Eu, meio que o pássaro

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No fundo da gaiola, um pássaro sonhador,
Anos aprisionado, ansiando pelo seu ardor.
Olhos que anseiam os céus, querendo voar,
Mas o medo o faz tremer, sem ousar alçar.

Quando a porta se abriu, a liberdade à vista,
O pássaro hesitou, sua angústia persistia.
As asas, antes fortes, pareciam frágeis agora,
Pois a prisão que o detinha, não era só as grades da gaiola.

Ele recusou o voo, permaneceu em seu canto,
As grades de sua própria mente, o trancam tanto.
Pois a gaiola mental é mais forte que qualquer aço,
E o pássaro não voou, preso em seu próprio laço.

Oh, pássaro enjaulado, que podia ser livre,
A verdadeira prisão está na mente, creia, não se iluda.
As asas não importam, se a alma não se aventura,
Às vezes, a liberdade está em quebrar a própria censura.

Bagunça E PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora