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Derrota.

Annelise Veiga, São Paulo

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Annelise Veiga, São Paulo.

Definitivamente ir em um clássico onde o seu time é inferior ao seu rival é a pior forma de gastar dinheiro atoa, mas eu, como uma corintiana desde berço, não perderia essa oportunidade. Como explicar que a irmã do Veiga está entre a torcida do Corinthians?

O céu já estava parcialmente escuro e o Allianz Parque se encontrava barulhento e eufórico. De um lado, a torcida alviverde, e do outro, a torcida alvinegra.

A torcida corintiana já se encontrava raivosa e estressada, assim como eu. O time alvinegro empatava com o Palmeiras com um gol para cada lado.

— eu não acredito que vamos empatar. — indaguei para Bianca, que estava tão nervosa quanto eu.

— irá sair mais um gol, você verá. — ela transmitia confiança.

Minha atenção se voltou para o campo e eu via o meu time atacar a área Palmeirense. Em um cruzamento de Gil para Yuri Alberto, o camisa nove isola a bola.

Metade do estádio gritou em uníssono.

— puta que pariu, Yuri! — gritei.

O último toque foi de Yuri então foi marcado tiro de meta, que logo foi cobrado e em um piscar de olhos, a bola parou no pé de Roger Guedes.

— vamos, Guedes! — Bianca gritou do meu lado.

Em um rápido toque, o camisa 10 do Corinthians entregou de bandeja para Gustavo Gomez, que armou o contra ataque alviverde. Esbravejei palavrões assim como toda a torcida e rapidamente o Palmeiras atacava a área do Corinthians.

Em um cruzamento de Gustavo Gomez para a área, a bola parou no pé do meu irmão, que tentou chutar no canto esquerdo do gol. Por sorte, Cássio defendeu.

A torcida alvinegra comemora.

A bola volta para perto da grande área, dessa vez nos pés de Gustavo Goméz que parece indeciso para quem tocar a bola. Endrick se encontrava na segunda trave e Ríos fora da grande área.

Em um ato inesperado, Goméz deu um passe para Ríos, que não pensou duas vezes em mandar para o gol. O chute foi certeiro, e com essa jogada, o Palmeiras virava o jogo contra o Corinthians com o gol de Richard Ríos.

Boa parte da torcida em minha volta esbravejou contra o grupo de homens que comemoravam o gol, entre eles, Veiga, Piquerez e Ríos.

— não é possível. Porra! — Bianca xingou.

— caralho, vai tomar no cu. — esbravejei.

Seus olhos vagaram pela arquibancada corintiana a procura dos meus, e quando me viu, soltou um sorriso irônico. Logo depois fazendo a sua comemoração junto com Endrick, dançando em frente a nossa torcida.

Kalón, Richard Ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora