito sol. Me levantei para ir até o mar nadar, porém as ondas estavam fortes.

-Não tem perigo de você morrer afogada aí não? Tem só um metro e meio, melhor não se arriscar. _- Grego fala chegando perto de mim.

-Não se você entrar comigo, dessa maneira você impede que eu morra. _- Respondo sorrindo.

-E quem disso que eu quero impedir? _- Respondo em um tom irônico. Me fazendo colocar a mão no coração fingindo me sentir ofendida.

-Que horror desejar a morte das pessoas assim Grego, aposto que se eu morrer aqui você choraria no meu túmulo.

Respondo dando um sorriso no final.

-Choraria por não poder te pegar de novo, isso sim_- Solta uma risada com sua sinceridade,e cara de pau._- Mas vamos.

Grego estende a mão para mim e eu seguro. Entramos no mar e não deu cinco minutos para a onda quase me levar.

-Na Moral você é muito lerdinha, nunca fez aula de natação não? _- Grego pergunta segurando minha mão.

-Nunca, morro de medo de água.

-Percebi, você fede.

-Se manca,Grego. Vai aprender a jogar bola.

-Que isso? Pegou no ponto fraco, vou deixar você morrer afogada aí em_- Ele solta minha mão, me fazendo agarrar o braço dele desesperada.

Ficamos conversando enquanto víamos as ondas. Conversar com Grego era agradável, a conversa fluía e sempre tinha assunto. Mas não poderia esquecer que ele é dono do morro.

-Estava me evitando?_- Grego pergunta.

-Não. Você nem é tão importante assim para te evitar. _- Respondi sarcástica.

-Você por acaso esqueceu que sua vida está em minhas mãos,Izabele? Se eu quiser te jogar nesse mar para morrer afogada, eu jogo.

-Você não iria fazer isso,você mesmo disse que com eu morta, não poderia me pegar de novo._- Olhei para Grego, que estava admirando o mar.

-Você tem um bom argumento. 

Não respondi nada, apenas sorri.

Olhei para Grego que parecia estar distante, perdido em seus próprios pensamentos. Então apenas fiquei quieta encarando o mesmo.

-Gostou da visão?

Grego me pergunta, fazendo-me voltar à realidade.

-Estava pensando no que? Parecia distante.

-Em nada, apenas estava admirando o pôr do sol.

-Vou fingir que acredito. Vamos voltar? Estou com fome, acho até que vou desmaiar.

Grego concordou com a cabeça e voltamos para onde Manuela estava, agora sentado conversando com Cabelinho. 

Esses dois são um caso perdido, o pouco tempo que eu convivi com ambos juntos, deu para perceber que nasceram para ficar juntos. Cabelinho e Manuela vivem se bicando por ciúmes, se envolvem com outras pessoas por vingança, mas no final da noite já estão juntos novamente. 

Arrumamos nossas coisas e fomos em um quiosque próximo pedir algo para comer.
Os garotos falavam sobre os momentos que eles já vivenciaram juntos, e eu fiquei escutando tudo atentamente. Queria saber como foi esses anos que eu e Felipe não tivemos contato.

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