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Carolina...

Depois de longas horas de sono, sou infelizmente acordada pelo barulho perturbador do despertador, me fazendo olhar as horas e perceber que já eram 05:10 da manhã. Resmungo e desligo o aparelho.

Devido ao meu grande autoconhecimento, costumava programar o despertador de dez em dez minutos, iniciando vinte minutos antes do meu horário e repetindo de dez em dez até eu estar extremamente atrasada.

Como uma pessoa preguiçosa, enrolei na cama por alguns minutos, aproximadamente 15. No entanto, logo me lembro que preciso enfrentar o dia.

Assim, levanto-me, abro as cortinas e aprecio o lindo dia no Rio. Sorrio e começo minhas tarefas: arrumar a cama, preparar o café, conferir a bolsa e me arrumar, tudo ao som da música.

Meus pais sempre dizem que sou movida pela música; a melodia me persegue.
Neste momento, uma melodia suave da minha playlist extremamente aleatória ecoa pelo quarto. Estou  ouvindo Ariana Grande, mas aposto que em alguns minutos estarei curtindo um funk alto.

Após o banho, seco-me e visto meu uniforme. Prefiro ir arrumada de casa do que me arrumar lá, às vezes já começando um atendimento.

Depois de colocar o uniforme, cuido do meu corpo, finalizando com hidratante labial e rímel. Meu trabalho é cansativo, mas detesto estar mal arrumada.

Assim, saio de casa, verifico se desliguei tudo e me desloco até o estacionamento, entrando no carro e partindo em direção ao hospital.

(Quebra de tempo!)

Algumas horas se passaram, e agora eram quase onze da manhã, indicando que estava quase na hora do meu almoço.

Enquanto elaboro alguns prontuários de pacientes, minha chefe, a diretora do hospital, entra na minha sala sorrindo. Muitos aqui temem Adriana, mas eu nunca tive esse receio; sempre nos demos bem.

- Como vai o dia, Carol? - A mais velha pergunta, sentando-se na cadeira em frente à minha mesa. Encerro os prontuários, desligo o computador e logo respondo:

- Até agora calmo, Doutora! De mais grave tivemos uma criança com febre alta, poucos pacientes e situações "leves".
Digo fazendo aspas no final da frase e olhando para ela.

- Ah sim! Seu almoço é em alguns minutos, não é?
Assinto com a cabeça, curiosa sobre o que ela iria me propor.

- Ótimo! Que tal vir almoçar comigo? Queria tratar alguns assuntos com você.

Todo o meu corpo paralisa, pensando em mil possibilidades. Oh Deus, tudo poderia acontecer; poderia ser promovida, demitida, transferida...

Mas logo me pronuncio dizendo:
- Claro!

Ela sorri e me manda acompanhá-la. Pego minha bolsa e sigo até sua sala, onde ela pega sua bolsa e vamos ao estacionamento.

Depois de muito insistir, a convenço a ir no meu carro, e por coincidência, acabamos em meu restaurante favorito.

Ao chegarmos, escolhemos uma mesa com uma ótima vista da praia e fazemos nossos pedidos.

Durante a conversa, Adriana resolve falar sobre o assunto que tanto me deixava curiosa, aumentando ainda mais minha ansiedade.

- Então, Carol. Desde o seu início no hospital, você se destacou com seu carisma e bom trabalho, fazendo com que muitos começassem a te admirar.

E assim, meu coração começa a bater mais rápido. Meu Deus, eu seria demitida? Me pergunto, à beira de um surto.

- Muito obrigada!
Agradeço sorrindo envergonhada.

- Não precisa me agradecer, querida. Como eu estava dizendo, você sempre fez um bom trabalho, nos surpreendendo cada vez mais. Recebi uma proposta para ser diretora, só que em outro estado... E gostaria de saber se não gostaria de ficar em meu lugar.

Eu quase me grudo na cadeira para não sair pulando de alegria. Eu seria diretora! Isso é incrível.

Sem pensar duas vezes, respondo:
- E- eu? Diretora? Claro que eu aceito, seria uma honra!

Ela sorri vitoriosa e começa a falar sobre como tudo seria agora, me deixando ainda mais ansiosa e com vontade de contar a notícia para meus familiares e amigos.

Não sou o tipo de pessoa que sai contando tudo, mas, quando é uma conquista, meus pais e minha irmã são os primeiros a saber.

Depois de muitos minutos de conversa, levanto-me para pegar a conta, que felizmente convenci Adriana a dividir comigo, já que ela nem queria me deixar pagar.

Ao me dirigir ao balcão, vejo o local vazio, esperando algum atendente. Enquanto aguardo, um homem alto e bem vestido se aproxima.

Ao ver o local vazio, ele revira os olhos e se apoia ali, esperando alguém, assim como eu. Depois de encarar disfarçadamente óbvio, percebo que era Miguel, o primo do meu cunhado.

Ele estava diferente, obviamente; na festa, usava bermuda e uma blusa comum, bastante estiloso. Mas, jamais imaginei que ele seria um... executivo?

Ele usava uma espécie de terno, apenas com calça e blusa social. Seus cabelos não estavam tão desgranhados como ontem, e também não parecia tão simpático.

Alguns minutos depois, uma atendente chega e me atende. Assim que pego a conta e pago, afasto-me do lugar pensando na proposta de Adriana; eu estava extremamente feliz.

Enquanto me dirigia à saída, escuto um "Ei, garota!" e viro-me para conferir se não era para mim.

E realmente era, era Miguel, segurando minha chave, que eu havia deixado no balcão. Ao ver o mesmo vir em minha direção, confiro em meu bolso e percebo que estava sem minha chave.

- Ah, droga! Nem percebi que tinha esquecido, obrigada!

Agradeço, olhando para o moreno, que responde assentindo a cabeça e logo se vira, indo embora e eu faço o mesmo.

Saio do restaurante, e vou até o estacionamento encontrando Adriana e voltando ao hospital.

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⏰ Última atualização: Dec 14, 2023 ⏰

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