Somos Papais?! - Yoonmin

Parte VIII

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DO ANO
LEIAM COM CALMA 👋
BOA TARDE...

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Foram longas semanas refletindo sobre sua vida, Yoongi tomava um susto toda vez que alguém da sala chamava sua atenção. Estava cansado, não fisicamente, mas mentalmente. As brigas com Jimin eram exaustivas por ser sempre o mesmo motivo, ele tentava ver a solução, mas o problema é que era só ele. Chegou a pensar em pedir um tempo, mas não conseguia.

Antes de conhecer Jimin, Yoongi havia colocado na sua cabeça que não tinha tempo para amar alguém, a faculdade que tinha escolhido era seu foco único na vida, no entanto, um baixinho de cabelo com tom laranja acabou aparecendo no seu caminho. Era fofo e de alguma forma a pecinha que faltava na vida dele.

Amou Jimin na primeira vista, gostava de estar com ele, conversar e amar. Era o oposto dele e nas suas aulas de psicologia tinham uma perspectiva diferente sobre o termo "opostos se atraem". Yoongi acabou se tornando um homem apaixonado, queria ver Jimin feliz.

Ironicamente estava estudando sobre o amor, seu lado bom e negativo, as várias formas de amar, seu conceito em diferentes perspectivas. Como grandes filósofos e psicólogos compreendiam o verbo amar. Ele amava como Aristóteles, em dizer que amor é como amizade virtuosa baseada em valores compartilhados e mútuo respeito. Tinha uma grande admiração por Jimin e respeitava cada decisão sua.

Mas desde a festa de aniversário do filho, tinha ficado magoado com as palavras que Jimin dizia, palavras ditas ao vento como se fosse passar, mas daquela vez ele não pode deixar ir. Tinha alguns pesadelos, seu coração estava mal e seus pensamentos fora do lugar. Sentiu-se vazio, como se seu esforço não estivesse valendo a pena. Mas por que? Eles tinham um apartamento, comida, roupas, o que mais Jimin queria? Yoongi chegou a pensar que nem ele sabia.

Pensou em se afastar um pouco, mas se lembrou que enquanto estudava sobre Erich Fromm, ele dizia que a dor no amor ocorre quando nos sentimos separados ou desconectados do outro, resultando em sentimentos de solidão e vazio emocional. Se afastar seria ainda pior, tinha medo de que as coisas fossem piorar. Já que falar não adiantava muito, ele escolheu observar.

Durante as semanas ele percebeu o comportamento de Jimin, a cara de triste — por mais que quisesse ir ao encontro dele e encher de beijos e abraços —, a dúvida nos olhos, as várias perguntas na mente que Yoongi conseguia ler facilmente. Aquela foi a única opção que tinha, longe dele, mas perto ao mesmo tempo. Ajudava no que era preciso, mas era necessário que evitasse Jimin — ainda que toda vez que levantava, deixava um beijo na testa de Jimin sem que percebesse — talvez fosse a única forma dele perceber o quão tinha sido errado? Aproveitou para por a cabeça em ordem, tirou os pensamentos ruins da mente, tentou se reencontrar com o Yoongi que sempre era, mas não totalmente por que precisava se conectar com Jimin, mas ainda não era a hora.

Era difícil ter que lidar com toda essa situação, Jimin era individualista e egoísta na maior parte do tempo, esquecendo que a família era formada pelos três e não só ele e Kyoung. Egoísmo, Yoongi odiava essa palavra.

Jimin podia ter seus defeitos, mas ele o ama. Não queria imaginar uma vida longe do seu menino de cabelo laranja, jamais. Aprendeu com Friedrich Hegel que o amor verdadeiro requer paciência, compreensão e disposição para enfrentar os desafios e conflitos que surgem ao longo do caminho, Yoongi é paciente, fez sua parte e agora começava a ver Jimin fazendo a sua também.

Reparou que ele passou a sair mais com Kyoung, andavam pelas ruas enquanto Yoongi estava na faculdade, chegavam antes da noite para o jantar. Jimin estava mais sorridente, parecia mais disposto e passou a levantar primeiro que ele todas as manhãs, deixava o café pronto para Yoongi e ia cuidar de Kyoung, repetia isso todos os dias. Era bom ver que ele estava mudando, então pensou que estava na hora da tão esperada conversa entre eles.