Indiferença

65 9 3
                                    

A semana chegou ao fim.

Juliette chegou à fazenda dos pais eram 11 horas da manhã.

Estacionou o jeep na entrada.  A porta estava aberta e os dois tomavam um suco na cozinha.

- Bom dia pai, mãe.  Vim só buscar uma coisa que deixei no meu quarto.
Não demoro, disse dando um beijo na testa de cada um.

- Bom dia filha, respondeu a mãe.  O pai não se manifestou.

Juliette foi em direcção ao seu quarto.  A mãe seguiu-a.

- Filha,  volta para casa.  O teu pai anda tão triste.

- Eu pus as minhas condições.   Pedir desculpa a mim e a Rodolffo.  Sem isso nada feito.

- Mas Filha, o teu pai ainda ficou pior depois de saber que passaste a noite com ele.

- Com ele não.  Na casa dele e hoje vou ficar de novo.  Lembras-te que fui expulsa daqui?
Já  estou saindo.

Juliette saiu do quarto com a mãe e passando na cozinha o pai disse:

- Almoça com a gente.

- Quem sabe um dia.  Por enquanto não.

- António,  pede desculpa à tua filha?

Silêncio foi o que sobrou.

Juliette saiu em direcção à fazenda Tentação.

A mãe ficou a chorar.  O pai não demonstrava qualquer emoção.

Rodolffo não estava em casa.  Tinha dado indicação a Maria para acomodar Juliette no quarto de Helena como da última vez.

Depois de dar um giro pela fazenda e verificar alguns trabalhos, regressou a casa para almoçar.

Subiu ao seu quarto e foi logo tomar banho.  Estava muito suado e não queria aparecer assim a Juliette.

Vestiu uns shorts e uma camisa pólo.
Passou o seu perfume favorito e foi procurar a sua morena.

Bateu à porta e entrou.  Juliette estava deitada na cama encolhida.

Rodolffo chegou perto dela, deu-lhe um beijo e percebeu que ela tinha chorado.

- Que foi?  Já foste aos teus pais?

- Já.  Está tudo igual.   O meu pai está irredutível mas queria que eu almoçasse lá.

- Quem sabe se ficasses ele não amolecida o coração.

- Não tinha como.   Uma das condições é ele pedir-te desculpa.  Sem isso eu não vou ceder.  Foi muito grosso contigo e não lhe fizeste nada.

- Ficas comigo hoje?

- Fico.  E disse a eles.  Para evitar fuxicos.

- Vem cá.  Precisas é de carinho.

Juliette veio para o colo de Rodolffo e beijou-o.

- Vamos almoçar e depois damos um passeio a cavalo.

- Estou com saudades do Alasão.

Almoçaram junto com Maria e de seguida foram descansar um pouco na varanda do quarto de Rodolffo onde havia um sofá grande.

Rodolffo deitou-se e aconchegou Juliette a si.  Logo os dois estavam a dormir.

Acordaram já passava das 15 horas.  Tomaram um suco com biscoitos e foram aparelhar dois cavalos.

- São mansos?  questionou Ju.  Não estou habituada a ele nem ele a mim.

- Esse daí é muito manso.  Normalmente só a Helena o monta.

- A tua irmã deve ser especial.

- É.  Um dia apresento-as.  Agora na mesma cidade quem sabe, fazerem um programa de cunhadas.

- Cunhadas?  Oxi! E desde quando nós somos namorados?

- Eu sei que não pedi,  mas quero muito.

- Não está bom assim?  O que muda com rótulo?  Eu lá, tu cá.  É tudo igual.

- Muda se aparecerem outras pessoas.

- Vamos.  Ajuda-me a montar.  Vamos fazer uma corrida.

Juliette queria desviar o rumo da conversa e Rodolffo percebeu.

- Corrida não Ju.  Podes magoar-te.

Iniciaram o passeio a trote mas logo Ju saiu disparada.  Rodolffo não teve outro remédio senão seguir atrás dela.

Juliette abrandou a marcha ao chegar à tapera.  Rodolffo desmontou e ajudou-a a desmontar também.

- Vem.  Até me esqueci de te dizer.  Já reparámos a ponte para a outra margem.  A seguir quero reformar a tapera.  Só ainda não sei para que fim.

- Lá dentro é grande?

- Não.  Só 2 cómodos.  Pensei fazer aqui o meu atelier.  Quero voltar a desenhar e pintar.

- É boa ideia.  É sossegado e no meio da natureza o que ajuda na inspiração.

- Também pode servir para namorar.

- E quem tu vais trazer aqui para namorar?

- Tem uma certa morena que eu estou doido para trazer.  Mas enquanto a tapera não é reformada eu levo é lá para casa.

- Rodolffo,  eu vou descer e vou ali tomar banho no riacho.

- Vais nada.  Não temos toalha e  a àgua é gelada.

Juliette desceu até à àgua e retirou o short e a blusa.  Entrou na àgua corrente e soltou um grito ao sentir o frio no corpo.

- Vem.  Está boa a àgua.

- Deve estar.  A avaliar pelo teu grito.

Rodolffo desceu e ficou de sunga.
Entrou na àgua e logo se arrependeu.

- Meu  Deus Ju, vais ficar doente.  Vamos sair.

Juliette veio até ele que reparou nos lábios dela a ficarem roxos.  Ele abraçou-a e retirou-a da àgua.

- Tira o soutien e a calcinha e veste a roupa.  Vais constipar-te.  Vamos embora.

Juliette obedeceu e ele fez o mesmo.

Fizeram o caminho de regresso e mal entraram em casa foram directos ao banheiro.
Despiram-se o mais rápido possível e  deixaram a àgua quente escorrer pelo corpo.  Permaneceram abraçados enquanto não aquecerem o que foi rápido pois a proximidade dos corpos provocou uma excitação em ambos.

Começaram na brincadeira de se ensaboar um ao outro e lava daqui, lava dali, terminaram na cama numa rodada de sexo sem restrições.

Tapera caídaOnde histórias criam vida. Descubra agora